Quem acreditava que o técnico Celso Roth sabia apenas montar equipes defensivas, deve ter ficado surpreso com a capacidade que ele tem demonstrado de recuperar jogadores renegados. Amaral, Wagner Diniz, e principalmente o apoiador argentino Conca, que o digam. Eles são os maiores beneficiados com o método de trabalho e a mudança de esquema proposta pelo técnico gaúcho.
Na vitória sobre o Corinthians, na última quinta-feira, ficou clara a evolução técnica e tática destes atletas. Wagner Diniz, que até pouco tempo era reserva, tem apoiado o ataque com muita desenvoltura, já que não possui a obrigação de voltar para a marcação o tempo todo no esquema 3-5-2. Inclusive, marcou o primeiro gol da partida, o de número 10.000 na história do clube.
Já o cabeça-de-área Amaral, que era perseguido pela torcida até um mês atrás, hoje é o homem de confiança do técnico, que não cogita nem mesmo testar Andrade na posição de primeiro volante, considerando que o jogador não tem as características de Amaral. E por fim, Darío Conca, que chegou ao clube no início do ano e até então não havia se firmado, deixando de ficar até no banco de reservas em algumas ocasiões. O jogador mudou de postura, passou a se enquadrar no "estilo Celso Roth" e agora é visto até dando carrinhos na defesa.
Na parte ofensiva, com sua qualidade indiscutível, o argentino tem distribuído passes açucarados para os atacantes e realizado dribles de efeito. Para Roth, não há fórmula mágica, e sim, um trabalho em conjunto:
"Aqui nós temos jogadores com grande qualidade individual, como o Conca e Wagner Diniz. Entretanto, a evolução destes atletas se deu devido ao conjunto e a força de vontade de cada um deles em melhorar e entender que no futebol o que prevalece é o coletivo", disse.
Outro jogador que parece ter se encontrado é o apoiador Perdigão, que veio da reserva do Internacional, para receber a camisa 10 do clube e a confiança do técnico e da torcida.
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