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Análise: 'Marquinhos Gabriel melhora o time, e Jabá, é recompensado'

O Vasco está nas oitavas de final da Copa do Brasil, mas o nível de atuações da equipe segue muito preocupante. Classificou-se em São Januário com empate por 1 a 1 com o Boavista, porém apresentou velhos problemas. Apesar de Marcelo Cabo ter mexido em três peças, o time foi lento, abusou da desatenção e em nenhum momento dominou um adversário bem inferior.

Nos últimos cinco jogos, apenas uma vitória, dois empates e duas derrotas. Preocupa também o fato de o time ter marcado somente três vezes no período (média de 0,6 por partida). A exemplo do que tem acontecido nos últimos confrontos, Marcelo Cabo deixou o campo extenuado de tanto gritar e se mexer à beira do campo.

O treinador cobra mais velocidade na saída de bola, maior participação coletiva do time, mas não tem sido atendido. Desde que encerrou sua preparação para a Série B, o Vasco demonstra enorme dificuldade para reagir. O alerta tem de estar mais do que ligado após outra atuação muito ruim.

Superior nos números e só: Vasco vai muito mal na etapa inicial

Antes de a bola rolar, três novidades chamaram atenção. Marcelo Cabo mudou os volantes, colocando Michel e Galarza nas vagas de Romulo e Andrey. Além disso, na frente trocou Morato por Léo Jabá. Mexidas aos montes, mudanças de menos. Aliás, até houve 10 minutos de um ensaio promissor, mas os outros 40 foram compostos por uma atuação letárgica e desanimadora.

Este foi o primeiro tempo do Vasco, que iniciou a partida em cima do Boavista e acelerando o ritmo. O gol adversário, porém, resultou num apagão, e o time de Marcelo Cabo voltou a ser o mesmo das últimas partidas. Lento, desatento e com erros na saída de bola.

Os fanáticos por números podem argumentar que o Vasco finalizou 13 vezes (contra três do Boavista) e teve 64% de posse de bola, mas domínio só no início e perigo efetivo só em dois lances. O primeiro logo aos três minutos, quando Pec quase marcou um golaço por cobertura.

O outro saiu na jogada mais bonita do Vasco na etapa. Cano foi até o meio dialogar com Jabá, que esticou para Sarrafiore. O argentino cruzou na medida para o compatriota completar com peixinho. Bem colocado, Ary defendeu.

O Vasco era melhor, mas acabou vazado, aos 12 minutos, por um erro que tem cometido corriqueiramente: a desatenção. Jean cruzou despretensiosamente para a área, Michel Douglas observou o desligamento de Michel e Ricardo Graça, deu um passo atrás e soltou a bomba. Golaço.

Depois disso, o Vasco acumulou erros e diminuiu demais a intensidade. Um lance que resumiu o time errante e desatento da primeira etapa se deu aos 35 minutos, quando Ernando chutou uma bola na própria cabeça no centro do gramado.

Marquinhos Gabriel melhora o time, e Jabá, o destaque, é recompensado

O Vasco voltou do intervalo com Marquinhos Gabriel no lugar de Sarrafiore, mas foi o Boavista quem começou aproveitando os contra-ataques. Jefferson Renan escapou duas vezes pela esquerda e deixou Wisney e Marion na boa. O primeiro parou em Vanderlei, e o outro chutou por cima.

Embora Sarrafiore não tenha ido mal no primeiro tempo, Marquinhos Gabriel, armador mais clássico, soube temporizar as jogadas do Vasco e fazer com que as bolas chegassem aos atacantes no momento certo.

Aos 15, o Vasco empatou, mas teve o gol anulado de forma muito confusa. É verdade que Cano tocou com o braço na bola, mas o árbitro havia validado o lance num primeiro momento, e não há VAR na terceira fase da Copa do Brasil.

Porém, apesar da anulação, é bom destacar a movimentação de Léo Jabá no lance. Ele sai da risca do meio-campo, corta Wisney e cruza. Na sequência, Cano desvia com a mão, e Pec marca.

De tanto tentar, correr e sobrar pelo lado esquerdo, Jabá enfim foi recompensado no lance do empate. Marquinhos soube a hora certa de esticar, o camisa 7 ganhou a frente e cruzou na medida para Cano.

Depois do gol, a tônica foi a mesma: o Vasco tentando virar sempre impulsionado por Jabá, e o Boavista buscando os contra-ataques sem sucesso. No final, o time de Bacaxá até tentou o abafa, mas sem ser efetivo e abusando do jogo aéreo.

Em coletiva, Marcelo Cabo viu entrega e controle do Vasco, mas isso não aconteceu. Passou sufoco quando não devia. Apesar de o time ter continuado lento e desatento, vale destacar que as mexidas foram interessantes. Michel dá maior proteção à zaga e tem saída bola de razoável para boa. Galarza oscilou, mas é a grande revelação do Vasco no ano. E Léo Jabá mostrou que pode ser a melhor opção de pé trocado pelo lado esquerdo, deixando Pec do outro lado também cortando para dentro.

Fonte: ge
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