Coelho: "Promessa de campanha não foi conversa fiada"

O vice-presidente de marketing José Henrique Coelho fala sobre a segunda semana da gestão de Roberto Dinamite, na qual o Vasco empatou por 1 a 1 com o Goiás, em São Januário, na última quinta-feira (17/07), e foi derrotado por 3 a 1 pelo Atlético-PR, no último domingo, em Curitiba, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.

"Passamos mais um fim de semana com resultados aquém da nossa vontade. Mas é o que tenho dito ultimamente, após as eleições. As coisas são passo-a-passo. Trabalhamos um bocado para chegarmos nas eleições, realizamos e vencemos as eleições. Agora tem que botar a casa em ordem, porque o time de futebol, na verdade, nada mais é do que uma das heranças da administração anterior, o que demanda um longo tempo para se botar no nosso ritmo, até porque depende também de recursos e investimentos, que estão sendo já reanalisados", disse a Oliveira Nunes, apresentador do programa "Seleções Portuguesas, o Show da Malta", veiculado na Rádio Bandeirantes, na noite do último domingo (20/07).

O dirigente aposta no técnico Antônio Lopes e critica parte do legado deixado pela administração de Eurico Miranda.

"O time vai levar mais algum tempo para ir se ajustando. Acho que o Lopes e a nova comissão vão ter um tempo para fazer o seu trabalho. A diretoria também, até porque não vou, em momento nenhum, pedir os oito anos que foram dados, ao atual presidente, para tentar acertar o clube. Não acertou. Na verdade, ele entregou o clube falido, em situação de insolvência profunda, com um desgastamento no seu quadro social, reduzido a menos de mil pagantes. Vamos fazer esse trabalho nos próximos meses, para que possamos, passo-a-passo, restabelecer a força do clube. Às pessoas que vão aos jogos e encontram os resultados que não eram aqueles que queriam, em razão da esperança ter sido resgatada, pedimos um pouco de paciência. Imagino que para depois, nos próximos meses, possamos ainda dar alguma solução para esse campeonato".

Coelho fala sobre renegociar contratos com os atuais parceiros e novos investimentos.

"Mas o planejamento mais importante reversa para 2009, que é quando teremos tido seis meses de programação para poder fechar a questão dos investimentos e da negociação com os parceiros. Tudo aquilo que foi falado em campanha não foi conversa fiada. A gente tem várias empresas. Se uma empresa chega agora no meio do ano e te dá na mão um contrato novo, você tem que ajustar prazos e valores. Existem patrocinadores com contrato em vigor. Eles são a principal razão das nossas conversas, mostrando para eles o horizonte, mas os planejamentos. Eles voltam para as suas empresas e têm que estudar novas situações. Isso tem que ser feito passo-a-passo, porque não vai ser na diretoria do Roberto que irão rasgar contratos e maltratar os parceiros. De forma nenhuma. Isso é uma crítica que fizemos dura a essa administração, que agora foi colocada para fora do clube. Vamos agora aguardar os próximos passos".

"Peço a paciência e confiança de todos, porque o que está sendo feito, está sendo feito com bastante determinação. As pessoas têm trabalhado lá praticamente 12h por dia, em relação a atualizar informações e darmos ao Vasco um caminho de estrada asfaltada, não aquele caminho esburacado que encontramos quando chegamos".