Futebol

Abuda relembra trajetória difícil até chegar ao Vasco

A trajetória do volante Abuda no futebol é marcada por altos e baixos. O jogador de 24 anos deixou a cidade de Monte Dourado-PA ainda adolescente, rodou o país jogando em pequenos clubes até chegar ao Vasco, em junho de 2012, com a missão de substituir Allan, prata da casa negociada com a Udinese (ITA). Até então desconhecido no cenário nacional e inclusive no Pará, onde nasceu, o volante demorou para ganhar chances no Gigante da Colina e espera se firmar no clube em 2014, quando disputará a Série B do Brasileiro.

No Pará, Jucimar Lima Pacheco, ou simplesmente Abuda, começou a dar os primeiros passos nas categorias de base do Paysandu. De lá, assinou seu primeiro contrato com a Tuna Luso, onde teve poucas chances e não chegou a jogar profissionalmente. Mas chegar até o Vasco não foi fácil: antes teve que rodar o futebol paulista, passando por Ferroviária, Francana e Batatais, morar no interior de Pernambuco para jogar no Petrolina, e por fim, ir para o Rio Grande do Sul, bem longe de casa, para se destacar no primeiro turno do Gauchão de 2012 pelo Cruzeiro de Porto Alegre.

– Fiz a minha base toda no Paysandu e depois eu fiz um contrato profissional com a Tuna Luso, o meu primeiro contrato. Depois acabei indo para São Paulo em 2007 e daí eu fui rodando. Hoje estou no Vasco, clube grande do Brasil, no qual eu me destaquei esse ano. Sou da cidade de Monte Dourado (quase 500 km de Belém), e fico feliz de representar região por onde vou – conta.

Abuda voltou ao Pará na semana passada para participar do Jogo das Estrelas, partida beneficente organizada pelo meia Paulo Henrique Ganso. Na ocasião, o volante vascaíno revelou as dificuldades de superar a desconfiança de uma das maiores torcidas do país, mas a amizade com Carlos Germano e Éder Luís ajudou o paraense se adaptar ao clube cruzmaltino até as primeiras chances aparecerem.

– No começo foi muito difícil. Você vem de um time pequeno, a torcida desconfia, mas sempre entreguei na mão de Deus. Fiquei seis meses, quando cheguei no Vasco, treinando atrás do gol, mas sempre acreditei em mim, e sempre o Carlos Germano e o Éder Luís falavam ‘trabalha que sempre tem alguém olhando’. Eu dizia: ‘Só de eu estar aqui com vocês é um sonho realizado, porque eu vim do interior mesmo’. Eu fico feliz de poder estar jogando, vestindo a camisa do Vasco. Esse é um sonho de qualquer jogador, ainda mais aqui da região. A gente vai para fora (do Estado) e é muito discriminado, falam que a gente é índio, mas a gente tem que ter paciência e acreditar, perseverar que tudo vai dar certo – revelou.

O contrato de Abuda com o Vasco vai até o final de 2014, ano que o atleta espera se firmar, garantir o acesso e possivelmente prolongar o vínculo com o clube carioca.

– Eu tenho contrato com o Vasco até o final de 2014. Temos tudo para montar um time bom e recolocar o Vasco aonde deve. A torcida não merece passar por isso. Acontece, caímos, e agora é formar uma boa equipe para tirar o Vasco da Série B – finalizou Abuda.

Fonte: ge