Futebol

Análise: 'Espaçado e desatento, Vasco estreia da pior maneira possível'

Tido como um dos grandes favoritos ao título da Série B, o Vasco estreou da pior maneira possível na competição. Espaçado, desatento e modificado, o time de Marcelo Cabo, que escalou mal a equipe, foi inferior durante quase todos os 90 minutos da derrota por 2 a 0 para o Operário-PR, neste sábado, em São Januário.

O Vasco foi péssimo coletivamente, mas atuações individuais chamaram atenção. Os dois volantes Andrey - com 13 passes errados - e Galarza mais uma vez não conseguiram sair a bola com qualidade e cometeram erros infantis. Pec até tentou, mas não deu certo centralizado. Morato vive má fase, e Cano, diante de uma criação paupérrima, pouco foi acionado. Zeca, destaque do time em 2021, fez seu pior jogo pelo clube.

Primeiro tempo desastroso

O primeiro tempo foi um desastre e muito semelhante ao do sábado passado, na derrota para o Botafogo. O Vasco começou sendo pressionado em seu campo com a marcação alta do Operário-PR e mostrou-se muito desatento.

Com 10 minutos de jogo, o Vasco era sufocado em seu campo e já perdia por 1 a 0. E o panorama poderia ser pior. Leandrinho aproveitou cochilo de Zeca para abrir o placar aos sete. E, aos nove, Jean Carlo quase ampliou após erro imperdoável de Ernando. Vanderlei salvou.

Além do surpreendente volume do Operário, saltava aos olhos o quão desligado estava o Vasco. Não bastassem os erros dos defensores, todos os homens do meio-campo iam mal. Andrey e Galarza pecavam muito, enquanto Pec não via a cor da bola.

Além da pouca inspiração individual, os setores também ficaram muito espaçados. Andrey e Galarza pareciam estar a léguas de distância dos quatro homens de frente, Pec, Morato, Figueiredo e Cano. Faltou o homem de ligação para aproximar o meio-campo do ataque, algo que já havia ocorrido nos dois jogos contra o Botafogo, na Taça Rio.

Na frente, Cano estava isolado, Figueiredo tentava em vão, e Morato, mais uma vez, errava muito. A verdade é que havia um espaçamento grande entre meio e ataque. Além desse buraco, o Operário chegava como queria pelas costas de Léo Matos.

No fim da etapa, mais um gol do adversário com direito a falhas imperdoáveis. Figueiredo não simplificou diante da marcação dobrada, Andrey recuou mal e deu no pé de Jean Carlo, que deixou Ricardo Bueno livre para marcar.

Foi de longe o pior primeiro tempo do Vasco de Marcelo Cabo, que vinha de duas péssimas atuações. Ficou barato, e o adversário finalizou mais do que o dobro nos 45 minutos iniciais: 11 a 5 (somente um de Figueiredo e outro de Pec levaram relativo perigo).

No intervalo, Morato disse que era necessário acelerar o jogo, pois o rival se limitava a esperar o Vasco no campo de defesa. Não foi bem o que se viu no início do duelo.

- Eles estão esperando, na verdade tomamos dois gols em erros de saída de bola. A gente precisa melhorar isso e acelerar o jogo. Quanto mais devagar ficar o jogo, mais confortável fica para o adversário, que fez dois gols de contra-ataque.

Reforços entram no segundo tempo, mas Vasco pouco reage

Atento à péssima atuação de sua equipe, Cabo fez três mudanças no intervalo. Os reforços Daniel Amorim e Sarrafiore, acompanhados de Léo Jabá, substituíram Galarza, Figueiredo e Morato. Começou com volume, mas levou um bola na trave logo aos quatro minutos em chute de Rafael Chorão.

Depois aconteceu o natural: o Operário diminuiu o ritmo, ficou esperando em seu campo, e o Vasco passou a chegar mais. Lances de perigo, porém, foram escassos. Até os 30 minutos, somente um chute de Pec fez Simão trabalhar.

Marcelo Cabo reconheceu atuação ruim: "Vasco foi muito abaixo daquilo que pode render" — Foto: André Durão

Depois disso, o jogo seguiu muito morno, e as mexidas de Marcelo Cabo não surtiram efeito. Aliás, o treinador começou a errar na escolha do time titular. Figueiredo foi discretíssimo, e Pec não funcionou como meia. O buraco entre o meio e o ataque só não foi explorado na etapa final porque os paranaenses tiraram o pé.

Um detalhe merece ser destacado: em entrevista ao podcast oficial do Vasco, Cabo disse que poderia jogar com dois centroavantes em jogos complicados em São Januário. Pois bem: Daniel Amorim e Germán Cano juntos não deram certo. Pouco dialogaram, e a única tabela tentada - e que não deu certo, veio após um levantamento de Vinícius. Diante do cenário, foi uma tentativa válida e pode vir a funcionar no futebol. Neste sábado, no entanto, não funcionou.

- Eles não precisaram fazer força porque ofertamos os dois gols ao Operário. No segundo tempo, tivemos que ter coragem e nos expor. Operário não precisou fazer muita força, mas tivemos muitos jogadores abaixo do que podem render. Temos que entender também quando o adversário é melhor. O Vasco foi muito abaixo daquilo que pode render - analisou Marcelo Cabo.

Na reta final, Rodrigo Pimpão, que defendeu o Vasco em sua primeira participação na Série B, em 2009, e fez o primeiro gol do clube naquela campanha, botou bola na trave. E o Operário ainda teve boas oportunidades em cobranças de falta. Ficou feio e barato para o Vasco na manhã de sábado.

Fonte: ge
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