Futebol

Carlos Alberto está recuperado da lesão no pé direito, que quase atingiu o l

O sorriso jamais saiu do rosto do gozador Carlos Alberto. Mas a insistente lesão no pé direito esteve perto de preocupar. Enfim recuperado plenamente, o capitão estará de volta ao time amanhã, contra o Boavista, após duas longas semanas de tratamento. E o torcedor do Vasco deve concordar: com o craque em campo, tudo melhora...

À espera dele, Vágner Mancini e seus jogadores enumeraram as razões para torcer pela melhora. Para o treinador, Carlos Alberto “faz o estilo de meia rompedor, que destrói a tática adversária e atrai a marcação”. Além disso, “Coutinho não ficará sobrecarregado nos dribles”. Isso sem contar a liderança exercida quando está em ação.

– A equipe cresce porque ele não deixa ninguém ficar para baixo.

Sempre grita e incentiva a galera. As últimas ausências foram mais por precaução – contou Élder Granja.

Na realidade, como a pancada dada pelo zagueiro Dedé, no dia 12 de fevereiro, foi em cheio, o edema evoluiu com as participações nas finais da Taça Guanabara, para as quais foi preparado com cuidado pela chefe da fisioterapia Vanessa Knust e, também, pelos médicos do clube. Segundo apurou o L!, o problema afetou o tornozelo e por muito pouco não causou danos aos ligamentos, o que demandaria meses de repouso.

Mas a precisão dos envolvidos e a dedicação de Carlos Alberto foi fundamental. Como revelou Knust.

– Tratei dele na concentração e notamos que seria precisa usar tudo que tivesse à disposição. Fizemos eletroacupuntura, por meio de um aparelho mais intenso e terapias manuais de imobilização, como o Globus (veja o que é no quadro da página ao lado) – disse a fisioterapeuta.

Passado o susto, ao ver a desenvoltura do capitão, ontem, o técnico não teve dúvidas ao escalá-lo e respirar aliviado pelo fim do sofrimento.

Para encerrar o tratamento, capitão alertou que ficaria na Colina até após às 20h, e não concedeu entrevistas.

\"Até o Dinamite já foi tratado só para final\"
Clóvis Munhoz, médico do Vasco

Creio que conseguimos fazer um bom trabalho com o Carlos Alberto nesse período.

Qualquer um pode notar que ele fez todos os movimentos e não teve grandes complicações até nos dois jogos nos quais participou com o pé ainda contundido. É claro que 100% quase nenhum fica. Se exigíssemos isso, muitas vezes não haveria um time de futsal (que tem cinco jogadores) para escalar. Mas a dorzinha não vai prejudicar a perfomance dele.

Agora, ao todo, foram 12 dias que, em conjunto, decidimos isolá-lo. E deu tudo certo. Mas toda vez que o cara entra em campo é um risco que se corre.

Recordo-me que num jogo contra o Flamengo, na década de 1970, Dinamite teve problema semelhante e o pusemos em condições de pegar o Fla.

Confira bate-bola com Vágner Mancini sobre a volta de Carlos Alberto

Qual o ganho do Vasco com o retorno de seu capitão?
O time vai impor mais respeito ao rival? Sem dúvida, é uma referência que arrasta os jogadores adversários.

Chama a marcação de mais de um atleta, prende a bola e chuta bema gol. Ganhamos muito ofensivamente. Atrás, podemos dar mais espaço, pois devo usar os outros três (Coutinho, Elton e Dodô). Mas, na balança, tem tudo para ser positivo.

A cada dia, você tem mais adjetivos para descrever o Carlos Alberto. Pode-se dizer que você é um fã?
Trata-se de um jogador diferente no mercado. Do que temos visto no futebol brasileiro, é difícil ter alguém com capacidade física e técnica de decidir. Não quero jogar tanta responsabilidade nele, mas o admiromuito, sim. Só que é fundamental que se integre para representar algo importante para a gente.

Ao que parece, se for preciso tirar alguém do quarteto, não seria o Carlos Alberto, não é?
Não existe intocável. Se não tiver bem, pode sair. Não é só porque admiro a postura. Assim como Dodô e outros já saíram, tudo depende da produção em campo.

A equipe está andando para um acerto como você quer?
Tenho mexido demais. Dificulta.

Fonte: Lance