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Análise: Vasco trata Sul-Americana como prioridade e vexames marcam campanha

Quando terminou o Brasileirão 2024 em décimo lugar, o Vasco comemorou o fato de voltar a disputar uma competição internacional depois de cinco temporadas. A gestão de Pedrinho e companhia tratou a Sul-Americana como prioridade no planejamento para 2025. Mas a campanha colecionou vexames, sendo o mais recente deles a goleada por 4 a 0 sofrida para o Independiente del Valle nesta terça-feira, na altitude de Quito. Resultado que deixa a equipe muito perto de ser eliminada nos playoffs, fase anterior às oitavas de final.

Antes da derrota vexatória no Estádio Olímpico de Atahualpa, marcada pela expulsão de Lucas Piton com 11 minutos de jogo, o Vasco havia perdido por 4 a 1 para o modestíssimo Puerto Cabello na Venezuela e sofreu um empate do Melgar no Peru depois de abrir 3 a 1 no placar. Saldo de 12 gols sofridos e apenas um ponto somado em jogos fora de casa nesta Sul-Americana.

Em São Januário, a única vitória tranquila foi o 3 a 0 sobre o Melgar, num momento de subida de produção sob o comando de Fernando Diniz. Com Fábio Carille, a equipe venceu o Puerto Cabello por 1 a 0 sob vaias da torcida e não conseguiu sair do zero com o Lanús. A promessa da diretoria de priorizar a competição criou uma expectativa do tamanho da Colina Histórica, mas a realidade provoca o sentimento de que era melhor nem ter se classificado.

Nesta terça, o grande vilão foi Lucas Piton - o ge deu nota zero para a atuação do lateral-esquerdo. Fernando Diniz disse na coletiva que tinha esperança de que a partida se desenrolasse de outra maneira não fosse a expulsão logo nos primeiros minutos. Mas a goleada também passa por péssimas apresentações individuais, como a dos João Victor e Maurício Lemos. Foi uma noite em que ninguém se salvou.

Com o resultado, o Vasco vai precisar buscar um resultado na volta que nunca ocorreu na história da Sul-Americana. Os times se enfrentam novamente no dia 22, em São Januário.

Como foi o vexame em Quito

Fernando Diniz optou por uma escalação diferente para suprir a ausência de Philippe Coutinho e surpreendeu ao mandar a campo um time com GB ao lado de Vegetti na frente. Dessa forma, a expectativa era de que Nuno e Rayan atuassem numa linha logo atrás da dupla de ataque, com o português centralizado e o jovem atacante caindo pela direita, onde vem apresentando boas atuações.

Mas não deu tempo de ver como a equipe se comportaria. Com 11 minutos de jogo, Lucas Piton recebeu o cartão vermelho e desmontou qualquer tipo de estratégia.

Antes disso, o Vasco havia assustado em uma boa chegada ao ataque finalizada por Rayan, que obrigou o goleiro Villar a trabalhar. O atacante também levou perigo em duas cobranças de falta nos minutos seguintes à expulsão. E foi só o que o Vasco conseguiu fazer ofensivamente na partida inteira.

Daí para frente, o time de Fernando Diniz apenas se defendeu. Os nove jogadores de linha posicionaram-se na frente da área, com Vegetti plantado da intermediária para trás. Foi um amasso do time equatoriano, que explorou a deficiência do Vasco na bola aérea defensiva e levou perigo em vários cruzamentos na área. Em um deles, Spinelli acertou o travessão. Em outro, Léo Jardim operou um milagre.

Da forma como as coisas andavam, o gol do Independiente del Valle era questão de tempo. E saiu aos 47 minutos do primeiro tempo, com Carabajal aproveitando o rebote de uma defesa esquisita de Jardim. Ao todo, foram incríveis 17 finalizações dos donos da casa. Levar a derrota magra por 1 a 0 para o intervalo foi lucro.

No segundo tempo, o Vasco não teve a mesma sorte. O placar já mostrava 3 a 0 para o Del Valle com cinco minutos, os gols marcados por Mercado (com enorme contribuição da defesa inteira, que deixou o camisa 7 à vontade para dominar no peito e finalizar dentro da área) e Spinelli (completando o cruzamento nas costas de Maurício Lemos). Lemos entrou no intervalo no lugar de Nuno Moreira numa substituição que, na prática, jogou por terra qualquer chance de reação.

O time comandado pelo espanhol Javier Rabanal visivelmente tirou o pé depois de marcar o terceiro. O Vasco se permitiu respirar um pouco, mas sem ameaçar o gol adversário sequer por um instante. Era um time entregue em campo. Sem válvula de escape, sem fôlego na altitude e preocupado em não sofrer mais gols para não voltar para casa sem chance de classificação.

Quando decidiu acelerar um pouco mais para matar a partida, o Del Valle marcou outras duas vezes, mas um dos gols foi anulado (o de Spinelli, por impedimento). Cazares ainda teve a chance de ampliar em cobrança de pênalti, mas Léo Jardim acertou o canto e evitou uma goleada ainda mais vexatória.

Fonte: ge
  • Terça-feira, 15/07/2025 às 21h30
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