Os três pontos da partida, remarcada da 16ª rodada, deixaram o time de Fernando Diniz a cinco pontos da zona de rebaixamento, na 13ª colocação. Agora, sem jogos a menos e com uma pressão menor no retrovisor, o cruz-maltino tem 14 rodadas para seguir mostrando que pode mais do que brigar contra a queda no Brasileirão, enquanto se prepara para a disputa das semifinais da Copa do Brasil, em dezembro.
Os sinais do jogo desta quarta-feira são, em maioria, positivos. Ainda que tenha ficado com um a mais, em jogo marcado por uma péssima arbitragem, o time não se abateu com o gol sofrido, buscou a virada, ampliou e criou para mais.
O meio com Hugo Moura e Barros segue funcionando bem, Puma Rodríguez manteve a grande fase atuando improvisado na lateral esquerda (desta vez, com gol) e Coutinho, autor do gol de empate, vive seu melhor momento neste retorno ao Vasco. Os pontos baixos foram o erro técnico de Lucas Freitas no gol dos visitantes e a má fase de Vegetti, que mesmo responsável pela ação ofensiva no gol contra de Luciano Juba, segue com dificuldades em se envolver mais com o jogo vascaíno e balançar as redes.
Antes de ficar com um a mais, o cruz-maltino já fazia boa partida. Encaixou a marcação e roubou várias bolas pelo meio que geraram transições perigosas. Na construção no último terço, o time parece ganhar mais repertório e entrosamento, embora peque, em algumas oportunidades, pela ansiedade. Com um a mais, o Vasco passou a ter o domínio quase amplo da partida: terminou com 67% da posse de bola, 19 finalizações contra 9 do Bahia e cinco grandes chances criadas, contra apenas uma dos visitantes. Os números são do Sofascore.
A sequência do calendário, a partir de agora, é um bom teste de ambição e evolução para o time de Diniz: enfrenta Cruzeiro e Palmeiras, dois integrantes do top 3 da tabela, e logo depois, Vitória e Fortaleza, que estão no Z4.
Em boa parte dos cinco jogos do Brasileirão em que o Vasco tropeçou em São Januário, o roteiro foi parecido: o time fazia bom jogo, mas sofria com erros bobos no fim ou no início das partidas, comprometendo o resultado. Ontem, o cruz-maltino pôs fim a essa sequência de roteiros infelizes e à seca em seu próprio estádio pela competição, que vinha desde maio, com uma vitória justa sobre o Bahia: 3 a 1.