As emissoras de televisão, no caso, Globo e Bandeirantes, ainda não têm um levantamento preciso em cima do assunto, mas as transmissões do atual Campeonato Brasileiro estão bem próximas do caos. É em São Paulo, que o Ibope é medido e tem importância na distribuição das verbas publicitárias, mas isso não significa que o anunciante não tenha interesse em todas as outras praças do nosso território.
E o que agora se constata é que isso se transformou num problema nacional. A queda de qualidade do futebol implica na queda de audiência; por conseqüência, o que não é visto não é vendido. Essa é a mecânica. Uma série de fatores, que provavelmente começam na má administração do futebol e acabam funcionando como vasos comunicantes. Uma coisa está diretamente ligada à outra. O desdobramento disso é complicado. Todos os clubes brasileiros, não há exceção, dependem do dinheiro da televisão e a tendência é que isto se complique nos próximos tempos.
O interesse pela compra do pay per view, por exemplo, cai a cada ano e, se nada for mudado nos próximos tempos, deve continuar despencando, entre outro fatores, porque é algo muito caro pelo produto que oferece. Uma situação que faz por merecer melhores estudos, tanto por parte das emissoras, como especialmente dos dirigentes de todos os clubes. Importante considerar que, hoje, a televisão até pode viver sem o futebol, mas o futebol não pode mais viver sem ela.
Alto dirigente da Globo, ainda sobre a falta de interesse no futebol, revela que a má administração dos clubes faz com que exista um desespero por parte da maioria em vender para o exterior os seus valores, sem se preocupar se existem ou não peças de reposição. Está complicado.
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