O Vasco não sabe o que é perder tendo Barros como titular. No empate com o Flamengo, o volante fez mais uma grande partida, o que se tornou rotina desde que o cria entrou no time, há cinco jogos. Ainda é prematuro cravar, mas as boas atuações reforçam a tradição vascaína em revelar bons jogadores para a posição.
São os casos de Allan, Douglas Luiz e Andrey Santos, exemplos de ótimos volantes formados no Vasco e que chegaram até a Seleção Brasileira. Barros ainda precisa trilhar um longo caminho para sonhar com isso. O início da trajetória do camisa 88 é semelhante aos dos antecessores. Todos se consolidaram na categoria profissional disputando a Série B. No entanto, Barros fez isso longe do Cruz-Maltino.
Barros estreou no profissional do Vasco em 2023, mas perdeu espaço com a chegada de Ramón Díaz. Desde então foi emprestado para o Amazonas, no ano passado, e para o América-MG, neste ano. Portanto, disputou as últimas duas edições da Série B. No total foram 41 rodadas, 36 como titular.
A rodagem na Série B fez Barros evoluir e amadurecer, o que chamou a atenção do técnico Fernando Diniz. O Vasco o trouxe de volta em agosto e após dois jogos no banco, reestreou pelo Cruz-Maltino na derrota para o Corinthians, em São Januário. Com a lesão de Tchê Tchê, e posteriormente com a de Jair, assumiu a titularidade, logo contra o Botafogo, pela Copa do Brasil.
Cinco jogos se passaram, todos com Barros de titular e nenhuma derrota do Vasco. Com esse histórico de bons resultados e atuações, o volante deixa uma ótima dor de cabeça para Fernando Diniz, que terá dúvidas com o retorno de Tchê Tchê.
“Eu acho que o Barros entrou no momento que ele tinha que entrar. Esperou um pouco de tempo para ter a oportunidade. E hoje ele se coloca como um dos titulares. O time não tem só os titulares. Tchê Tchê e o Jair, se não fosse uma lesão grave e fosse retornar, a gente teria quatro, cinco volantes lutando pela titularidade. Eu acho que foi o tempo do Barros chegar, se adaptar mais ao time e sem forçar nada a gente ganha um jogador que hoje é bastante importante para a equipe”.
No jogo contra o Bahia, na próxima quarta-feira (24), em São Januário, Barros deve formar a dupla de volantes com Hugo Moura, tendo em vista que Tchê Tchê ainda está em transição devido a um edema na coxa. A boa dor de cabeça de Fernando Diniz deve ficar para o final de semana, partida contra o Cruzeiro, também na Colina Histórica.