Futebol

Após 2 anos sem atuar, Baiano se diz pronto para prova de fogo

 Baiano não jogou ainda como profissional do Vasco. Aliás, nem pelo Vascos nem por nenhum outro time. A chance do garoto de 21 anos, que assumiu "gato" - adulteração de nascimento e identidade de quatro anos e permaneceu no Vasco, chega quase dois anos depois de disputar a última partida oficial da carreira, que foi no Sul-Americano de 2011, no Uruguai, quando o Brasil foi campeão. Hoje, depois de tudo que passou, a suspensão de Abuda o coloca na equipe que enfrenta o Atlético-PR, vice-líder do Campeonato Brasileiro, neste domingo, em São Januário.

O técnico Dorival Júnior cogitava escalar Fillipe Soutto, mas treinou com o jogador neste sábado. Antes, foram seis oportunidades de compor o banco, muitos treinos coletivos e alguns jogos-treinos, ora como zagueiro, ora como volante, posição de origem. Até a primeira chance, enfim, bater na porta.

- Estou preparado e à disposição do treinador. Se ele decidir me colocar em campo, vamos lá - disse Baiano, no desembarque do Vasco, antes de saber que o técnico já estava decidido pela sua oportunidade no Vasco.

Com personalidade, o jogador lembrou da dificuldade da estreia, contra um adversário que está invicto há 11 partidas e vice-líder da competição, mas não se intimida com o desafio. Também pudera. Estrear como profissional do Vasco já é uma vitória pessoal para Fabrício Baiano. Ele esteve próximo de deixar o clube no ano passado, quando assumiu um "gato" (adulteração de documento de identidade) de quatro anos, após ser campeão sul-americano sub-15 pela seleção brasileira como Heitor Bispo dos Santos. Perdoado e regularizado, o jogador treinou entre os juniores, mas logo sofreu uma grave lesão. Depois de seis meses parado e com a idade estourada para ficar nos juniores, ele passou a treinar entre os profissionais com o técnico Paulo Autuori. Agora, com Dorival, a primeira chance finalmente aparece.

- O Atlético tem um time muito bom, mas não é imbatível. O Vasco venceu a última partida e somos um time de superação. Fizemos um primeiro tempo mais ou menos contra o Náutico, mas depois acordamos - disse o garoto de 21 anos.

Baiano é o único primeiro volante de ofício à disposição para o jogo contra o Atlético-PR. Além de Abuda, suspenso, o técnico Dorival Júnior não conta com Guiñazu e Sandro Silva, ambos machucados. O primeiro deve retornar apenas no fim da temporada e o segundo atualmente faz trabalho de fisioterapia com bola.

Os companheiros mais experientes tentam passar força para o garoto. Cris e Juninho, principalmente. O lateral Fagner, jovem, porém mais rodado, disse que o garoto pode sentir a falta de ritmo de jogo, mas que vai se adaptar ao longo da partida.

- Baiano é um garoto que está subindo agora, está tímido ainda, o que é normal. Vai ser um pouco complicado no início pelo ritmo de jogo, que sente mesmo, o tempo de bola, mas tenho certeza que vai ajudar a gente bastante - apostou o lateral vascaíno.

Fonte: ge