Futebol

Saiba por onde anda o meia Bismarck, que foi ídolo no Vasco

Seguindo uma tendência de grande parte dos jogadores que encerram a carreira, o meia Bismarck, ídolo do Vasco entre o fim da década de 1980 e início dos anos 1990, não abandonou completamente o futebol ao pendurar as chuteiras.

Entretanto, o jogador, integrante da seleção brasileira que disputou a Copa de 1990, na Itália, preferiu continuar seu trabalho fora dos gramados e atualmente possui uma empresa de compra e venda de jogadores.

Apesar de sempre ter sido elogiado por seus treinadores pela sua aplicação tática, Bismarck, 36 anos, afirma que jamais pensou em seguir trabalhando à beira do campo. \"Ser técnico é coisa para maluco, é muito desgastante\", disse.

Desta forma, ao encerrar a carreira em janeiro de 2004, passou a investir na tarefa de empresariar jogadores. Hoje, é sócio da empresa JMB e garante ter um bom mercado à sua disposição.

\"É uma empresa de compra e venda de jogadores e colocamos os jogadores nos clubes. No Botafogo eu coloquei o Scheidt, Diguinho, Cristian e o Reinaldo\", disse Bismarck. \"Mas no Internacional também colocamos vários atletas e fazemos isso em outros clubes do Brasil também\", completou.

Desta forma, se nos tempos de jogador mal conseguia parar em casa, por causa das viagens e concentrações, agora não é diferente. Com sua nova empreitada, afirmou ser impossível fixar residência.

\"Se você me perguntar aonde eu moro hoje em dia, eu nem sei dizer. Viajo tanto que não dá para dizer\", brincou Bismarck, que atendeu a reportagem do Pelé.Net ao celular enquanto estava no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Contudo, em meio às viagens o jogador consegue tempo para assistir jogos do Vasco, clube que o revelou e que brilhou no início de carreira. E, ao contrário da sua época de jogador, em que títulos eram algo freqüentes, os momentos de torcedor não têm sido igual.

\"No Brasileiro acho que o Vasco vai brigar apenas na zona intermediária da tabela. É lamentável isso, mas não acontece só com o Vasco não, mas com os cariocas em geral\", lamentou Bismarck, que arriscou apontar as soluções:

\"Isso acontece por falta de planejamento anual. Os clubes têm de ter um bom CT, pagar em dia e deixar de passar a mão na cabeça dos jogadores. Tem que ter mais profissional\".

Profissionalismo esse que sobra no futebol japonês, do qual chegou em 1993 e ficou até 2002, tornando-se um dos grandes ídolos do esporte de lá. \"O desbravador foi o Zico, que chegou e ainda jogou em campo sem grama\", disse o ex-meia.

\"Mas eu fui em 1993 e acho que contribuí também. Quando eu cheguei ainda não era uma coisa profissional, os jogadores tinham dois empregos, mas eles evoluíram muito rápido e hoje são exemplo\", completou Bismarck.

Admirador do futebol da terra do sol nascente, Bismarck aposta em um bom papel da seleção comandada por Zico na Copa do Mundo de 2006.

\"A seleção do Japão é muito boa tecnicamente, jovem, e o Zico passa alegria para eles. Como muitos jogadores atualmente jogam no futebol europeu, em ritmo forte de competição, acredito que farão um bonito papel no Mundial\", concluiu Bismarck, que não quis arriscar um palpite para o jogo Brasil x Japão, na primeira fase da Copa.


TÍTULOS INESQUECÍVEIS

Tão logo estreou nos profissionais do Vasco, Bismarck conquistou o bicampeonato estadual, em 1987-1988 e, no ano seguinte, o Brasileiro de 1989. \"Esse é o título mais importante da minha carreira, ao lado do Campeonato Japonês de 1993\", disse o ex-meia.

Contudo, outro título guardado com carinho pelo ex-jogador é o seu último pelo Vasco, o Estadual de 1993, conquistado em um empate por 0 a 0 contra o Fluminense.

\"Era um título que queria muito, pois logo depois iria sair do Vasco. Mas na partida eu perdi um pênalti no primeiro tempo e passei o restante do jogo angustiado, rezando para acabar logo. Já pensou se o Fluminense vencesse? Eu sairia do clube sendo o responsável pela derrota\", lembrou.


FLU E GOIÁS

No início de 2002, Bismarck, após quase dez anos no Japão, retornou ao futebol brasileiro e foi defender o Fluminense. Entretanto, a passagem durou menos de seis meses.

\"Cheguei depois da pré-temporada e não consegui ficar bem fisicamente. Às vezes até corria sozinho nas Laranjeiras, mas não cheguei no estado ideal. Dependia muito do meu físico e não consegui ficar bem\", explicou.

Na seqüência do ano, foi disputar o Brasileiro pelo Goiás, mas também não conseguiu engrenar na equipe esmeraldina e em 2003 voltou para o Japão, quando defendeu o Vissel Kobe até encerrar a carreira, um ano depois.

Fonte: Pelé.Net
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