Por muito tempo ele foi o único centroavante à disposição do técnico Cristóvão Borges nesta temporada, mas, antes mesmo de a torcida começar a desconfiar, Alecsandro encarnou o espírito de um verdadeiro camisa 9 e deu conta do recado. Jogador e time passaram a entrar em sintonia e o artilheiro se tornou um tipo de amuleto para a equipe. Jejum nos maus momentos, participação importante nas vitórias. Para se ter uma ideia, em 2012 o Gigante da Colina venceu 18 dos 21 jogos em que o atleta deixou a sua marca.
Alecgol marcou na vitória sobre a Portuguesa | Foto: André Mourão / Agência O Dia
Nesta temporada, Alecsandro venceu os questionamentos que o assombraram em 2011 e até o momento tem a importante média de cerca de um gol a cada dois jogos - ele entrou em campo 48 vezes e marcou 25 gols. De quebra, contando apenas os clubes que disputam a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, o camisa 9 aparece em segundo na lista de artilheiros este ano. Ele está atrás apenas de Neymar, do Santos, que acumula 33 feitos.
Os 25 gols foram marcados em 21 jogos. Desse total, em apenas três o Vasco acabou tropeçando: dois empates e uma derrota. Se o centroavante, favorito ao status de talismã, apareceu em momentos decisivos, como na fase final do Estadual e na Libertadores, seu baixo rendimento também acabou refletindo no desempenho do time. Foram oito jogos em branco recentemente no Brasileirão e a equipe venceu somente um.
O momento, no entanto, é de otimismo. Outra vez decisivo, Alecsandro, que agora está a apenas um gol da artilharia na competição e não se considera um amuleto, espera continuar ajudando.
\"É apenas coincidência. Espero que continue assim. Sou camisa 9 e vivo de gols. Por isso fiquei chateado com o período em que passei em branco. Nunca fugi da minha característica. Faltou sorte em alguns lances, mas as coisas voltaram ao normal\", disse.
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