Romário chama os amigos de peixe, mas também tem um carinho especial por um certo Gato, como é conhecido Neílton de Oliveira, devido aos olhos verdes e ao vasto bigode que cultiva há mais de 20 anos.
Roupeiro das categorias de base do Vasco, Gato já estava no clube quando o Baixinho chegou à São Januário, vindo do Olaria, para ingressar na categoria infantil.
Se o Romário fizer o milésimo gol contra o Botafogo, vou deixar ele raspar o meu bigode, avisa Gato, que em 1988, quando o Vasco foi campeão da Libertadores, permitiu que Donizete Pantera fizesse a mesma coisa.
Morador de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, Gato vestiu e acompanhou os primeiros passos do Baixinho no Vasco. Há 35 anos no clube, ele elogia o craque.
O Romário é um cara fora de série. Brincalhão, nunca reclamou e sempre ajudou o pessoal da rouparia. Ele já fez muita coisa por nós, revela Gato, referindo-se aos colegas Severino, Adão Celestino, Paulo César, e outros que trabalham nos bastidores do futebol profissional do Vasco.
Gato desfaz a fama de marrento que Romário fez questão de cultivar ao longo dos anos no futebol.
De marrento, o Romário não tem nada. Com a gente, ele sempre foi um cara correto e merece realizar esse sonho do milésimo gol, afirma o roupeiro.
Gato volta no tempo e diz que o faro de artilheiro de Romário vem de menino. Ele é o cara faz tempo. Já chegou no infantil metendo gols e mostrando o cartão de visita, lembra.