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Análise tática de Vasco 2 a 1 Fluminense

O clássico entre Vasco e Fluminense é conhecido como clássico dos gigantes. E num placo gigante de história, como São Januário, ganhou um brilho ainda mais interessante. A torcida do Gigante da Colina, compareceu em peso e demonstrou mais uma vez que entendeu a sua importância dentro da competição, e deu mais uma comprovação de que valoriza e enxerga a evolução com Luxemburgo no comando.

A equipe cruzmaltina vem se mostrando equilibrada em suas ações em campo, compactada e mais agressiva no aspecto defensivo, que eram problemas visíveis, dos treinadores anteriores. Para esta partida, alguns desfalques preocupantes, como a ausência de última hora de Fernando Miguel, a suspensão de Rossi, e Talles, na seleção, deixavam a torcida na expectativa de como a equipe se comportaria. Além disso Luxa promoveu mudanças, como a entrada de Castán (recuperado) no lugar do Ricardo Graça, e a entrada (inexplicável) de Marquinhos na vaga de Marcos Jr. O volante que veio do Bangu vive boa fase, e é peça vital nesse equilíbrio citado. Possui boa ocupação, recomposição, mas ao mesmo tempo tem grande importância nas ações ofensivas, seja servindo seus companheiros de ataque, ou pisando na área.

O Flu também tinha desfalques, como Yoni Gonzalez e Ganso, mas contava com a estreia de Nenê, ex-Vasco e São Paulo. Desde o início da partida, o Vasco surpreendeu e não baixou seu bloco de marcação. O já conhecido 4-1-4-1 de Vanderlei, se alternava entre bloco médio e alto, e prejudicava a saída de bola do Fluminense. Nem sempre o Vasco marcava os defensores do tricolor, mas o foco era sempre, não se espaçar no meio campo e defesa, e principalmente negar espaços a Nenê, Danielzinho, e até João Pedro. E fez isso muito bem. Esses jogadores, só recebiam bolas “de costa”, ou precisavam voltar em seu campo de defesa, para buscarem participação ativa.
 

Ofensivamente, o Vasco manteve seu padrão, pouca criação, mas busca pelo jogo vertical, veloz e objetivo, com a participação do maior número de jogadores possíveis. Os laterais e os volantes por exemplo, por diversas vezes eram os principais articuladores das jogadas de ataque. Valdívia, Marrony e Yan Sasse, se movimentavam muito para buscar gerar esses espaços, e quebrar a formatação defensiva do tricolor. Marrony e Marquinhos não tiveram boas atuações individuais, mas ainda assim, participaram de boas chances criadas. Valdívia, o falso 9, se revezava com Marrony, na profundidade, e gerava problemas para o sistema defensivo do Flu.

No 1º tempo, a equipe vascaína teve pelo menos três ótimas chances de gol. Parando em interceptações “milagrosas” de Nino, e Bruno Silva. O tricolor carioca, por sua vez, chegou apenas duas vezes. E em ambas com Pedro. Na primeira, em jogada individuail, finalizou de canhota e parou em Sidão. Na segunda, em falha coletiva, finalizou no cantinho da entrada da área e abriu o placar. Era um castigo, pelo que tenha sido o primeiro tempo, e com tantos desfalques, era uma incógnita qual seria a resposta do Vasco.

Apesar de um jogo com menos chances, o segundo tempo começou com mesmo panorama. Flu com a bola, Vasco mais perigoso, e mais acertado com sua estratégia. Aos 8 minutos, Luxa promoveu as entradas de Tiago Reis e Bruno César no jogo e contou com expulsão de Digão aos 11 minutos para aumentar a pressão vascaína e após algumas oportunidades, empatou em jogada de bola parada de Bruno César e gol de Leandro Castán. Explodia São Januário, e a “tormenta” dos últimos clássicos, batia a porta do Fluminense, que tem péssimo retrospecto recente diante do Vasco.

Com Bruno César bem, Tiago Reis dando profundidade, e volume aumentando com um jogador a mais, a virada parecia ser questão de tempo. Aos 28, Frazan fez falta em Pikachu na entrada da área e também foi expulso. Na cobrança, o melhor jogador do 2T, Bruno César, cobrou com maestria e com a força dos heróis improváveis, que parece ser ainda mais latente neste clássico, decretou a virada vascaína.
 

Com 2 a mais, Vasco teve maturidade, e jogou com segurança e paciência, encaminhando mais uma vitória em casa, e dando de vez mais uma prova de evolução. O Flu por sua vez, conta com desconfiança, e falta de resultado recente e começa a repensar o trabalho de Diniz. Na próxima rodada, o Gigante da Colina, enfrenta o líder Palmeiras, em São Paulo.

@analisevasco

Fonte: MWFUTEBOL
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