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Análise: Vasco esbarra na criatividade, mas melhora no segundo tempo e vence

O Vasco venceu o CSA por 1 a 0 na noite deste sábado, colou no grupo dos quatro primeiros colocados e agora é o único invicto da Série B do Brasileirão. Mas também flertou com o perigo em São Januário, voltou a mostrar deficiências e ouviu protestos da torcida. Das vaias à festa. Da apreensão ao alívio.

No geral, o Vasco de Zé Ricardo teve mais uma atuação ruim, sobretudo no primeiro tempo, quando o setor de criação não funcionou e a equipe pouco agrediu o adversário alagoense. Pelo contrário: ainda viu o CSA ter as duas melhores chances, mas Thiago Rodrigues agarrou a bola em lances onde, para sorte do Vasco, o atacante Lucas Barcelos acabou finalizando mal.

As mudanças no início do segundo tempo mudaram a cara do jogo. Figueiredo, Juninho e Palacios corrigiram o bloqueio criativo e instantaneamente levaram o time ao ataque. Passadas uma ou duas chances, Gabriel Pec abriu o placar depois de chute de Figueiredo na trave, fez seu primeiro gol nesta Série B e garantiu a segunda vitória da equipe na competição.

Com o resultado, o Vasco chegou aos 10 pontos e pulou para a quinta colocação. Tem a mesma pontuação de Cruzeiro e Grêmio (que se enfrentam neste domingo), mas uma vitória a menos que a dupla. A equipe ainda pode cair para o sexto lugar em caso de vitória da Ponte Preta no clássico contra o Guarani.

Antes da festa, a agonia

Getúlio foi a grande novidade na escalação do técnico Zé Ricardo. O camisa 99 entrou na vaga de Figueiredo no ataque e recebeu sua terceira chance como titular desde que chegou ao Vasco, a primeira nesta Série B. Na coletiva após a partida, o treinador explicou que esperava principalmente levar vantagem nas bolas aéreas. Mas a estratégia não funcionou.

Longe da área, Getúlio recebeu a maioria das bolas ainda no meio de campo, colado à linha lateral e de costas para onde o time atacava. Brigou bastante - foi ele o responsável por um desarme que, não fosse o escorregão de Gabriel Pec, poderia ter resultado em boa chance para o Vasco. Só que o fato de ter entrado no lugar de Figueiredo, que vinha tendo boas atuações, encurtou a paciência da torcida.

No segundo ou terceiro erro do atacante, os torcedores já vaiaram e pediram substituição. A gota d'água foi uma tentativa de inversão de jogo no segundo tempo que ele entregou nos pés de Marco Túlio. O atacante do CSA agradeceu o presente, carregou e levou perigo ao gol de Thiago Rodrigues em chute de fora da área. Getúlio deixou o campo aos 14 minutos sem receber sequer um cruzamento na área.

Justiça seja feita: Getúlio esteve longe de ser o principal problema do Vasco em São Januário. A equipe mais uma vez não conseguiu criar e seguiu a cartilha de toques sem objetividade no campo defensivo até alguém tentar uma ligação direta ao ataque. A primeira jogada mais trabalhada só saiu aos 16 minutos do primeiro tempo, mas Raniel não conseguiu dominar a bola enfiada por Andrey, que, por sua vez, teve atuação bastante apagada.

As melhores oportunidades saíram em cobrança de falta de Nenê que Marcelo Carné espalmou e do cruzamento de Edimar pela esquerda que Gabriel Dias, no segundo pau, finalizou meio que de peixinho para mais uma defesa do goleiro do CSA. Um pequeno oásis no deserto de criação que foi o Vasco no primeiro tempo.

Mexidas mudam o jogo

Os primeiros 10 minutos do segundo tempo foram mais do mesmo. Só aos 13 foi que o Vasco começou a ensaiar uma reação: Raniel recebeu na direita da área e cruzou rasteiro, a defesa tirou mal, e Nenê chutou em cima do zagueiro Lucão no rebote. Logo depois vieram as substituições. Getúlio deu lugar a Figueiredo, e Andrey a Juninho (que se recuperou de lesão na coxa e voltou a ser relacionado depois de três rodadas). E o jogo mudou.

Os dois jogadores, mas principalmente o volante, preencheram o vazio no meio de campo e empurraram a equipe ao ataque. Aos 22, Palacios entrou no lugar de Nenê e renovou o fôlego do time. Antes de Gabriel Pec abrir o placar, Figueiredo (de cabeça) e o próprio Pec (num chute de canhota dentro da área) deram o recado de que o Vasco não ia entregar os pontos assim tão fácil.

No lance do gol, os destaques foram o arranque de Palacios, que recebeu a bola no meio de campo e, mesmo ainda fora da forma física ideal, conseguiu dar velocidade ao lance; e a inteligência de Pec, que estava impedido quando Figueiredo recebeu a bola, mas recuou e corrigiu sua posição antes de o companheiro finalizar na trave e a bola sobrar nos seus pés.

O gol foi a fagulha necessária para incendiar São Januário. Os torcedores até então pareciam aflitos e impacientes, mas a partir daí extravasaram e carregaram a equipe à vitória. O CSA até tentou reagir, mas o sistema defensivo do Vasco se portou muito bem na partida e sofreu poucos sustos. E quando precisou, Thiago Rodrigues salvou o time em pelo menos dois lances e fez jus ao bom início de temporada.

Por fim, mas não menos importante, é preciso destacar a atuação de Yuri Lara, talvez o melhor jogador do Vasco na partida. Incansável, o volante parecia estar em todas as bolas, foi o líder de desarmes da equipe (quatro) e, como de costume, ouviu os latidos da torcida a cada bola roubada/interceptada.

O próximo jogo, contra o Bahia, é só no domingo. A vitória, ao menos, dá a certeza de que os próximos dias serão mais calmos no Vasco.

Fonte: Globo Esporte
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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