A goleada que esperávamos não veio, o susto que não queríamos ver aconteceu e sequer chegamos a jogar bem, mas o tal dever de casa foi cumprido e passamos as quartas de final da Copa do Brasil batendo o Nacional-AM por 2 a 1. Ainda assim, tivemos alguns poucos pontos positivos no jogo. Além de, óbvio, conquistarmos a vaga, a atuação de um ou outro jogador foram dignas de nota.
Mesmo tendo muito mais trabalho do que seria aceitável diante de um adversário que só podemos chamar de esforçado, o jogo da volta foi ligeiramente melhor que o da ida. O fato de atuarmos em um campo decente fez a diferença, e mesmo com visíveis problemas de conjunto – que até o time titular tem, e porque um recheado de reservas não teria – o Vasco pelo menos não pagou o mico de tomar pressão do Nacional dentro de casa. O gol acidental, tanto pelo questionável pênalti “sem querer” do Fillipe Soutto como pelo azar da defesa do Diogo Silva não impedir que a equipe amazonense abrisse o placar, serviu para deixar o Vasco ligado desde o começo e com a obrigação de partir pra cima. Os passes errados prejudicaram a criação de jogadas e as falhas de posicionamento nos fez ceder alguns espaços ao Nacional, o que deixou a partida franca, mas com amplo domínio vascaíno.
Demoramos mais de vinte minutos para conseguir o empate, em bela jogada de linha de fundo do Yotun e finalização perfeita do Marlone, mas antes disso, perdemos uma penca de gols, dessa vez mais por méritos do goleiro Gilberto (e pela trave) que por nossa já conhecida falta de pontaria. O problema é que depois do placar igualado, o Vasco voltou a diminuir o ritmo, mesmo depois de ter ficado claro que bastava um pouco mais de esforço para que nosso oponente mostrasse suas limitações.
Assim acabou o primeiro tempo e da mesma forma foi o segundo. Errando muitos passes e com uma marcação frouxa, o Vasco não parecia muito interessado em virar o jogo. O Nacional tentava aproveitar os vacilos da defesa vascaína, mas não teve capacidade para nos ameaçar, fazendo do Diogo Silva um espectador em campo. As alterações do Dorival não melhoraram muito o panorama do jogo: quem entrou parecia muito mais interessado em mostrar serviço que jogar coletivamente e desperdiçamos muitas jogadas em tentativas de lances individuais. O único lance nos qual os saídos do banco fizeram algo de efetivo foi a jogada do segundo gol, no finzinho da partida: Fábio Lima deu um belo passe para Dakson completar para as redes, na única falha do goleiro amazonense.
Marlone, que chamou a responsa e fez várias boas jogadas e marcou um bonito gol, salvou a noite, principalmente por nos dar a esperança de que finalmente vai deslanchar. Yotun e Jomar, mesmo diante de um adversário que não oferecia muitos riscos, também se saíram bem. Fora isso, vencemos sem convencer e nos classificamos mesmo jogando mal. Agora é esperar que diante do Goiás, com um time com mais titulares, consigamos ter mais consistência. Até porque, para chegar às semifinais vamos precisar jogar mais bola.