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PARABÉNS VASCÃO DA GAMA, O NOSSO GIGANTE DA COLINA! 110 ANOS DE GLÓRIAS!

PARABÉNS VASCÃO DA GAMA, O NOSSO GIGANTE DA COLINA!

"Vamos todos cantar de coração, a cruz de malta é o meu pendão!"

Um presente de aniversário mais do que especial, do SUPERVASCO.COM e do VASCOONLINE.NET para o VASCO e para o torcedor vascaíno!

Há 110 anos atrás, nascia o nosso Vasco...

Tudo começou quando quatro comerciantes portugueses resolveram fundar um clube de remo, esporte preferido lá pelos idos do final do século XIX. Corria o ano de 1898 e comemorava-se o IV Centenário da Descoberta do Caminho das Índias. O herói dessa epopéia inspiradora dos "Lusíadas", maior obra da literatura portuguesa, escrita por Luís de Camões, era o Almirante Vasco da Gama. Daí, o nome da nova agremiação surgir naturalmente.

O remo trouxe muitas glórias para o Vasco, tanto que o genial Lamartine Babo, ao compor o hino do clube, num dos versos escreveu: “(...) no remo és imortal. No futebol, és um traço de união Brasil—Portugal (...)”. Esse traço de união nasceu com a crescente popularidade do futebol e aproveitou a vinda de um combinado português ao Rio, em 1913, quando a colônia portuguesa criou alguns clubes de futebol, como o Centro Esportivo Português, o Lusitano e o Lusitânia. Dois anos depois, o Lusitânia fundiu-se com o Vasco da Gama, surgindo o Departamento de Futebol vascaíno.

O ano de 1898 no mundo:

Na literatura;

Nascimentos de personalidades como os brasileiros:

Múcio Leão, poeta e jornalista, 17/02/1898 a 1969;
Peregrino Júnior, médico e escritor, 12/03/1898 a 1983;

 O português: Ferreira de Castro, escritor, 24/05/1898 a 1974;

O irlandês: C.S. Lewis, escritor, 29/11/1898 a 1963;

Falecimento de personalidades como:

Lewis Carroll, matemático e escritor inglês, falecido em 14/01/1898;
Joaquim da Costa Cascais, militar, poeta e dramaturgo português, falecido em 07/03/1898;
Edward Bellamy, escritor americano, 22/05/1898

Na música;

Nascimentos de personalidades como:

O brasileiro:  Francisco Alves, cantor, 19/08/1898 a 1952;
O americano:
George Gershwin, compositor, 26/09/1898 a 1937;

Falecimento de personalidades como:

Anton Seidl, maestro húngaro, falecido em 28/03/1898.

A Fundação do Vasco

O século XIX estava com os dias contados.
Prudente de Morais, o terceiro presidente de nossa República, encerrava o seu mandato. O Rio de Janeiro, Distrito Federal, com pouco mais de 500 mil habitantes, era o lugar preferido de jovens que participavam de saraus e recitavam poesias. Nesse ambiente cultural, o remo era um dos únicos esportes com algum destaque na cidade. Aos domingos, uma pequena e educada multidão se agrupava nos arredores do Passeio Público e da Rua Santa Luzia para ver, nas águas limpas da Baía de Guanabara, competições entre os barcos de clubes e seus remadores.

Nessa época, quatro jovens - Henrique Ferreira Monteiro, Luís Antônio Rodrigues, José Alexandre d `Avelar Rodrigues e Manuel Teixeira de Souza Júnior - , cansados de viajar a Niterói para remar com barcos do Club Gragoatá, decidiram fundar uma agremiação de remo.

Depois de uma reunião na casa de um deles, à Rua Teófilo Ottoni 90, o número de interessados aumentou, e os encontros foram transferidos para o Clube Recreativo Arcas Comercial (Rua São Pedro). A idéia era conseguir a adesão de caixeiros portugueses, que gostavam de esportes e não tinham dinheiro para o ciclismo, em voga na época.

Chegara a hora da fundação. Com 62 sócios assinando presença, no dia 21 de agosto de 1898, no Clube Dramático Filhos de Talma (Rua da Saúde, 293) nascia um gigante chamado Club de Regatas Vasco da Gama. A reunião foi presidida por Gaspar de Castro, que convidou para secretariá-lo Virgílio Carvalho do Amaral e Henrique Teixeira Alegria.
 

Início do futebol vascaíno...

O remo trouxe muitas glórias para o Vasco, tanto que o genial Lamartine Babo, ao compor o hino do clube, num dos versos escreveu: “(...) no remo és imortal. No futebol, és um traço de união Brasil—Portugal (...)”. Esse traço de união nasceu com a crescente popularidade do futebol e aproveitou a vinda de um combinado português ao Rio, em 1913, quando a colônia portuguesa criou alguns clubes de futebol, como o Centro Esportivo Português, o Lusitano e o Lusitânia. Dois anos depois, o Lusitânia fundiu-se com o Vasco da Gama, surgindo o Departamento de Futebol vascaíno.

Inscrito na 3ª divisão da Liga Metropolitana de Sports Athléticos (LMSA), em 1915, o Vasco, sete anos depois, conquistou a série B do futebol carioca. No ano seguinte, estreava na elite do esporte e, sob a direção técnica do uruguaio Ramon Platero, se sagrava campeão. Alguns comerciantes da colônia portuguesa contrataram “empregados” negros e mulatos, abrindo a porta do clube para jogadores egressos das camadas sociais mais pobres.

Sem a obrigação de trabalhar, bem alimentados e com bom preparado físico, os jogadores do Vasco conquistaram o campeonato carioca de 1923 com seis pontos de vantagem sobre o Flamengo, segundo colocado. Foram 11 vitórias, dois empates e apenas uma derrota. 

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Tabela dos jogos de 1923

Obs: O Vasco ganhou os pontos do jogo com o Andarahy (1 a 1), assim como o São Cristóvão (0 a 0), devido a escalação irregular do jogador Joãozinho, do Andarahy.

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A base do time campeão, em que se destacavam o ponta-direita Paschoal e o centro-médio Bolão, era, como se vê na foto ao lado, Nicolino, Lingote, Nelson, Leitão, Artur e Bolão (em pé); , Paschoal, Torteloni, Arlindo, Ceci e Negrito (agachados). 

Grandes times de futebol do passado do Vasco

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1923 - Negros e mulatos 1923 - Negros e mulatos
Em pé: Nicolino, Lingote, Nélson, Leitão, Artur e Bolão
Agachados: Paschoal, Tortelloni, Arlindo, Ceci e Negrito

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1929 - Campeão Carioca 1929 - Campeões na Seleção
Em pé: Tinoco, Brilhante, Itália, Jaguaré, Fausto e Mola
Agachados: Paschoal, Oitenta-e-Quatro, Russinho, Mário Mattos e Santana

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1934 - Campeão Carioca 1934 - Campeão Carioca
Da esquerda para a direita: Rei, Lino, Fausto, Itália, Gringo, Carreirinho, Almir, Mola, Juca, Carnieri e Orlando

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1943 - Adeus, camisas pretas
Em pé: Ademir Menezes, Oswaldo Jericó, Ruy, Massinha, Orlando e Birila
Agachados: Florindo, Zarzur, Alfredo II, Roberto e Argemiro

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1944 - O início do Expresso
Em pé: Alfredo, Zago, Iustrich, Rafagnelli, Eli e Argemiro
Agachados: Djalma, Lelé, Isaías, Jair, Chico e Mário Américo (massagista)

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1945 - Expresso a todo vapor
Em pé: Dino, Eli, Berascochea, Augusto, Rodrigues, Rafagnelli e o técnico Ondino Vieira
Agachados: Mário Américo (massagista), Santo Cristo, Ademir Menezes, Isaías, Jair da Rosa Pinto e Chico

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1947 - Honra lavada
Da esquerda para a direita: Eli, Maneca, Chico, Jorge, Augusto, Flávio Costa (técnico), Lelé, Alfredo (acima), Danilo, Barbosa, Friaça e Ismael (de agasalho)

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1948 - Inédita conquista da América
Em pé: Augusto, Barbosa, Rafagnelli, Danilo, Jorge e Eli
Agachados: Djalma, Maneca, Friaça, Lelé e Chico

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1949 - Invicto de novo
Primeira fila: Sampaio, Augusto, Barbosa, Wilson e Laerte.
Segunda fila: Jorge, Alfredo II, Amílcar Giffoni (comissão técnica), Flávio Costa (técnico), Oto Glória (comissão técnica), Danilo e Eli
Terceira fila: Nestor, Maneca, Ademir Menezes, Lima, Ipojucã, Heleno de Freitas, Chico e Mário

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1950 - O Maraca é nosso
Em pé: Barbosa, Augusto, Eli, Laerte, Jorge e Danilo
Agachados: Mário Américo (massagista), Alfredo, Maneca, Ademir Menezes, Ipojucã e Djair

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1952 - A voz do povo
Em pé: Gentil Cardoso (técnico), Barbosa, Augusto, Haroldo, Bellini, Ernâni, Jorge, Danilo, Sarno e Eli
Agachados: Sabará, Ademir Menezes, Vavá, Alfredo, Isabelino, Ipojucã, Maneca, Jansen, Edmur e Chico

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1953 - Fase de transição
Em pé: Mirim, Ernâni, Haroldo, Eli, Danilo e Jorge
Agachados: Mário Américo (massagista), Sabará, Maneca, Ipojucã, Pinga e Djair

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1956 - Renovado para vencer
Em pé: Victor Gonzales, Paulinho de Almeida, Haroldo, Laerte, Orlando e Beto
Agachados: Sabará, Válter Marciano, Ademir Menezes, Pinga e Parodi

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1957 - Pelé vascaíno
Em pé: Vágner, Paulinho, Ivan, Bellini, Urubatão e Brauer
Agachados: Ledo, Pelé, Álvaro, Jair e Pepe

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1958 - Mais que campeão
Em pé: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Écio, Orlando e Coronel
Agachados: Sabará, Almir, Roberto Pinto, Valdemar e Pinga

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1964 - Anos dramáticos
Em pé: Marcelo, Paulinho de Almeida, Brito, Odmar, Barbosinha e Pereira
Agachados: João, Altamires, Dellém, Lorico e Da Silva

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1970 - Fim do jejum
Em pé: Andrada, Alcir, Renê, Moacir, Eberval, Fidélis e Tim (técnico)
Agachados: Santana (massagista), Luís Carlos, Ferreira, Buglê, Silva, Valfrido e Gilson Nunes

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1971 - O bi passou longe
Em pé: Andrada, Moisés, Renê, Alcir, Eberval e Fidélis
Agachados: Luís Carlos, Rossi, Dé, Silva e Gílson

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1972 - O último time de Tostão
Em pé: Andrada, Puruca, Alcir, Moisés, Miguel e Eberval
Agachados: Jorginho Carvoeiro, Buglê, Silva, Tostão e Ademir

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1974 - A mais suada das taças
Em pé: Andrada, Miguel, Alcir, Fidélis, Moisés e Alfinete
Agachados: Jorginho Carvoeiro, Zanata, Ademir, Roberto Dinamite e Luís Carlos

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1975 - Na reta final
Em pé: Andrada, Puruca, Renê, Alcir, Miguel e Alfinete
Agachados: Dé, Jair Pereira, Zanata, Roberto Dinamite, Luís Carlos e Santana (massagista)

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1977 - Melhor de ponta a ponta
Em pé: Mazzarópi, Orlando, Abel, Geraldo, Zanata, Marco Antonio e Orlando Fantoni (técnico)
Agachados: Santana (massagista), Wilsinho, Zé Mário, Roberto Dinamite, Dirceu e Paulinho

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1978 - Sem o mesmo brilho
1ª fila: Paulo César, Zé Mário, Bill, Lopes, Fumanchu, Toninho e Marcelo
2ª fila: Abel, Gílson, Zanata, Argeu, Zé Luís, Helinho e Alfinete
3ª fila: Marco Antônio, Gaúcho, Roberto Dinamite, Luís Augusto e Mazarópi
4ª fila: Joel, Luís Carlos, Dé e Renê

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1979 - Quase o melhor
Em pé: Orlando, Leão, Gaúcho, Ivã, Paulinho e Paulo César
Agachados: Catinha, Paulo Roberto, Roberto Dinamite, Zé Mário e Wilsinho

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1980 - Sucesso no exterior
Em pé: Mazarópi, Paulinho Pereira, Orlando, Juan, Carlos Alberto Pintinho e João Luís
Agachados: Santana (massagista) Wilsinho, Paulo Roberto, Roberto Dinamite, Paulinho e Paulo César Caju

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1980 - Todos contra o tetra
Em pé: Mazarópi, Paulinho Pereira, Orlando, Ivan, Dudu e Marco Antônio
Agachados: Catinha, Guina, Roberto Dinamite, Marquinho e Wilsinho

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1981 - Marmelada do ladrilheiro
Em pé: Mazarópi, Rosemiro, Ivan, Nei, Dudu e Gilberto
Agachados: Zinho, Serginho, Amauri, Roberto Dinamite e Silvinho

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1982 - Enfim campeão
Em pé: Galvão, Serginho, Celso, Ivan, Pedrinho, Acácio e Antônio Lopes
Agachados: Pedrinho Gaúcho, Ernâni, Dudu, Roberto Dinamite e Jérson

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1983 - Só faltou o título
Em pé: Galvão, Orlando Fumaça, Celso, Serginho, Pedrinho e Acácio
Agachados: Dudu, Pedrinho Gaúcho, Elói, Roberto Dinamite e Almir

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1984 - Taça Rio foi pra São Januário
Em pé: Edevaldo, Roberto Costa, Donato, Ivan, Daniel González e Oliveira
Agachados: Mauricinho, Geovani, Roberto Dinamite, Marcelo e Marquinho

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1984 - Vereda Tropical Vascaína
Em pé: Edevaldo, Pires, Roberto Costa, Ivan, Aírton e Daniel
Agachados: Jussiê, Arturzinho, Roberto Dinamite, Marquinho, Mário e Mário Gomes (ator)

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1985 - Poderia ser melhor ainda
Em pé: Mílton, Roberto Costa, Ivan, Aírton, Nenê e Vitor
Agachados: Mário Tilico, Gilberto, Cláudio Adão, Geovani e Silvinho.

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1985 - Surge Romário
Em pé: Acácio, Edevaldo, Ivan, Vítor, Newmar e Paulo César
Agachados: Mauricinho, Gersinho, Roberto Dinamite, Luís Carlos e Romário

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1986 - Clima de Copa do Mundo
Em pé: Paulo Roberto, Moroni, Vítor, Paulo Sérgio, Lira e Donato
Agachados: Mauricinho, Roberto Dinamite, Mazinho, Geovani e Romário

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1987 - Romário, Tita e Dinamite fazem a festa
Em pé: Paulo Roberto, Acácio, Fernando, Henrique, Mazinho e Donato
Agachados: Tita, Geovani, Roberto Dinamite, Luís Carlos e Romário

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1988 - Vingança com sabor de Cocada
Em pé: Paulo Roberto, Mazinho, Donato, Zé do Carmo, Fernando e Acácio
Agachados: Geovani, Romário, Vivinho, Henrique e Bismarck

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1989 - Só deu SeleVasco
Em pé: Mazinho, Luiz Carlos Winck, Zé do Carmo, Quiñónez, Marco Aurélio e Acácio
Agachados: William, Sorato, Boiadeiro, Bebeto e Bismarck

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1990 - Festa frustrada
Em pé: Quiñónez, Luiz Carlos Winck, Mazinho, Zé do Carmo, Marco Aurélio e Acácio
Agachados: William, Tita, Sorato, Bebeto e Bismarck

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1992 - Dinamite e Edmundo
Em pé: Carlos Germano, Tinho, Jorge Luiz, Luizinho e Eduardo
Agachados: Luiz Carlos Winck, Leandro, Carlos Alberto Dias, Edmundo, Roberto Dinamite e Bismarck

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1993 - Bi da garra
Em pé: Paulo César Gusmão (preparador de goleiros), Carlos Germano, Alê, Alexandre Torres, Pimentel, Sídnei e Cássio
Agachados: Valdir, Carlos Alberto Dias, França, Gian e Bismarck

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1993 - A despedida de Roberto!
Em pé: Carlos Germano, Jorge Luiz, Tinho, Pimentel, Luizinho e Cássio
Agachados: Santana (massagista), Leandro, William, Zico, Roberto Dinamite e Bismarck

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1994 - O inédito Tri
Em pé: Gato (roupeiro), Ricardo Rocha, Carlos Germano, Torres, Pimentel, França e Cássio
Agachados: Santana (massagista), Valdir, Leandro, William, Yan e Jardel

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1995 - Ano quase perdido
Em pé: Ricardo Rocha, Carlos Germano, Paulão, Pimentel, Luizinho e Cássio
Agachados: Leandro, Clóvis, França, Valdir e Gian

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1996 - A hora da virada
Em pé: Cristiano, Sídnei, Carlos Germano, Luizinho, Cássio e Tenório
Agachados: Juninho Pernambucano, Macedo, Ramón, Edmundo e Nélson

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1997 - Edmundo e mais dez
Em pé: Sorato, Márcio, Carlos Germano, Alex, Mauro Galvão, Válber, Nélson, e Odvan
Agachados: Edmundo, Maricá, Felipe, Pedrinho, Ramón, Mauricinho, Nasa, Juninho Pernambucano e Luizinho

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1998 - Correram nos 100 anos do Vasco
Em pé: Márcio, Felipe, Vítor, Odvan, Mauro Galvão, Válber, Alex e Caetano
Agachados: Nélson, Vágner, Luizão, Mauricinho, Cristiano, Luís Cláudio, Donizete, Nasa, Juninho Pernambucano e Pedrinho

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1998
Em pé: Carlos Germano, Odvan, Cristiano, Mauro Galvão e Filipe Alvim
Agachados: Donizete, Luizão, Nélson, Vágner, Felipe e Juninho Pernambucano

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1999 - Volta por cima
Em pé: Guilherme, Luís Cláudio, Márcio, Nasa, Alex, Carlos Germano, Mauro Galvão e Odvan
Agachados: Luizão, Donizete, Zezinho, Zé Maria, Alex Oliveira, Ramón, Felipe, Juninho Pernambucano, Paulo Miranda e Vágner

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1999 - Forte como sempre
Em pé: Carlos Germano, Mauro Galvão, Nasa, Gilberto e Géder
Agachados: Donizete, Edmundo, Paulo Miranda, Amaral, Juninho Pernambucano e Felipe

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2000 - A virada do século
Em pé: Júnior Baiano, Henrique, Mauro Galvão, Hélton, Márcio, Jorginho, Odvan e Nasa
Agachados: Pedrinho, Alex Oliveira, Paulo Miranda, Viola, Clébson, Jorginho Paulista, Romário, Euller, Juninho Paulista e Juninho Pernambucano

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2000/2001 - Tetra contra tudo e contra todos
Em pé: Hélton, Nasa, Jorginho, Jorginho Paulista, Fábio, Henrique, Odvan e Mauro Galvão
Agachados: Juninho Paulista, Romário, Euller, Clébson, Viola, Paulo Miranda, Pedrinho, Juninho Pernambucano e Felipe

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2003 - De novo o Rio é nosso
Em pé: Rodrigo Souto, Fábio, Flávio, Souza, Rogério Pinheiro, Bruno Lazaronni e Rogério Correa
Agachados: Russo, Valdir, Edinho, Leo Lima, Carlinhos, Marques, Marcelinho, Henrique e Cadu

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Em pé: Fábio Bráz, Roberto Lopes, Jorge Luiz, Cássio e Ygor.
Agachados: Valdiram, Ramon, Wagner Diniz, Diego, Morais e Edílson.

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Em pé: Jorge Luiz, Roberto Lopes, Renato, Emiliano Dudar, João Santos e Cássio.
Agachados: Abedi, Romário, Morais, Coutinho e Guilherme.

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Em pé: Eduardo Luís, Jorge Luiz, Jonílson, Alan Kardec e Tiago.
Agachados: Edmundo, Amaral, Morais, Calisto, Wagner Diniz e Beto.

Símbolos

Desde a fundação do clube, houve sempre a intenção de prestar homenagem ao navegador Vasco da Gama e às grandes navegações portuguesas. Assim, o clube teve sempre em sua história o símbolo de uma caravela, representando as naus portuguesas.

"A cruz de malta é o meu pendão...", diz o hino popular do clube. No entanto, não há nenhuma relação do Vasco com a cruz de malta e nem da cruz estampada no símbolo do clube com a usada nas caravelas portuguesas das grandes navegações.

A cruz usada pelos navegadores, inclusive Vasco Da Gama, é a cruz de Cristo, instituída pelo Rei D. Dinis, no século XIV, que era um símbolo levado nos navios, indicando o cristianismo levado pelos navegadores para os povos pagãos.

A cruz estampada na camisa e no escudo do Vasco se chama Cruz Pátea, que é diferente da cruz de malta, que na verdade possui outro formato, no qual cada um dos braços é bifurcado.

No entanto, como se pode verificar em muitos símbolos expostos no clube, ao contrário do que se vê na camisa atual, a cruz desenhada em vários pontos do clube, inclusive nas arquibancadas do estádio São Januário, não é a cruz Pátea e sim uma cruz com o desenho muito semelhante ao da Cruz de Cristo.

Embora atualmente a cruz desenhada na camisa do clube seja a Cruz Pátea (sem as retas intermediárias das pontas ao centro), durante muitos anos foi usada a Cruz de Cristo, ou muito semelhante, como podemos ver em fotos antigas, especialmente dos times dos anos de 1923, 1948 e 1956.

Seja como for, a torcida vascaína consagrou o símbolo do clube ao longo do tempo, e, erroneamente ou não, adotou o nome cruz de malta para designá-la.

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Cruz de Cristo

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Cruz Pátea

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Cruz de Malta

Escudos

O primeiro escudo do Vasco foi criado na administração do presidente Alberto Carvalho, em 1903. Era redondo, fundo negro com a caravela ao centro. Em volta do fundo negro, um círculo com as iniciais C.R. e Vasco Da Gama, separados por seis cruzes de Cristo em vermelho.

Nas velas da embarcação está estampada uma cruz, símbolo que era realmente usado nas navegações portuguesas. O escudo do clube foi modificado ao longo do tempo, permanecendo a caravela com a cruz, até surgir a forma definitiva, com o fundo preto representando os mares desconhecidos do Oriente, a faixa branca representando a rota descoberta por Vasco da Gama, e a caravela com a cruz de malta (cruz pátea).

Foi a partir da década de 20 que o clube adotou o escudo que mantém até hoje, de fundo negro, com a caravela ao centro e a faixa diagonal branca (só introduzida em 1945, por sugestão do técnico uruguaio Ondino Vieira), tendo o nome do clube representado pelas iniciais CR e VG entrelaçadas ao lado e abaixo da caravela.

Uniforme

A primeira camisa, criada no ano de fundação, foi usada inicialmente pelo departamento de remo do clube. O modelo era uma camisa preta com uma faixa branca na diagonal partindo do ombro direito (o inverso do modelo atual) e a Cruz de Cristo em vermelho no centro da camisa.

A primeira camisa usada pelo time de futebol era toda negra, com gola e punhos brancos e a Cruz de Cristo em vermelho colocada sobre a posição do coração.

O uniforme foi inspirado pelo do Lusitânia Futebol Clube, clube que realizou uma fusão com o Vasco em 1915, que por sua vez era inspirado no uniforme do combinado português que jogou uma série de amistosos no Brasil em 1913.

A partir dos anos 30, foi adotado o novo desenho com a volta da faixa diagonal, porém agora esta partia do ombro esquerdo, sendo ainda utilizada a Cruz de Cristo vermelha posicionada sobre a faixa na altura do coração.

No dia 16 de janeiro de 1938 o Vasco adotou o padrão de uniforme que viria a usar até hoje, com a camisa branca passando a ser a principal e a preta a secundária. A estréia ocorreu contra o Bonsucesso, pelo segundo turno do Campeonato Carioca de 1937.[3] Tal data derruba a versão tradicional de que esse uniforme teria sido adotado por sugestão do então treinador de futebol, o uruguaio Ondino Vieira.

Nos anos 70, a Cruz de Cristo foi substituída pela Cruz Pátea, que permanece até hoje.

Ao longo dos anos, até 1988 não houve mudanças significativas no uniforme. Algumas vezes eram modificados os tipos de gola, a faixa diagonal era alargada ou diminuída, e os números eram colocados de forma diferente.

Em 1988 foi adotada uma mudança no uniforme do clube, sendo retirada a faixa diagonal nas costas da camisa, ficando esse lado apenas com o número e a marca do patrocinador.

Em 1991 foi feita uma nova mudança: a faixa diagonal foi um pouco alargada, sobre a Cruz Pátea foram colocadas as três estrelas presentes tradicionalmente na bandeira do clube, e foi colocada uma faixa em cada manga (retiradas depois, em 1993). Os números também passaram a ser pintados em preto e branco, ao invés do vermelho que era usado até então. Em 1994 o escudo do clube passou a ser colocado também nas mangas.

Já em 1996 o uniforme sofreu uma grande reformulação, com a volta da faixa nas costas, a inclusão dos números em destaque em um círculo, que também servia para dar destaque ao nome da empresa que patrocinava o clube, e as mangas com destaque para o fornecedor de material do clube.

Em 1998 a camisa foi novamente modificada, sendo então feita com gola olímpica com botão, furinhos nas laterais e o escudos nas mangas: de um lado o de campeão brasileiro, e do outro o do centenário do clube. Mais uma vez a faixa nas costas foi retirada, permanecendo apenas o número, mas sem o círculo em torno dele.

Em 2002, a camisa toda preta com a Cruz Pátea sobre o coração foi retomada e passou a ser considerada o terceiro uniforme oficial do clube. A partir de 2003 a faixa diagonal nas costas passou a ser utilizada novamente, assim como os números em vermelho.

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Mascote

No início o mascote do Vasco era o Almirante, em homenagem ao navegador português Vasco da Gama. Após os anos 40 foi criada a figura bem-humorada de um comerciante português barrigudo e bigodudo e de tamancos com a camisa do clube, representando os comerciantes portugueses. Nos anos 60, o cartunista Henfil, no Jornal dos Sports, criou o apelido Bacalhau, que também teve aceitação entre os torcedores.

Sedes

A principal sede administrativa, esportiva e social do clube situa-se no complexo esportivo de São Januário, no bairro Vasco da Gama, criado a partir do clube, originalmente uma região do bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.

Além desta o clube possui outras sedes:

* Sede Náutica da Lagoa

Inaugurada em 18 de agosto de 1950. Foi construída devido à necessidade do clube de ter uma sede para abrigar os esportes náuticos quando as regatas passaram a ser disputadas na Lagoa.

Além do salão de festas, usado para as reuniões do conselho deliberativo do clube, a sede é também garagem dos barcos usados nos treinos e competições de remo.

Conta com: 3 pavimentos, um subsolo e um terraço, carpintaria para construção e conservação de barcos, garagem de barcos, sala de musculação, alojamento para 40 atletas e a administração. Situa-se às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, no bairro da Lagoa.

Em suas paredes externas, uma composição de azulejos de Burle Marx.

* Calabouço

Antiga sede náutica do clube, hoje destinada ao lazer dos associados, conta com piscina, duas saunas, quadras esportivas, área de recreação infantil, salão de festas, departamento médico, administração e um restaurante. Situa-se ás margens da Baía da Guanabara na ponta do Calabouço, no centro do Rio de Janeiro, próximo ao Aeroporto Santos Dumont e ao Museu de Arte Moderna.

* Centro de Treinamento Almirante Heleno Nunes

Terreno situado às margens da Rodovia Washington Luís, onde o clube projeta e inicia a construção de seu centro de treinamento, que terá diversos campos de futebol, 2 ginásios e um hotel-concentração. Parte do terreno é área de preservação ambiental, devido às suas características naturais.

* Vasco-Barra

Centro de treinamento do clube, situado no bairro da Barra da Tijuca. Não pertence ao clube, trata-se de um centro de treinamento alugado.

* Sede do Centro

O clube já possuiu uma sede no centro do Rio de Janeiro, desapropriada e demolida na década de 70 para as obras de construção do metrô do Rio de Janeiro.

Origem do Grito de Casaca

O grito de guerra da torcida do Vasco é mais antigo que o estádio de São Januário. Mas a origem é controversa. Há duas versões conhecidas para o grito:

* Segundo o sr. Feliciano Peixoto, o "Ramona", ex-remador do Vasco e integrante da turma da Fuzarca:

Na década de 1920, alguns clubes que disputavam os campeonatos de regatas - Internacional de Regatas, Boqueirão e Vasco da Gama - ainda não possuíam sede própria. Seus atletas se reuniam na rua. Como não tinham local para se encontrar, os atletas de remo e natação da época eram identificados como grupos. Cada grupo recebia uma denominação. Assim é que o Internacional de Regatas criou o Grupo dos Lindos. Para não ficar atrás, o Boqueirão denominou sua turma de Grupo das Garrafas e no Vasco surgiu o Grupo dos Supimpas.

Os integrantes do Grupo dos Supimpas, como todos os outros, jovens, começaram a promever reuniões festivas que se chamavam "reco-reco" e seus participantes ficaram conhecidos como turma da Fuzarca. Fuzarca significa simplesmente farra.

A turma da Fuzarca foi crescendo, se ampliando e ganhando vida própria. Os Sumpimpas resolveram criar concursos de natação, remo e polo aquático, além de outras festinhas para reunir o pessoal. Foi construída uma quadra de vôlei, em um terreno localizado na rua México, no Centro, onde passou a se reunir a nata do remo, da natação e do pólo aquático do Rio.

Sempre, após os treinos, lá iam eles para quadra de vôlei, onde praticavam esse esporte e se divertiam. Tornaram-se tão amigos todos eles, que muitos foram se transferido para o Vasco, após a construção de São Januário.

Havia um outro motivo que os reunia, além do remo, da natação e do pólo aquático: as lindas praias da época, como o Calabouço e, principalmente, a praia das Virtudes, a mais concorrida.

Na praia do Calabouço, o Vasco e os clubes reuniam seus atletas para competir. Na praia das Virtudes, que ficava em frente à Santa Casa de Misericórdia e à Igreja Santa Luzia, se concentravam jovens do Centro, da Cidade Nova, da Lapa, de Santa Tereza e adjacências.

Havia um animador que ficava na beira da praia e era um verdadeiro sucesso entre os jovens. Era Claudionor Provenzano, que realizava entre outras promoções banhos de mar a fantasia.

O grupo aquático Os Supimpas se fazia presente sempre. Seus integrantes desfilavam com o corpo todo pintado. A turma da Fuzarca, já em grande número, se divertia muito, enquanto o bloco dos Supimpas ia dançando e cantando. Essas festas se arrastavam pelo ano, mesmo fora de épocas como a do Carnaval.

Os Supimpas desfilavam da quadra de vôlei na México até a Praia das Virtudes. Ali, foi introduzido o Casaca para fazer rima com Fuzarca, exatamente na quadra de vôlei, cantado pelos remadores. Os próprios atletas divulgavam o grito das animadas festas da praia.

Dos dias de carnaval para as competições, o grito de guerra de um grupo de atletas do Vasco foi tomando conta de todos os locais onde o Vasco disputava competições.

Passou a acompanhar as competições e os jogos de futebol. Inicialmente, o grito de Casaca era puxado por Francisco Vieira Salinas, o "Bambu", acompanhado pelos três outros sócios da turma da Fuzarca : Carlos Martins dos Santos, o "Carlinhos", Mário Muto, o "Cocó", e o próprio "Ramona", ou Feliciano Peixoto.

Bambu iniciou e outros atletas foram seguindo, além dos sócios da turma da Fuzarca. Ao terminar as festas, encerradas as músicas, os cantos e as danças, todos puxavam o Casaca, que passou a ser uma espécie de hino às vitórias. Dos quatro sócios iniciais, a turma da Fuzarca foi ganhando participação maciça dos atletas e torcedores.

O futebol começava a dar largas passadas rumo ao sucesso e ao crescimento como esporte de massa. Ganhava adeptos dentro e fora do campo. Logo os vascaínos se encarregaram de transportar o Casaca da rua e das competições de esporte amador para os estádios.

* Segundo o sr. Mario Lamosa:

Os remadores do Vasco eram jovens que gostavam de frequentar festas. Um belo dia numa festa com traje a rigor, os atletas, depois de terem bebido muito, começaram a tirar seus paletós (casacas) e gritar "casaca". Logo os vascaínos da turma da fuzarca emendaram casaca com turma da fuzarca, e o grito foi se formando. A partir daí tornou-se o grito das vitórias do Vasco nos campeonatos de remo, e depois em todas as modalidades.

* Curiosamente, o Sport Club do Recife tem um grito de guerra muito semelhante ao do Vasco, com as palavras casaca e fuzarca.

"AO VASCO NADA?
TUDO!!!
ENTÃO COMO É QUE É?
CASACA! CASACA!
CASACA, ZACA, ZACA!
A TURMA É BOA!
É MESMO DA FUZARCA!
VASCO! VASCO! VASCO!"

Note-se que este grito é, em alguns aspectos, semelhante ao grito académico usado em muitas universidades portuguesas ("E para "X" não vai nada, nada, nada? Tudo! Não vai mesmo, nada, nada? Tudo...").

São Januário, meu caldeirão!

Sim, a cruz de malta é o meu, seu, nosso pendão! Porque nós temos o nome de um heróico português! E com muito orgulho, nós o amamos! Não há nada de mais belo, nada de mais grandioso, nada de mais maravilhoso do que esse nome CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA! Não há nada mais fantástico do que o NOSSO CALDEIRÃO, SÃO JANUÁRIO. Ou, para os mais tradicionalistas, ESTÁDIO VASCO DA GAMA. Para a maioria dos vascaínos não interessa o nome. Interessa sim que LÁ É A NOSSA CASA! Construído pela própria torcida, não há nada mais maravilhoso que isso. Não existe!

Nosso estádio foi inaugurado em 21/04/1927, com uma derrota para o Santos por 5x3. O primeiro gol em São Januário foi marcado pelo atacante vascaíno da época, Galego.

A iluminação de São Januário foi inaugurada em 31/03/1928, em um amistoso contra o Wanderes, do Uruguai, vencido pelo Vasco por 1x0 em um belíssimo gol olímpico de Santana.

Aliás, sabe quem foi São Januário? Não? O General de Brigada Januário Correia de Almeida (31/03/1829 à 27/05/1901), também barão, visconde e conde de São Januário, foi governador colonial e nobre português. Ministro da Marinha portuguesa (1879 à 1881), governou a Índia Portuguesa (1870-1871), Cabo Verde (1860) e Macau (1872-1874). Foi feito barão por decreto de D. Luís I, rei de Portugal, no dia 10/02/1866, visconde por decreto, em 09/09/1867, e conde por decreto de 27/04/1889.

Mas o Estádio Vasco da Gama ficou conhecido mundialmente por São Januário por ter a Rua São Januário nos seus arredores.

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Foto de Januário Correia de Almeida (São Januário).

Curiosidades sobre o Vasco

Escolha do nome do clube

Quando o Vasco foi fundado, a escolha do nome do clube foi muito debatida. Só escapamos de torcer pelo C. R. Alvares Cabral ou pelo C. R. Santa Cruz porque no ano da fundação comemorava-se o quarto centenário do descobrimento do caminho maritimo para as Indias pelo navegador Vasco da Gama. Por isso somos vascaínos, e nao cabralinos ou santacruzenses.

Bicho

Torcedores vascaínos foram pioneiros na prática do que, no jargão esportivo, ficou conhecido como "bicho". Na primeira participaçãoo do Vasco na primeira divisão carioca, em 1923, os torcedores começaram a recolher dinheiro para ajudar seus craques, pagando-lhes premios em dinheiro por vitória ou empate. O valor do prêmio dependia de fatores como o adversário e a importância do jogo, além do resultado, e era anunciado segundo uma senha inspirada no jogo do bicho: Um cachorro (número 5 no jogo do bicho) significava um premio de 5 mil reis; um coelho, 10; e assim por diante. Segundo uma outra versão, torcedores premiavam os jogadores com galinhas, patos ou leitões. Esta versão não é confiável, mas fica aqui o registro.

Primeiro marketing

Talvez a primeira exploração da imagem de um jogador de futebol para marketing no Brasil tenha sido a contratação do atacante gaúcho Luiz Carvalho pelo Vasco em 1935. Produtores de vinho do Rio Grande do Sul pretendiam aumentar o volume de vendas no Rio de Janeiro, onde competiam com o vinho importado, num mercado formado substancialmente pela colônia portuguesa. Como a esmagadora maioria dos portugueses eram vascainos, raciocinaram os gauchos que a melhor maneira de alcançar o seu objetivo seria comprar o emerito artilheiro do Grêmio e oferece-lo de graça e com salarios pagos ao Vasco, onde ele certamente continuaria a marcar gols e os ajudaria a vender o seu produto. E assim, por quase dois anos, Luiz Carvalho - habitualmente chamado de Luiz de Carvalho pela imprensa esportiva carioca - marcou vários gols pelo Vasco, oito deles durante a conquista do campeonato de 1936, e na medida que ia marcando seus gols, ia vendendo muitos barris de vinho, principalmente para os portugueses. Cumprida a sua missão, o artilheiro voltou ao Grêmio, onde encerrou sua carreira, inclusive tornando-se mais tarde presidente do clube gaúcho, em 1974.

Inauguração da Gávea

O estádio da Gávea foi inaugurado a 4 de setembro de 1938 com uma partida entre Vasco e Flamengo, pela primeira rodada do campeonato carioca daquele ano. Segundo o jornal A Noite, "as solenidades que precederam o encontro Vasco x Flamengo assumiram aspectos de grande expressão civico-esportiva. Era intensa a atividade dos fotografos no seu trabalho estafante e os olhares da multidão convergiam para o gramado onde os atletas do Flamengo desfilavam com muito garbo". Porém, quando a bola rolou, o Vasco encarregou-se de estragar a festa deles, vencendo inapelavelmente por 2x0. Ambos os tentos foram marcados por Niginho, um em cada tempo. O resultado, inclusive, desencadeou uma crise no clube da Gavéa, culminando com a rescisão do contrato do tecnico Dori Krueschner. Mais uma espinha de bacalhau atravessada na garganta do urubu...

Gandula

Gandula foi um jogador argentino que atuou no Vasco em 1939, na posição de meia-esquerda, fazendo ala com outro argentino, o ponta-esquerda Emeal. Era característica do Gandula ir buscar a bola que havia saido de campo e entrega-la ao jogador encarregado de repo-la em jogo - mesmo que este fosse do time adversario. Quando passaram a ser empregados garotos com a função de devolver as bolas para o campo durante as partidas, o público os apelidou com o nome do ex-craque vascaino.

Lado direito do anel do Maracanã

O lado do anel da arquibancada do Maracanã localizado a direita das cabines de radio é sempre ocupado pela torcida cruzmaltina. Esta tradição vem desde quando o estádio foi inaugurado em 1950, não importando qual seja o adversário do Vasco. A escolha deu sorte, pois naquele ano o Vasco foi o campeão carioca, o primeiro do Maracanã, e assim foi criada a tradição.

Primeiras torcidas organizadas

Hoje em dia existem muitas torcidas organizadas vascainas, mas até o final dos anos 60 havia apenas uma facção, a Torcida Organizada, cujo primeiro chefe chamava-se João de Luca. Em 1956, problemas de saúde não o permitiram continuar, e ele foi então sucedido pela lendária Dulce Rosalina, a primeira mulher a chefiar uma torcida no Rio de Janeiro. Nos anos 50, tambem tornou-se celebre o torcedor Ramalho, que soprava um longo talo de mamona como uma corneta, para animar a torcida durante o jogo. Em 1970, apareceu a Força Jovem, comandada por Eli Mendes. Desde então, inúmeras torcidas organizadas têm sido criadas.

Gol olímpico

A expressão gol olímpico surgiu no Vasco. O Wanderers era o campeão uruguaio e o país vizinho, a "Celeste Olímpica", bicampeã olímpica em 1924 e 1928 e Mundial em 1930. Em 32, o Wanderers fez um amistoso contra o Vasco, em São Januário (maior estádio do Brasil na época). O time cruzmaltino ganhou por 1 x 0, gol de Santanna, cobrando escanteio. A partir daí, aquele gol estranho foi batizado de gol olímpico.

Felicidade, teu nome é Vasco

Esta frase foi dita por Mirim, que jogou no Vasco de 1953 a 1955, num momento de rara inspiração, após uma grande vitoria. A frase passou a fazer parte da memória coletiva vascaína e, na década de 60, foi colocada numa faixa preta com letras brancas que a Torcida Organizada, chefiada por Dulce Rosalina, pendurava na grade da arquibancada no Maracanã.

Estátua do Bellini

O mais famoso ponto de encontro dos torcedores que vão ao Maracanã é uma estátua de bronze, em frente a rampa da Avenida Maracanã, representando um jogador simbolico erguendo a Taca Jules Rimet. Erigida para homenagear os bi-campeões mundiais de 58/62, a estátua reproduz o imponente gesto imortalizado por Bellini, até hoje imitado pelos capitães das seleções campeãs das Copas. O rosto da estatua nao apresenta a menor semelhançca com o capitão da seleção campeã do mundo de 58 - ao contrário, dizem que ela se parece com o antigo cantor popular Francisco Alves. Apesar disso, a estátua foi logo batizada de Bellini pelo torcedor carioca. Bellini era também o capitão da equipe do Vasco e um jogador fortemente identificado com a camisa cruzmaltina. Porém, não importando para qual clube torcem, muitos frequentadores do Maracanã costumam marcar encontro "no Bellini".

Hino de Portugal

Quem já ouviu o hino de Portugal há de ter notado que a sua abertura instrumental tem bastante semelhança com o início do hino do Vasco. Sendo o hino de Portugal o mais antigo dos dois, pode-se deduzir que Lamartine Babo, o compositor do hino do Vasco (e dos demais clubes cariocas) no final da década de 40, foi buscar inspiracao no hino de Portugal para a melodia da introdução do hino do Vasco.

Apelidos do clube

Ao longo de sua história, vários apelidos para o Vasco estiveram em voga.
Nas décadas de 20 e 30, a imprensa comumente referia-se ao seu time como os Camisas Pretas, pois naquela época este era o uniforme do time de futebol, ainda sem a faixa diagonal branca que sempre foi usada pelas guarnições de remo e que só seria introduzida no inicio da década de 40.
O apelido de Gigante da Colina, que até hoje é usado, surgiu devido ao estadio de São Januário estar localizado numa região topograficamente elevada. Todavia, há quem conteste que São Januário fique numa colina, preferindo atribuir a denominação a um equívoco geográfico, pois existia um Morro de São Januário (já demolido), mas que ficava no centro da cidade, bem longe, portanto, da Rua São Januário, a principal via de acesso ao estádio. Aliás, por algum tempo, até quase o fim da decada de 30, o estádio era frequentemente chamado de Campo da Rua Abilio, que naquela epoca era como se chamava a rua General Almerio de Moura (carescendo ainda de confirmação).
O famoso epiteto Expresso da Vitória surgiu em 1945, quando o Vasco, com uma equipe fortíssima, conquistou o campeonato carioca de maneira invicta. O Expresso dominaria o futebol carioca por anos a fio, até 1952. Muitas vezes, o Vasco partia em longas excurssões e deixava uma equipe mista, ou de reservas, chamada de Expressinho, disputando torneios no Rio, ou realizando outros amistosos de menor expressão.
Na década de 40, o caricaturista argentino Lorenzo Molas, que trabalhava para o Jornal dos Sports, foi encarregado de criar charges (mascotes) dos clubes cariocas. Molas desenhou um almirante português para simbolizar o Vasco. Assim, o Vasco passou tambem a ser chamado de Almirante, denominação que era muito popular nos anos 50.
Durante o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1968, o Vasco fazia uma boa campanha e veio a se tornar o único clube carioca com chance de se classificar entre os 4 finalistas (o que efetivamente acabou acontecendo). O Jornal dos Sports, tentando unir a torcida carioca em torno do Vasco como o seu representante na competição, passou carinhosamente a se referir ao time como Vasquinho - um time que, apesar de não contar com nenhuma super-estrela, era simpático e intrépido. Porém alastrava-se no país o modismo de se empregar aumentativos para tudo, desde obras faraônicas do governo, como estádios (Mineirão) e viadutos (Minhocão), até times de futebol, e o Vasco nao escapou à regra, vindo a receber o apelido de Vascão em 1970, ano em que reconquistou o título carioca depois de um longo jejum.
Ainda durante a década de 60, as torcidas adversárias, com intenções pejorativas, inventaram o apelido de Bacalhau. O apelido foi usado pelo cartunista Henfil, que na época publicava diariamente na pagina 2 do Jornal dos Sports, para batizar o seu personagem que representava um torcedor do Vasco, um português careca e bigodudo. A torcida cruzmaltina acabou por adotar o apelido com muito orgulho, e o aplica àqueles que encarnam o genuíno espírito vascaino, como o craque Edmundo, que por ocasião ao seu regresso ao Vasco em 1996, de Animal foi promovido a Bacalhau.
Durante o campeonato de 1975, especialmente no terceiro turno, o Vasco venceu várias partidas de virada, de maneira avassaladora. Surgiu então a expressão Vascão Vira-Vira, que até hoje é revivida a cada virada heróica.
O termo Machão da Gama foi criado em 1977 pelo locutor esportivo José Carlos Araújo, que acabava de assumir a chefia de esportes da Radio Nacional. Naquele ano, o Vasco formou um grande time que sagrou-se campeão estadual exibindo um futebol de alta qualidade, porém sem deixar de lado a garra e a valentia. Entretanto, a noção de que o Vasco era um time de machos já vinha pelo menos desde de 1974, como demonstra a manchete que Jornal dos Sports estampou em letras garrafais, celebrando a vitória sobre o Cruzeiro na final do Campeonato Brasileiro: VASCO MACHÃO, UAI!

Jogadores com laços de parentesco

O ponta Orlando (Orlando Rosa Pinto) militou no Vasco de 1932 a 1942, quando pendurou as chuteiras. No ano seguinte, o Vasco comprou do Madureira o passe do seu sobrinho Jair, o grande Jair Rosa Pinto. Jair jogou no Vasco até 1946. Em 1956, o seu sobrinho Roberto Pinto, das divisões de base do Vasco, começou a ser aproveitado no time titular. Ele ficou no Vasco até 1961, e fez o gol do super-supercampeonato de 1958, na decisão contra o Flamengo (1x1).
Outro Orlando, conhecido no futebol pelo seu sobrenome, Fantoni, foi centroavante do Vasco em 1939-40, quase ao mesmo tempo que seu irmão Niginho (Leonidio Fantoni). Niginho foi também centroavante vascaíno em 1937-39, tendo inclusive sido o artilheiro do campeonato carioca logo no seu primeiro ano com a camisa cruzmaltina. O sobrinho de Orlando e Niginho, Benito (Benito Romano Fantoni), zagueiro, passou uma temporada no Vasco em 1953, porém nunca chegou a titular. Orlando Fantoni foi ainda técnico do Vasco em 1977-78 e 1980 e, por sua maneira quase carinhosa de tratar os jogadores, era chamado de "titio".
O pernambuquinho Almir (Almir Moraes de Albuquerque), ídolo do Vasco entre 1957 e 1960, era irmão mais velho do ponta-de-lanca Adilson (Adilson Moraes de Albuquerque), que começou nas divisões de base do Vasco, passou pelos aspirantes e jogou no time principal de 1967 a 1971.
Mario (Amaro Gomes da Costa), atacante do Vasco em 1963-65, era também conhecido pelo apelido de Tilico. Seu filho, Mario Tilico (Mario de Oliveira Costa), começou nas divisões de base do Vasco e chegou a ser laçcado no time principal em 1985, quando teve seu passe negociado.
Wilson Moreira, atacante do Vasco em 1957-61, era filho do consagrado tecnico Zezé Moreira (Alfredo Moreira Jr.), que dirigiu o Vasco em 1965-66.
Jardel (Mario Jardel Almeida Riberio), que havia sido artilheiro nos juniores do Vasco, entrou para a história como o autor dos dois gols da decisão do título do tricampeonato carioca de 1994. Seu irmão mais novo George começou seguindo a mesma trajetória na equipe de juniores, mas não foi aprovado ao ser promovido ao time principal em 1997.

Pó-de-mico

Os jogadores do Vasco entravam em campo no estádio de Moça Bonita para enfrentar o Bangu, em mais um compromisso válido pelo campeonato estadual de 1979. De repente, o goleiro Leão deu meia volta e saiu em disparada para o vestiário, se coçando todo, seguido por Roberto Dinamite, Guina e outros, também com uma coceira danada. Alguém tinha jogado pó-de-mico nos craques vascainos. O autor do atentado, visto correndo com uma caixa de sapato, foi detido por policiais, que encontraram pó-de-mico dentro da caixa. Identificado como Edson Izidoro, discotecário do clube alvi-rubro, ele foi preso e autuado por perturbar a ordem. Vinte anos mais tarde, Edson, agora enfermeiro do Hospital Salgado Filho, foi preso novamente, desta vez pelo assassinato de pacientes em estado grave, no escandalo da máfia das agências funerárias. Roberto Dinamite, agora deputado estadual, declarou ao jornal O Globo: "Quando ele (Edson) aparecia na televisão eu sempre me lembrava de alguém da época do futebol. Só não imaginava que fosse o cara que deu aquela coceira braba na gente". A partida foi em 20/5/1979 e o Vasco venceu por 3x0, não obstante o pó-de-mico.

Presidente do Vasco, sócio do Flamengo

Volta e meia é mencionado na imprensa que Antonio Soares Calçada é socio do Flamengo e que, até recentemente, comparecia religiosamente à Gavea para votar sempre que havia eleições. O que raramente é divulgado é a história de como o atual presidente do Vasco tornou-se sócio. Segundo o próprio Calçada contou num programa de TV, o título de sócio proprietário foi recebido como pagamento de uma dívida por parte do seu amigo Gilberto Cardoso, na época presidente do Flamengo. Gilberto Cardoso, considerado pelos rubronegros como tendo sido um de seus maiores presidentes de todos os tempos, devia dinheiro a uma pensão, e Calçada gentilmente se ofereceu para pagar a divida, recebendo em troca o título de sócio. Desde entao, até tornar-se presidente do Vasco, Calçada nunca deixava de comparecer a Gavea apenas no dia de eleiçes, a cada dois anos, para votar no pior candidato, é claro.

As 8 estrelas

As oito estrelas representam as seguintes conquistas:
- Campeonato Invicto de Terra-e-Mar de 1945
- dois Campeonatos Sul-Americanos em 1948 e 1998
- Mercosul de 2000
- quatro Campeonatos Brasileiros em 1974, 1989, 1997 e 2000.

Vai dar Zebra

A expressão vai dar zebra foi usada pela primeira vez num Vasco x Portuguesa, nas Laranjeiras, pelo Carioca de 1964! O técnico da Lusa carioca era Gentil Cardoso, que profetizou: Vai dar zebra! E deu: o time cruzmaltino perdeu por 2 x 1 e a expressão entrou para o folclore do futebol brasileiro.
 

Outras curiosidades

- Primeira equipe carioca a ser convidada para uma excursão ao exterior (Portugal e Espanha) - 1931: 12 jogos: 08v 01e 03d.
- Primeira equipe brasileira a ganhar um título oficial no exterior (Santiago, Chile): Campeonato Sul-americano de Clubes Campeões - 1948 (Ano do seu Cinqünetenário).
- Equipe que aplicou a maior goleada do Campeonato Estadual(RJ), na era profissioanl: 06/09/1947 - Vasco da Gama 14x1 Canto do Rio.
- Primeiro Campeão do Maracanã - Estadual de 1950.
- Primeira equipe a vencer a Taça Guanabara - 1965.
- Primeira equipe carioca a ser Campeã Brasileira - 1974.
- Única equipe brasileira a vencer a Libertadores no seu ano de seu Centenário (1998), além de jogar com o scudetto do título brasileiro (do ano anterior, 1997) na manga.
- Primeira equipe brasileira a vencer o preconceito e aceitar pobres, operários e negros no time.
- Primeira equipe brasileira a ter um presidente negro.

Fonte: SUPERVASCO.COM / VASCOONLINE.NET
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