Futebol

A difícil busca por reforços

É engraçado ler ou ouvir questionamentos sobre a demora ou o mau gosto dos dirigentes cariocas na procura por reforços.

Fora o Fluminense, que tem por trás uma seguradora para bancar a chegada de jogadores mais bem cotados no mercado, a realidade é difícil.

Flamengo, Vasco e Botafogo, endividados e com orçamentos estourados, tentam formar um time competitivo e atender às expectativas de seus torcedores.

Mas não está fácil.

Quem tem um bom jogador sob contrato não quer perdê-lo.

E os bons jogadores em disponibilidade pedem, em média, cerca de R$ 200 mil por mês, fora os valores gastos com o comissionamento de um ou até dois intermediários envolvidos.

Para se ter uma ideia, a operação que trouxe o atacante Dênis Marques do Japão para o Flamengo custa aos cofres do clube até hoje algo em torno de R$ 220 mil mensais.

Hoje, nestes grandes clubes do Rio, talvez até do Brasil, as operações são viabilizadas por investidores ou grupos administradores de fundos de investimento — em raras exceções, por projetos de marketing.

E isso explica a seca no futebol carioca tão criticada pelos torcedores.

O momento exige criatividade, olho clínico, trabalho intenso e paciência — muita paciência!

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