Blogueiro: Garotos da base deram exemplo aos profissionais

O Vasco começou seu fim de semana em Minas Gerais com festa, ao conquistar o tricampeonato da Taça BH de Futebol Junior. Os meninos da Colina tiveram que passar pelo Coelho, um dos anfitriões, para ser campeão. Hoje, os profissionais têm a chance de bater o Cruzeiro, mais um time local, pra encerrar os festejos na terra do pão de queijo em grande estilo e seguir no Brasileirão melhor na fita.

Mas não será fácil voltar das Geraes com os três pontos. Mesmo com muitos desfalques, o elenco cruzeirense é mais forte que o nosso e sem disposição total será complicadíssimo sair do Mineirão com um bom resultado. Os caras não são líderes do campeonato à toa e certamente vão querer dar uma satisfação à sua torcida pela eliminação inesperada na Copa do Brasil. Não bastasse isso, ainda temos que lembrar o seu retrospecto caseiro: dos oito jogos feitos em Minas, o Cruzeiro não perdeu nenhum.

Mesmo diante de um adversário complicadíssimo, Dorival deve levar a campo uma formação ofensiva como há muito não víamos no Vasco. E, curiosamente, se jogaremos com três atacantes e apenas um volante de combate, a culpa é do próprio Cruzeiro. Como veio de empréstimo da Raposa, Pedro Ken não pode jogar e o treinador preferiu escalar Willie no seu lugar. Como Wendel não fica apenas na marcação e nossos dois laterais apoiam bastante, o Vasco de hoje será surpreendentemente ofensivo para um confronto fora de casa.

Mas isso também nos faz lembrar dos nossos constantes problemas defensivos. O retorno do Vaz, depois de ter folgado na Copa do Brasil, é ótimo, mas a permanência do Cris preocupa. Para que não deixemos espaços para o perigoso meio de campo cruzeirense criar jogadas de ataque, tanto Willie como Marlone deverão ajudar, e muito, no combate. Cada um deve ter a função de cobrir uma das laterais, pressionando a saída de bola mineira. Juninho e Wendel também precisarão se desdobrar e ajudar muito o Abuda, fechando os espaços pelo meio.

Vencer um Cruzeiro mordido pela eliminação diante de um adversário mais fraco na Copa do Brasil, em um Mineirão que deve estar lotado, tem tudo para ser uma missão das mais difíceis. Mas falavam o mesmo sobre o jogo contra o Coxa no Couto Pereira e conseguimos trazer os três pontos. Dificuldade não é sinônimo de impossibilidade e o Vasco pode sim tirar o selo de mais um invicto na competição. Seguir o exemplo da molecada, que mostrou muita raça para vencer o Vitória na final de ontem, é o primeiro passo para os profiças do Vasco vencerem a raposa.

Dedé: temos visto você dar umas fraquejadas por aí ao longo desse Brasileirão (e nem vou citar a pixotada na Copa do Brasil). Sinta-se a vontade para fazer o mesmo pelo clube que o revelou para o futebol nacional, ok?