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Análise: Queda de intensidade do Vasco cobra permanência no Z4

O time de Fernando Diniz sequer conseguiu embalar com o apoio da torcida para impor pressão no início. Com menos de um minuto, o volante Gabriel Menino marcou um golaço em contra-ataque mortal do Galo, após Rayan desperdiçar a bola no ataque. Foi o gol mais rápido do Brasileiro deste ano — apenas 38 segundos.

João Victor vaiado

Apesar de não ter tanta culpa no lance, o zagueiro João Victor, que cumpriu suspensão contra o CSA pela Copa do Brasil, após ser expulso no jogo de ida, voltou a ser vaiado a cada toque na bola. Segundo o jornalista André Hernan, o jogador teria pedido para deixar o clube a pedido da família, após inúmeras críticas. Questionado sobre o assunto, o técnico Fernando Diniz fez questão de negar:

— Em algumas ocasiões, o João Victor realmente deu motivos para a torcida ter essa hostilidade com ele. Agora, ele precisa aguentar e mostrar resultado. Mas, se eu pudesse, pediria à torcida que desse um voto de confiança. Ele não quis sair do Vasco. Teve aquele problema quando a torcida foi ao CT. Ele foi tirar satisfação, errou e reconheceu o erro. Agora está pagando por isso, mas com boas atuações — afirmou Diniz.

Se o clima não era favorável para o defensor, o Vasco não se desesperou e respondeu à altura ainda no primeiro tempo. Em meio a contestações sobre seu desempenho, Vegetti empatou e chegou ao 10º gol no campeonato — novamente de pênalti. A penalidade foi marcada após Philippe Coutinho receber carga nas costas de Cuello. Inicialmente, o árbitro Davi Macedo não assinalou a infração, mas voltou atrás após análise no VAR.

A dupla, inclusive, chegou a discutir durante a primeira etapa, mas o desentendimento não passou das quatro linhas:

— Foi um lance em que ele tinha apontado de um lado, eu dei o passe e ele correu para o outro. A gente acabou se desentendendo, mas no vestiário a gente se resolveu. Está tudo certo, são coisas que ficam dentro do campo — disse Coutinho.

Queda de intensidade

Em um cenário que poderia ser de tensão no intervalo, o cruz-maltino saiu aplaudido pela torcida após criar chances de perigo para virar o jogo e exigir boas defesas de Éverson. Do outro lado, o time de Cuca cresceu com a entrada de Alexsander, ex-Fluminense, e passou a ter mais presença no meio-campo. Mas a desatenção na saída de bola quase custou caro: aos nove minutos do segundo tempo, Coutinho recebeu um “presente” de Dia dos Pais, ficou cara a cara com Éverson, que levou a melhor no duelo.

Com o Atlético-MG crescendo na partida, Vegetti e Coutinho davam sinais de desgaste físico, principalmente nas tentativas de contra-ataque. O centrovante recebeu o terceiro cartão amarelo e está suspenso na próxima rodada do Brasileiro. Em alta, Tchê Tchê voltou a ter boa atuação e quase marcou em chutes de fora da área. Mesmo brigando por cada dividida, a diferença de intensidade entre os tempos foi gritante — problema crônico na temporada.

— Mais um jogo que deixa um sabor amargo, porque fizemos uma grande partida, especialmente no primeiro tempo. Sofremos um gol muito cedo, mas reagimos, criamos chances e mantivemos o ritmo. Mesmo assim, não conseguimos a vitória que precisávamos. Vamos seguir trabalhando para buscar o resultado no próximo jogo — lamentou Coutinho.

Confronto direto

Já na reta final, a defesa do Vasco quase assistiu Biel colocar o Galo novamente à frente no placar, o que estragaria de vez o Dia dos Pais cruz-maltino. O atacante, porém, perdeu um gol incrível embaixo da trave.

Com uma semana livre para treinar, o Vasco terá pela frente um confronto direto na luta contra o rebaixamento. Primeiro do Z4, em 17º lugar, com 16 pontos, o próximo adversário é o Santos, no domingo (17), fora de casa. O segundo turno já bate à porta.

Não foi desta vez que os cruz-maltinos puderam celebrar uma vitória que tiraria o time da zona de rebaixamento do Brasileiro, em pleno Dia dos Pais. Depois de levar um “gol relâmpago” antes do primeiro minuto, o Vasco mostrou controle emocional para reagir no confronto e até sonhar com a virada. No entanto, a queda de intensidade no segundo tempo voltou a ser um problema, a ponto de o Atlético-MG ficar mais perto de alcançar os três pontos. O empate em 1 a 1, ontem, em São Januário, diante de um adversário tecnicamente forte, está longe de ser “terra arrasada”, mas é suficiente para acender o alerta às vésperas do início do segundo turno.

Fonte: Agência O Globo
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