Futebol

Análise tática de Botafogo 1 a 0 Vasco

A manhã de domingo do carioca foi aberta pelo Clássico da Amizade, como é conhecido o confronto entre Botafogo x Vasco. Em momentos distintos e com treinadores recém assumidos, se enfrentaram no Nilton Santos. O Vasco como lanterna no campeonato e precisando urgentemente pontuar antes da Copa América. E um Botafogo buscando solidificar o seu novo modelo de jogo e vindo de um bom resultado diante do Sol de América.

As equipes:

 

Botafogo: Em relação ao último jogo a única alteração foi a volta de Bochecha no lugar de Alex Santana, contundido.

Vasco: As saídas de Raul (suspensão) e Yan Sasse (por opção técnica)

No 1° tempo tivemos um jogo muito arrastado e com muitos erros, muito pela quantidade absurda da posse de bola do Botafogo que novamente mostrou-se improdutiva em grande parte do jogo, também pela qualidade das equipes, jogadores cometendo erros de passe, lançamentos e em alguns casos na tomada de decisão.

O Vasco mostrou-se melhor na etapa inicial, tendo como destaque seu sistema defensivo, que negou, ocupou muito bem os espaços. Baseou-se no esquema 4-1-4-1 como artifício para a realização da marcação, Fellipe Bastos apesar de muito criticado pela falha no lance capital do jogo, em linhas gerais foi muito bem na proteção a área vascaína, tendo inclusive vencendo 4 de 6 duelos e executado 4 desarmes certos.Os laterais tinham apoio defensivo dos volantes e extremos e nunca ficavam em inferioridade numérica. Com uma melhor ocupação dos espaços do centro do campo também foram essenciais para passar o 1° tempo sem sustos. A saída de bola e a progressão para o ataque foi feita de forma ordenada e objetiva, mas o Vasco sentiu falta da figura do meia, e apostou nas jogadas individuais pelos flancos e cruzamentos. A falta de associações aos extremos também foi um problema ofensivo notado. Outro destaque foi a aplicação dos extremos cruz-maltinos na marcação, recompondo com muita rapidez e quando saiam em velocidade venciam facilmente os duelos no 1×1 contra os laterais alvinegros.  A melhor chance do jogo na 1° etapa, foi exatamente da equipe vascaína, em lance de contra-ataque pela direita, Rossi cruza, Tiago Reis antecipa e a bola toca na trave.

O Botafogo apresentou mais uma vezdificuldades em romper um sistema defensivo bem forte e compacto, valorizando e circulando bem a bola, mas sem a profundidade nos lances e movimentação maior dos atletas que compunham o último terço. A equipe alvinegra cometeu diversos erros em tomadas de decisão, especialmente quando recuperava a bola no campo ofensivo e acelerava. Defensivamente passou maus bocados, em situações de transição defensiva, principalmente pelo lado direito de defesa, ora com Marrony, ora com Rossi. Fato positivo, foi mais uma vez, uma boa partida da dupla de zaga.

 

No 2° tempo a impressão é que o jogo se manteria na mesma toada do 1°, Botafogo com a posse e o Vasco à espera de um erro e partir em velocidade, no entanto diferentemente do 1° tempo, o Botafogo teve uma maior movimentação dos jogadores do terço final e construiu a 1° boa jogada do 2° tempo, logo aos 4’, com uma finalização de fora da área com Luiz Fernando, após uma boa troca de passes. Aos 12’ minutos sai o lance crucial do jogo, logo após uma inversão de bola fantástica de Carli, para Pimpão, que recebe após corte equivocado de Pikachu e que substituiu Luiz Fernando na 2° etapa, ele (Pimpão) cruza, Diego Souza mata no peito, recebendo nas costas de Fellipe Bastos, finaliza de primeira, com muita categoria e abre o marcador. Festa no Nilton Santos!

A entrada de Rodrigo Pimpão provou-se importante, em fase ofensiva com velocidade, intensidade e eficiência. Em fase defensiva a aplicação, sua grande marca registrada. Sustentou muito bem junto a Gilson o lado esquerdo de defesa alvinegro. Erik também doou-se bastante neste quesito, sendo perfeito ao lado de Fernando coibindo espaços aos jogadores vascaínos. O Vasco buscava, tentava, mas esbarrava no consistente e compacto setor defensivo alvinegro, que outra vez teve Gabriel, tendo uma atuação incontestável. Em aspectos táticos, o Botafogo se defendia num 4-1-4-1, com Jean fechando a entre linha e Diego Souza sendo o atleta mais avançado, com os blocos baixos. O Vasco, realizava constantes trocas de posição, após a saída de Tiago Reis, Luxa pediu aos atletas Marrony e Tales Magno, que alternassem, entre a ponta-esquerda e o centro, que geravam boas associações, mas não surtiam efeito prático. O Botafogo, ainda sacou Cícero e Bochecha por questões físicas. E enviou Alan Santos e Jean. Ambos sendo bons destaques defensivos. Ao fim de jogo, O Botafogo buscou valorizar bastante a posse e amarrou o jogo, enquanto o Vasco de forma desesperada buscou o gol que não saiu.

O que fica de positivo para os vascaínos, é a aparente evolução de um sistema defensivo e ter encontrado um sistema competitivo, que necessita de ajustes. O Gigante da Colina teve uma boa atuação apesar do revés, o que demonstra uma fragilidade em muitos aspectos e preocupante, pois trata-se de um antigo problema da equipe. Apesar da vitória os comandados de Barroca, precisam evoluir e muito no aspecto de agressividade ao deter a posse da bola. Os próximos passos das equipes no campeonato são: encarar o Internacional e o CSA, o Vasco em São Januário e o Botafogo visita Alagoas.

Foto: Reprodução/Internet Saída de 3 do Botafogo, característica marcante desta equipe
Saída de 3 do Botafogo, característica marcante desta equipe
Foto: Reprodução/Internet Bochecha também atuou mais na base da jogada
Bochecha também atuou mais na base da jogada
Foto: Reprodução/Internet Atuando um pouco mais a frente, foi onde Bochecha conseguiu ser mais produtivo
Atuando um pouco mais a frente, foi onde Bochecha conseguiu ser mais produtivo
Foto: Reprodução/Internet Espaçamento entre o meio campo e o ataque, que no 1° tempo sem movimentar
Espaçamento entre o meio campo e o ataque, que no 1° tempo sem movimentar
Foto: Reprodução/Internet Dado que corrobora com o apresentado na análise
Dado que corrobora com o apresentado na análise
Foto: Footstats 1
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Fonte: MWFUTEBOL
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