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Análise: Vasco volta a mostrar bom futebol, mas peca na bola aérea

Pelo terceiro jogo seguido, o Vasco foi bem e merecia vencer - só conseguiu contra o Macaé na sequência. O empate por 1 a 1 com o Fluminense, em Volta Redonda, não traduziu a superioridade da equipe de Marcelo Cabo, especialmente na parte final do jogo. O bom futebol da nova versão vascaína, aos poucos, começa a aparecer. Faltam as vitórias - venceu apenas um dos oito jogos na temporada.

Foi um clássico em que o Vasco saiu na frente jogando mal e sofreu o empate na etapa final, quando foi muito melhor. Se contou apenas com Zeca dos cinco reforços, quem carregou o time foram as crias de São Januário. Do “experiente” Andrey – melhor em campo - aos jovens Laranjeira e Figueiredo, que entraram na etapa final e incendiaram o jogo. Além deles, é claro, teve Germán Cano para decidir.

De ruim, dois pontos (além dos perdidos com o empate) a destacar: o fato de o Vasco ter sofrido o quarto gol seguido em jogadas de bola parada e o resultado. Com apenas uma vitória em sete jogos, o Vasco soma sete pontos, está em oitavo, e a possibilidade de ficar fora da fase final do Carioca pelo segundo ano seguido é cada vez mais real. Faltam quatro rodadas para o fim da fase classificatória da Taça Guanabara.

Foto: MAGA JR/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDOGermán Cano comemora gol contra o Fluminense
Germán Cano comemora gol contra o Fluminense

Cano desequilibra 1º tempo travado

O Vasco insinuante, que criou muitas chances de gols nos dois últimos jogos, não deu as caras no gramado do Raulino de Oliveira no primeiro tempo. Diante de um adversário mais forte e sem Marquinhos Gabriel, preservado por conta de um incômodo na coxa, Marcelo Cabo adiantou Galarza e voltou com Andrey. Apesar da notória disposição do paraguaio, faltou aproximação entre os homens de frente, algo que Marquinhos vinha fazendo muito bem

O Fluminense começou melhor, mas também pouco criou. As principais chances nasceram de erros de passes de Andrey e Bruno Gomes na saída de bola, mas não levaram perigo.

Foi um primeiro tempo travado, lento, com muitas faltas (15) e ainda mais passes errados (80 no total). Em outras palavras, um clássico sonolento e de poucas emoções na etapa inicial. Fluminense e Vasco pouco finalizaram em direção ao gol. O time de Roger Machado chutou duas vezes, enquanto o Vasco apenas uma. Mas foi o suficiente.

Cano jogou isolado, pouco se aproximou de Pec, Galarza e Carlinhos, mas precisou de uma bola para colocar o Vasco na frente. Na única vez que recebeu em condições, mandou para o gol, após belo passe de Andrey. A jogada, aliás, foi muito bem trabalhada desde o início e teve origem em uma inversão de Bruno Gomes, além das participações de Gabriel Pec, Léo Matos e Andrey até chegar aos pés de Cano.

O velho problema da bola parada

Antes do jogo, Marcelo Cabo pontuou que a bola parada vinha sendo o “calcanhar de Aquiles” do Vasco - tornou a tocar no tema no pós-partida. E com razão. Os últimos três gols sofridos foram dessa forma. Apesar do alerta, o problema voltou a acontecer. No minuto inicial do segundo tempo, após escanteio cobrado por Nenê, Fred antecipou Miranda e empatou de cabeça. Foi a única bobeada do jovem zagueiro, que até então vinha sendo um dos melhores em campo.

O gol no primeiro minuto do segundo tempo desestabilizou o Vasco, que quase viu o Fluminense ampliar com Fred, após erro em outra saída de bola, dessa vez de Castan. Sem criar absolutamente nada nos primeiros 20 minutos, Cabo decidiu mexer. Trocou Bruno Gomes e Carlinhos pelos jovens Figueiredo e Laranjeira. Deu muito certo.

Cabo mexe bem, e Vasco reage com a garotada

As mudanças equilibraram o jogo e também o Vasco. Caindo pela esquerda, Figueiredo passou a apoiar o ataque, algo que Carlinhos não consegui e acabou sobrecarregando Pec na direita. Laranjeira jogou mais recuado do que o habitual, como um meia, foi muito bem e recebeu elogios do treinador.

- Laranjeira me entregou muito do que queria do camisa 10 – frisou o treinador.

A dupla deu gás, velocidade e equilíbrio que faltavam ao time. Aos poucos, o Vasco passou a dominar a partida, embora, com o clássico mais aberto, o Fluminense também tenha criado chances. As melhores, no entanto, foram da equipe de Cabo. Andrey, em duas cobranças de falta, levou perigo – uma delas carimbou a trave. Laranjeira, Gabriel Pec, Ricardo Graça e Cano tiveram ótimas oportunidades e também quase marcaram.

Diante de tantas chances, o Vasco merecia ganhar. Foi o time que lutou, criou e buscou a vitória até o fim. O resultado, no entanto, não veio e deixa a equipe em situação preocupante na Taça Guanabara. O bom futebol começa a animar o torcedor, mas a falta de vitórias preocupa.

Fonte: ge
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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    Nova Iguaçu Nova Iguaçu 1
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