Saiba por onde anda Acácio, goleiro que fez história no Vasco

Ele já morou em Portugal, na Arábia Saudita e no Japão, mas não troca a Ilha por nada. Desde 1983 no bairro, o ex-goleiro do Vasco da Gama e da seleção brasileira Acácio só se mudou temporariamente quando teve que trabalhar no exterior. Atualmente no Botafogo, onde é treinador de goleiros, o ex-jogador revela que também gosta de bater outro tipo de bola.

- Minha opção de lazer preferida é jogar tênis no Iate Clube - conta ele.

Caseiro e apegado à família, Acácio é casado há 22 anos com Andréa Barreto, mãe de seus filhos Acácio César, de 21 anos, e Maria Carolina, de 4. Os quatro passam grande parte do tempo juntos na Ilha, exceto quando Acácio pai sai para trabalhar e o filho para estudar.

- Até comprei um apartamento no Leme para ele dormir quando sai tarde da faculdade, no Centro, mas ele prefere voltar para casa - explica.

Com uma carreira de sucesso com a camisa do Vasco, clube em que atuou por quase dez anos, Acácio conquistou três títulos cariocas (1982, 1987 e 1988) e um brasileiro (1989). De lá, foi direto para a seleção brasileira e fez parte do grupo que conquistou a Copa América, em 1989, e a Copa do Mundo da Itália no ano seguinte.

Mas sua história no esporte não é só de alegrias. Logo que iniciou a carreira de treinador de goleiros, Acácio passou por maus momentos no Fluminense, em 1996, quando o time foi rebaixado para a 2 divisão do Campeonato Brasileiro.

- Minha família sofreu muito - diz ele.

Mas ele deu a volta por cima e hoje brilha no Botafogo, treinando o goleiro Max, o segundo menos vazado do Campeonato Carioca, com quatro gols sofridos, três deles na vitória do alvinegro sobre o Vasco, domingo passado, por 5 a 3.

- Falei para o Max ter confiança no nosso trabalho. Ele teve uma boa atuação, pegando todas as bolas defensáveis e assegurando a vitória - aprova Acácio, com a autoridade de quem já jogou com Romário.

Além de ser bom com as mãos, o ex-goleiro agora quer mostrar que também tem habilidade com os pés. Não em campo, mas no samba:

- Comecei a freqüentar a União da Ilha e quero dar uma força para ver se ela volta ao Grupo Especial este ano.