A seleção brasileira esteve completa pela primeira vez sob o comando de Carlo Ancelotti. Nesta terça-feira, o treinador comandou o treino no CT Joaquim Grava, do Corinthians, e deu pistas de uma possível escalação para encarar o Equador, nesta quinta-feira, às 20h (de Brasília), em Guayaquil, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
Durante o aquecimento e a primeira atividade com bola em campo reduzido, Ancelotti distribuiu coletes. O time que ficou sem tem um esboço do que pode ser o time titular.
A formação tinha 11 jogadores de linha e contava com Vanderson, Danilo, Marquinhos, Alexsandro e Alex Sandro; Casemiro, Andreas, Andrey, Estêvão; Vini Jr. e Richarlison. Vale lembrar que Raphinha está suspenso e não encara o Equador.
A grande dúvida, portanto, fica por conta do esquema tática que o treinador italiano irá utilizar. Há indícios de que a Seleção deixará de ter três atacantes - com dois pontas - e passará para dois atacantes. No esboço, Vini Jr. e Richarlison comandariam o setor ofensivo.
Caso isso se concretize, seria uma grande alteração no esquema, haja visto que o Brasil vem atuando com três atacantes desde a era Tite.
Outra possibilidade de alteração é na defesa. Da pista inicial, algum dos laterais pode sair para formar uma linha de três zagueiros. Caso o Alexsandro seja o escolhido para iniciar no banco de reservas, Danilo, Alex e Marquinhos formariam o trio.
Por fim, ainda é uma incógnita a escalação de Estêvão. Apesar de figurar na pista dado por Ancelotti, o garoto nunca foi titular da Seleção e tem uma grande concorrência. Ele pode atuar tanto como meia armador como de ponta.
Palavra do presidente
Antes das atividades começarem no gramado, nesta terça, o presidente recém-eleito Samir Xaud reuniu todos os atletas em um semi-círculo para dar as boas-vindas e falar pela primeira vez com todos.
Segundo a assessoria da CBF, o papo foi para dar todo o respaldo a Ancellotti e dizer aos jogadores que eles terão tranquilidade para trabalhar nesse novo ciclo da Seleção. Xaud ainda externou a felicidade por estar à frente da entidade por sempre ter sido um torcedor.
O presidente não viajará com a delegação, nesta terça, mas estará em Guayaquil para acompanhar o duelo.
Fonte: ge
A seleção brasileira começa a treinar em Itaquera, nesta segunda-feira (2), para jogos contra Equador, em Quito, e Paraguai, em São Paulo, e Carlo Ancelotti, o novo treinador, tem algo claro em sua mente: o time precisa de mais consistência defensiva. Daí a convocação de Casemiro, que retorna após um ano fora das listas elaboradas por Dorival Júnior. O volante vem com a missão de ajudar no equilíbrio.
O treinador italiano plantará o volante do United à frente da zaga, e cobrará de meias e de atacantes mais participação na marcação já no campo ofensivo. A seleção brasileira é, entre as seis que estariam classificadas para a próxima Copa do Mundo, a única que sofreu mais de um gol em média nos 14 jogos do torneio das Eliminatórias. E o acerto do time começa deste princípio.
A seleção só não foi vazada pelo Peru (em casa e fora) e do Equador (em casa), o adversário de quinta-feira (5), em Quito. Os outros sete do grupo balançaram as redes do goleiro do Brasil, fosse Ederson, Alisson ou Bento. E este diagnóstico norteará a primeira fase do trabalho do Ancelotti. Nas 13 últimas Copas, o campeão sofreu, em média, quatro gols em sete jogos (0,57 por jogo). A seleção, com 1,14, está longe da meta.
Por relevância histórica, pela maior qualidade dos jogadores que produz e até pelo peso que leva na camisa cinco estrelas, a única do mundo, o time que visa o sexto título mundial num torneio tão curto não pode mostrar tanta vulnerabilidade. E isso o italiano sabe trabalhar bem, fazendo seus jogadores de frente participarem da recomposição sem perder capacidade ofensiva.
Basta olhar para o desempenho de Milan e Real Madrid nas cinco conquistas que diferenciaram os times do “Rei da Champions” - quatro com média de gols sofridos variando entre o 0,59 de 2002/03 e 0,92 de 2023/24. A exceção foi a temporada 2021/22, quando o Real Madrid sofreu 14 gols em 13 jogos na campanha marcada por jogos difíceis contra PSG, Chelsea e Manchester City.
Ancelotti tem aproveitado bem os primeiros dias no país para estar com referências de confiança. Dia desses, ouviu o relato de Felipão sobre os ajustes defensivos que fortaleceram a seleção na época conquista do penta em 2002. Estou curioso para ver no campo o resultado de tudo isso…