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Auditoria se abstém de parecer do balanço patrimonial de 2017

O Vasco divulgou nesta segunda-feira, às 23h58, a dois minutos do fim do prazo, o balanço patrimonial referente a 2017. Antes dos números, o presidente Alexandre Campello abre o documento de 56 páginas expondo dívidas da gestão de Eurico Miranda e apresentando caminhos para melhorar os rumos do Cruz-Maltino. O déficit do ano foi de R$ 22,95 milhões: cerca de R$ 192 milhões de receita líquida, contra R$ 215 milhões de despesa.

A BDO Brazil, auditoria contratada pelo clube, porém, alegou que não teve tempo para analisar profundamente as contas de 2017. Segundo o relatório, o contrato com a empresa foi fechado em 5 de março de 2018. Ela diz, porém, que "até a emissão desse relatório" não teve "acesso à todas as documentações, conciliações e controles" para emitir um parecer.

N'outro parágrafo, a BDO Brazil cita diversos números no caixa do Vasco que ficaram sem respostas por causa da falta de tempo para análise:

No início do documento de 56 páginas, o presidente Alexandre Campello, que assumiu em janeiro de 2018, expõe diversos problemas, principalmente financeiros, pelos quais o Vasco passa. A dívida operacional (como salários atrasados, acordos judiciais, impostos etc.) no início do ano era de R$ 86,2 milhões, de acordo com o relatório.

Quando assumiu o Cruz-Maltino, Campello pegou R$ 5 milhões emprestados com o empresário Carlos Leite para pagar os salários de novembro e parte de dívida com a empresa responsável pelas viagens, com juros de 1,2% ao mês e como garantia os recebíveis do Carioca de 2020.

No documento, o atual presidente também mostra que 92,4% das cotas de transmissões de 2018 foram antecipadas. Em 2019, 63,4%. Em 2020, 32,4%. E em 2021, 18,4%. Campello apresenta, também, atitudes que tomou para tentar se aproximar do "equilíbrio financeiro", como descrito no texto.

Fonte: ge