A crise do Vasco ganhou novos contornos nesta semana. De acordo com informação divulgada pelo canal Na Torcida Vascaínos, o técnico Fernando Diniz teria colocado o cargo à disposição diante da sequência negativa de resultados. Publicamente, Diniz negou ruptura, mas voltou a afirmar que sua amizade com o presidente Pedrinho não o blindará em caso de decisão pela demissão.
O confronto de sexta-feira contra o Internacional é visto dentro do clube como determinante. Uma eventual sexta derrota consecutiva e a aproximação da zona do rebaixamento podem tornar o cenário insustentável, acelerando uma possível mudança no comando técnico.
Outro ponto que aumentou o clima de tensão foi a visita de uma torcida organizada ao CT na última terça-feira. Durante a conversa, foi relatado que familiares de jogadores teriam procurado influenciadores afirmando que os atletas estão insatisfeitos com a alta carga de trabalho imposta por Fernando Diniz. A diretoria não gostou de saber do episódio e aumentou sua atenção ao ambiente interno.
Mesmo com o momento turbulento, a vaga de treinador do Vasco é uma das mais atrativas do país neste fim de temporada. O clube está na semifinal da Copa do Brasil, onde enfrentará o Fluminense, e pode disputar uma eventual final contra Corinthians ou Cruzeiro.
Assim, quem assumir o cargo terá a chance real de conquistar um título nacional ainda em 2025, aumentando de forma significativa sua valorização no mercado.
Esse é um fator que pesa, e muito, na análise dos possíveis substitutos.
Tite é considerado internamente como o técnico de maior peso disponível. O treinador foi campeão da Copa do Brasil pelo Grêmio e tem currículo extenso, com títulos nacionais, internacionais e passagem pela Seleção Brasileira.
Sua contratação, porém, exigiria um investimento alto, talvez o maior entre os nomes avaliados. Vale dizer que o o profissional chegou a informar publicamente que está de volta ao mercado depois de se tratar da saúde mental.
Renato Gaúcho, por sua vez, é visto como outra alternativa de grande impacto. O técnico é bicampeão da Copa do Brasil: venceu uma vez pelo Fluminense e outra pelo Grêmio. É conhecido por seu estilo motivador, gestão de elenco e histórico positivo em competições de mata-mata.
É um nome que agrada, mas que também depende de cenário, negociação e adaptação ao projeto esportivo.
Se a busca for por alguém que conheça profundamente São Januário, Jorginho aparece como opção natural. Campeão Carioca pelo Vasco e sempre disponível para retornar, ele oferece custo reduzido, estabilidade e entendimento claro da pressão que ronda o clube.
Seu perfil agregador pode ser valorizado caso a diretoria busque uma solução emergencial.
A soma do desgaste interno, das informações divulgadas pelo Na Torcida Vascaínos, do clima tenso com o elenco e da pressão da arquibancada faz com que o confronto contra o Internacional seja tratado como divisor de águas.
Uma nova derrota deve abrir definitivamente caminho para que o Vasco avalie oficialmente os nomes do mercado, especialmente pela oportunidade de disputar a Copa do Brasil com um treinador que chegue forte e motivado.
O futuro de Fernando Diniz nunca esteve tão aberto. E sexta-feira pode definir tudo.
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