Política

SuperVasco entrevista Julio Brant e Alexandre Campello antes das eleições

À poucos dias das eleições, que vão definir o futuro do Vasco nos próximos 3 anos, a equipe do SuperVasco entrevistou o candidato a presidente Júlio Brant e seu candidato a vice, Alexandre Campello, da Frente Sempre Vasco Livre, Fizemos várias perguntas de assuntos variados para tirar dúvidas nesses momentos próximos as eleições.

Entrevista com Júlio Brant:

Nome Completo: Julio Brant

Idade/Data de nascimento: 40 anos/ 10 de janeiro

Número de candidaturas: Duas (2014 e 2017)

Nome da Chapa: Sempre Vasco

Bordão Principal: #VemSerSempreVasco

1 – O que levou a se candidatar a presidente do Vasco?

A paixão pelo verdadeiro Vasco que conhecemos, um clube vencedor, de vanguarda, que sempre foi simpático ao público geral e à imprensa. Além, da indignação por ver o clube preso em administrações ultrapassadas. É preciso resgatar a grandeza do Vasco diante de todos que estão ao seu redor. Torcida, imprensa, mercado, patrocínios. E, para isso, precisamos inserir exatamente esse conceito de gestão. Nas demandas do futebol atual precisa ser gerido por profissionais competentes. Vamos trabalhar em regime de meritocracia e acabar com acordos e favores. Tudo isso são diretrizes fundamentais para o clube voltar a conquistar títulos.

2- Como você vê a atual gestão?

Infelizmente o tempo do atual presidente passou. Seus métodos funcionavam no século passado, mas hoje não mais. Por isso, a importância de renovarmos o clube. Basta comparar as promessas da eleição anterior com os resultados obtidos. O futebol de hoje não comporta mais uma administração baseada no populismo e bravatas. O Vasco necessita de uma mudança completa desse modelo. Levar o que há de melhor da governança corporativa ao clube para dar um recado direto aos torcedores, ao público, à imprensa e ao mercado

3 – Se for eleito qual será sua primeira atitude como presidente?

Será um conjunto de ações. A certeza é deixar o clube acessível para todos e mais transparente com as contas. Vamos ter um período de muito trabalho e compreensão sobre qual é, de fato, a realidade do clube. Os primeiros 100 dias serão de arrumação, organização da realidade do Vasco. Identificar os pontos mais críticos e, principalmente, descobrir as oportunidades que irão nos guiar.

4 – Como você pretende mudar situação econômica do Vasco?

Nós criaremos um comitê gestor da dívida com profissionais de excelência do mercado para entendermos a real situação que o clube é administrado. A situação econômica do Vasco é preocupante. Quem está no comando não é transparente com os números. Ninguém sabe o tamanho da dívida. O conselho fiscal recomendou a reprovação das contas de 2016, mas parece que os poderes não são respeitados como deveriam, pois tudo está concentrado na mão de uma só pessoa. Isso é inviável no contexto do futebol atual. Não conhecemos, de forma clara, quem são os nossos credores.

5 – Quais as suas principais propostas para a sua possível gestão?

Temos um foco claro: a construção de um Centro de Treinamento. É inconcebível um time continental como o Vasco treinar em campo com dimensões menores que as oficiais. Estruturar isso até o fim do primeiro mandato é prioritário. Queremos contar com um CT da base integrado ao profissional, com estrutura para manter esses meninos, que em sua maioria, vem de uma realidade difícil. Alimentação, instrução, auxílio psicológico e todo o suporte que os preparem para serem atletas de alta performance. Vamos equilibrar os salários dos funcionários que trabalham na base a um nível compatível com os profissionais. Além disso, nosso elenco profissional contará sempre com 1/3 de atletas da base, que tenham a vivência do Vasco como já aconteceu tantas vezes com ídolos como Pedrinho, Felipe, Edmundo, Mauro Galvão, por exemplo

6 – Você pretende mudar/implantar sistema de sócio torcedor?

Há um gigantesco número de torcedores que nos relatam a vontade de serem sócios do Vasco, mas que não investem na administração de Eurico Miranda, por não terem ideia de como o dinheiro será aplicado.

O sócio-torcedor precisa ter a transparência e a certeza do investimento sendo corretamente utilizado. Além disso, acreditamos que o sócio tem que ter condições de expor sua vontade no clube, participar ativamente da vida política, poder votar e ser votado, em uma relação transparente e democrática. Dessa forma, temos convicção de que o movimento de novas associações será natural. Nosso projeto prevê programas de pontuação para aquisição de materiais do Vasco, vantagens de acordo com a categoria, encontros com o time e antigos ídolos em outros estados. Um exemplo prático; 70% de nossa torcida é de fora do Rio. Não podemos deixar essa imensa parcela de apaixonados afastados do cotidiano do clube. Vamos respeitar o torcedor, resgatar sua vontade de contribuir. Essa é a essência do clube que amamos.

7 - Você pretende fazer a tão sonhada reformar em São Januário? Se sim, Como?

Queremos aliar São Januário a esse passado de vitórias às demandas mais atuais do mundo do futebol. Nada de arenas ou modernidades que não combinem com nossa essência. Para isso, vou utilizar a minha experiência de uma vida profissional intensa em estruturação e viabilização de grandes projetos. A Tecnoplano, empresa global de origem portuguesa, que projetou o principal centro de treinamento da Europa, está conosco. Eles desenharam uma reforma que mantém as características bucólicas do estádio, e ao mesmo tempo confere acessibilidade, mais conforto e uma cobertura integral. Queremos fechar o anel para aumentarmos a capacidade e dar mais conforto ao vascaíno. Além disso, no projeto está incluso melhorarias no acesso, banheiros e reforma de toda área para imprensa, inclusive as cabines para rádio e televisão.

Um estádio que garanta a presença do vascaíno que pode pagar de R$ 10,00 até 200,00. Todas as classes sociais vão ser contempladas no estádio. Nós temos uma previsão de orçamento que está de R$109,8 milhões para reforma do estádio. Dentro do projeto, vamos aumentar a capacidade do estádio e vender cinco mil cadeiras especiais a R$ 20 mil, com 15 anos de direito de uso em todos os jogos em São Januário. Elas serão confortáveis, com local privilegiado e terão o nome do sócio. Nisso são R$100 milhões de receita garantida para o projeto.

8 – Você acredita nas acusações de fraude das eleições passadas?

Temos a convicção de que em 2014 fomos vencedores nos votos dos sócios vascaínos mas que, por motivos que foram muito falados à época, o desejo do verdadeiro quadro social e de toda a torcida não se refletiu no resultado. Para essas eleições, esperamos um pleito limpo, ético e que permita que a real vontade do torcedor e do sócio prevaleça.

9 – Pretende mudar algo na relação do Vasco com a Tv?

Sim, mas respeitaremos o contrato vigente. Não podemos ter quase 80% de nossa receita proveniente apenas desse recurso. Negociamos com a televisão de pires na mão e sem poder de barganha. Vamos aumentar outras fontes de receitas, diminuir o peso da TV em nosso orçamento.

10 – O que levou a Chapa Sempre Vasco se juntar com a Frente Vasco Livre?

Nós sempre idealizamos a verdadeira união. Não a adesão. Esse sentimento de resgatar o Vasco foi construído com base na confiança e respeito das duas chapas. O desejo do torcedor vascaíno motivou essa união pela vitória. Com essa força, vamos juntos para ganhar a eleição dia 7.

11 – Por último quer deixar algum recado ao torcedor do Vasco da Gama?

Lançamos um desafio à todos os vascaínos de norte a sul deste Brasil. Queremos fazer a maior eleição da história do Club de Regatas Vasco da Gama. Superar os números de 2014. Estamos chegando na reta final da campanha. É hora de atenção e mobilização de todo vascaíno. Votante ou não, você pode, sim, fazer a diferença! Precisamos reerguer o Vasco com bases sólidas e com projetos de verdade. Sem bravatas e falsas promessas! Estamos prontos para isso e contamos com vocês para, juntos, implementarmos a verdadeira renovação no Vasco. Não se esqueça, dia 07/11 vá votar e passe o dia com a gente na eleição.

Foto: Acessoria Júlio BrantJúlio Brant, Pedrinho e Felipe
Júlio Brant, Pedrinho e Felipe

Entrevista com Alexandre Campello:


Perfil Profissional: Cirurgião-Ortopedista


Nome Completo: Alexandre Campello da Silveira


Idade/Data de nascimento: 57 / 8 de outubro de 1960


Bordão principal: Pense Grande

Perguntas:

01 – O que o levou a se candidatar a presidente do Vasco?


Tenho 57 anos, dos quais 25 passei como médico do Vasco. Sou de família portuguesa, vascaíno apaixonado e requento São Januário desde o tempo em que as sociais possuíam bancos de madeira e em torno do campo havia uma pista de atletismo de carvão. Pós-Graduado em medicina desportiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), iniciei minha carreira no clube do coração, ainda como acadêmico, em 1984, no time de juniores, do qual faziam parte jogadores como Romário, Mazinho e Lira. Em 1986, fui alçado aos profissionais, dando início à uma vitoriosa trajetória, que teve como ponto alto os títulos estaduais de 1987, 1988, 1992, 1993, 1994, 1998 e 2003; os Campeonatos Brasileiros de 1989, 1997 e 2000; a Copa Libertadores de 1998; o Rio-São Paulo de 1999 e a Copa Mercosul de 2000. Em 2004, por divergências com o comportamento ditatorial do atual presidente, me afastei, voltando a acompanhar o Vasco apenas como torcedor. Em 2008, a paixão falou mais alto, e por isso, a convite do então presidente eleito, Roberto Dinamite, retornei a São Januário como membro do departamento médico. Colaborei na conquista de mais uma taça, a da Copa do Brasil de 2011. Em 2012, percebendo que o clube tomava rumos com o qual não concordava, optei por me desligar. E, no ano seguinte, debrucei-me sobre as questões políticas, ingressando no grupo Identidade Vasco. A ideia da candidatura partiu da tentativa de diversos grupos de oposição de encontrar um nome de consenso, um nome que unisse a oposição e não estivesse desgastado após a derrota para Eurico Miranda em 2014.


02 – Como você vê a atual gestão?

A atual gestão parou há muito no tempo. O Vasco da Gama é um gigante no esporte nacional e internacional, com uma torcida apaixonada e uma história linda, mas definitivamente ainda não entrou no século XXI. Hoje, diagnosticamos que o Vasco fatura muito pouco com bilheteria e com o programa de sócios, tem baixa interação com a torcida, e eleições sem abrangência e legitimidade. Além disso, o clube tem apenas a décima marca mais valiosa do Brasil.


03 – Você acredita nas acusações de fraude na eleição passada?


Eu acho que, em um momento desses, o momento em que o Brasil tem sido passado a limpo, acho que a justiça, o Ministério Público, eles tem a obrigação de olhar para isso. Isso é parte da sociedade. A gente sabe que ingressaram mais de 600 sócios em Dezembro de 2015, a gente sabe que existe um número grande de funcionários como sócios, e de parente de funcionários como sócios. Isso não é à toa. Houve um mandato para que se obtivesse o HD do Vasco, foi pedida uma perícia. Não sei por que razão, mas alguém sentou em cima do processo. Eu acho que a justiça tem obrigação de dar uma resposta a sociedade. O Vasco é um clube de 20 milhões, são 20 milhões de vascaínos que não querem o que está aí, e a nossa justiça tem obrigação de olhar isso, o Ministério Público tem obrigação de ir lá e dar legitimidade ao que está acontecendo, o Ministério Público tem obrigação de cuidar transparência do processo.

04 – O que você acho da gestão de Eurico Miranda

Muito ruim. Eurico não modificou nada do cenário e o que a gente viu aí foi que, em 2015, ele se salvou por causa do Profut. Em 2016, o que salvou o Vasco foi o adiantamento das luvas da cota de TV. Se não fosse isso, o Vasco teria um déficit de uns 50 milhões. Soma-se a isso a relação ruim com o torcedor, a falta de transparência, um balanço que nem a auditoria consegue fazer direito porque não tem documentos... Resumindo, é uma gestão desastrosa ao meu ver.

05 - Por que a Onde Verde?

Vestimos verde durante a campanha porque esta é uma cor reconhecidamente associada à LIBERDADE, esperança, crescimento, renovação e plenitude. O verde ainda remete à bandeira de Portugal. No pavilhão do país de ligação umbilical com o Vasco, a cor passou a ser vista como decisiva na revolta de 31 de janeiro de 1891, a qual pretendia implementar um governo republicano – tem, portanto, um significado de revolução, algo pelo qual os vascaínos também precisam lutar.


06 - Se você fosse um Eleitor, É tivesse que votar em um dos candidatos que não fosse você, Quem seria?

Os únicos candidatos que também enxergo como oposição são Julio Brant e Antônio Miguel Fernandes.


07 – Por último quer deixar algum recado aos torcedores da entidade Vasco da Gama
Muitos me perguntam os motivos que me levaram a aceitar o desafio de presidir o Vasco. Simples: a paixão. Dediquei boa parte da minha vida ao clube, venho de família portuguesa, e gostaria muito de marcar meu nome como um presidente que colaborou para colocar o Vasco no século XXI, com uma gestão moderna, profissional, transparente. Tenho uma situação estável, que me permite dedicação exclusiva à função. Temos também um projeto ambiciosos e ao mesmo tempo viável. O vascaíno voltará a sentir o gostinho das conquistas e o orgulho de fazer parte de um clube totalmente diferente do que vemos hoje. Queremos um outro Vasco. Com a marca fortalecida, vamos gerar mais recursos, aumentar os investimentos no futebol, conquistar títulos e recuperar o orgulho de torcer pelo VASCO DA GAMA!

Foto: Acessoria Alexandre CampelloAlexandre Campello
Alexandre Campello

A nossa equipe tentou contato com Fernando Horta e Eurico Miranda, Mais até o momento o primeiro não respondeu, e o segundo a assessoria disse que o mesmo não esta dando entrevista no momento.

Fonte: SuperVasco
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