Contratado sem estardalhaço junto ao Cruzeiro, Bernardo não tinha nenhuma camisa 10 o esperando na Colina, como no caso de Diego Souza. Sem muitas opções de números, optou pelo 31, que acabou sendo uma forma no mínimo inusitada de homenagear a cidade onde deu seus primeiros passos no futebol: Belo Horizonte. Quem explica a escolha é o próprio jogador, que, comendo pelas beiradas, vem conquistando seu espaço no Vasco. Em apenas três partidas, ele já marcou quatro gols.
Escolhi o 31 porque é o DDD de Belo Horizonte (risos). Quando cheguei, não tinha muita opção, aí vi a 31 e lembrei disso. Até brinquei com minha esposa, dizendo que ia homenagear a cidade lembrou.
Alguns torcedores e até a própria imprensa acreditavam que a escolha teria sido para homenagear Juninho Pernambucano, jogador pelo qual já revelou profunda admiração. O Reizinho usou a 31 no título do Brasileirão de 2000, por conta de uma parceria do clube com uma empresa de telefonia.
Apenas no último domingo soube que o Juninho Pernambucano usou a 31. Foi pura coincidência. Agora, fico ainda mais feliz por usar essa camisa disse.
Nascido em Sorocaba, no interior de São Paulo, Bernardo foi para Belo Horizonte ainda criança, para jogar nas categorias de base do Cruzeiro, no qual se profissionalizou. Ele adquiriu um jeito mineiro de ser, mas a adaptação ao Rio de Janeiro tem sido rápida, surpreendendo até o próprio jogador. Nos últimos dias, ele ainda precisou correr atrás de um apartamento na cidade e, somente ontem, esteve em Belo Horizonte para buscar sua esposa e seus filhos.
O Rio é uma cidade espetacular. É fácil de se adaptar. Como a identificação com a torcida foi rápida, fica ainda mais fácil destacou o meia.
Novo xodó da torcida vascaína, apesar de se dizer apaixonado por BH, Bernardo mostra já estar pronto para mudar seu DDD para 21.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)
Vasco
2
Fluminense
1
Vasco
Fluminense
