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Análise: Payet 'deslancha' como meia de criação

Quando fez o ousado movimento de mercado para buscar Payet, o Vasco procurava um meia que fechasse uma lacuna no elenco em quesitos de criação de jogo. Acabou encontrando um jogador diferenciado, de características únicas. Ao mesmo tempo, viu Ramón Díaz reorganizar a equipe taticamente, que hoje já não depende dessa figura de "camisa 10 clássico". Noites como a desta terça-feira mostram o que se espera do craque nesse novo cenário: o poder de mudar jogos, especialmente os mais complicados.

Todavia, foi justamente num posicionamento próximo ao de um meia de criação que o francês "deslanchou". Payet iniciou como titular atuando mais aberto, mas acabou recuado e passando a jogar por dentro em movimento ousado de Ramón Díaz na segunda etapa, quando Marlon Gomes sentiu dores no músculo posterior da coxa esquerda e pediu substituição. Rossi, que voltava após dois jogos de lesão, entrou no lugar de Marlon — e sentiria o mesmo problema físico na posterior direita, já no fim do jogo —, mas para atuar na ponta.

Com a mudança, o francês encontrou mais espaço para driblar e criar vindo de trás. Como vinha fazendo desde as primeiras partidas pela equipe, insistiu em tentar assistir os companheiros de ataque, mas acabou decidindo quando teve a confiança de encontrar o melhor que seu estilo de jogo pode proporcionar, para além dos dribles: os chutes precisos e venenosos. Foi assim que superou João Ricardo, batendo no cantinho esquerdo, à direita do goleiro.

Jogo intenso

O Vasco reencontrou o caminho das vitórias e se fortaleceu na missão de escapar da zona de rebaixamento do Brasileiro. Foi uma noite de momentos eletrizantes e de muita intensidade, com um Fortaleza que levou muito perigo.

A vitória tirou o cruz-maltino momentaneamente do Z4. Em 16º lugar e com 30 pontos, o Vasco hoje seca o Santos, que recebe o Bragantino, às 20h, e pode retomar o lugar fora da degola.

Marcado pelo bandeirão em homenagem a Heitor, Gui e Manu, pequenos vascaínos xodós da torcida, o primeiro tempo foi movimentado. Com o campo molhado pela chuva que caiu no início do jogo, as equipes demoraram alguns minutos até se ajustarem à trajetória da bola. Depois disso, o time de Ramón Díaz apostou na marcação alta e na recuperação rápida, enquanto o Fortaleza explorava os erros na saída de bola para construir e assustar.

Apesar do equilíbrio de momentos perigosos criados, foi João Ricardo quem mais trabalhou antes do intervalo. Fez cinco defesas, contra apenas uma de Léo Jardim. Parou Praxedes duas vezes em grande intervenções e fez movimento plástico para tirar desvio de Marcelo Benevenuto para trás. O Fortaleza assustou com Lucero e viu Machuca ter bola roubada por Paulo Henrique de frente para o gol. O lateral-direito ganhou a vaga no setor e fez boa partida.

Assim que chegou ao gol, o Vasco passou a resistir mais às chegadas da equipe de Juan Pablo Vojvoda, que se impôs pelo meio e passou a ganhar mais disputas. Mas pecou nas finalizações no último passe para empatar a partida. Parou também em outra ótima partida de Léo Jardim, que terminou com quatro grandes defesas. O próximo compromisso do Vasco é em clássico contra o Flamengo, no domingo.

Fonte: Agência O Globo
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