U m precipitado torcedor que analisou o confronto entre o time principal do Grêmio e os reservas do Vasco temia pelo pior.
Contra um Tricolor embalado pela sua torcida e motivado a conquistar mais três pontos na competição, os cariocas seriam presas fáceis na partida do Olímpico.
O mesmo torcedor chegou a conclusão de que uma goleada era quase inevitável após o Grêmio marcar o primeiro gol com apenas dois minutos de partida, em um pênalti inexistente, tirado da cartola pelo árbitro Cléber Wellington Abade. Para a sorte de todos os vascaínos, este pessimista torcedor estava totalmente enganado em sua análise precipitada.
O que se viu no Sul foi um Vasco guerreiro, organizado, motivado e, até mesmo, ousado. Algo que faz com que o pessimista torcedor se lembre de tempos de glória, que há muito não acontecem.
O placar desfavorável não durou muito tempo. Logo depois, Ramon colocou a bola quase dentro de gol, em uma cobrança de falta praticamente perfeita. Coube ao contestado zagueiro Éder desviar de cabeça para empatar o jogo.
Por sinal, Ramon mostrou ontem boa parte de seu repertório, tão conhecido pelos vascaínos. Bons lançamentos, passes precisos e até lençol no adversário. Ao lado dele, um inspirado Ernane, que resolveu mostrar ontem o motivo pelo qual está jogando em São Januário. Suas jogadas fizeram com que Lucas perdesse a cabeça e tentasse pará-lo com uma desleal botinada, no segundo tempo, punida com a expulsão.
Um time vencedor também deve contar com a sorte. E aí entra o lance do segundo gol vascaíno. O cruzamento veio forte, é verdade. Mas os ventos eram favoráveis: a bola bateu em Pereira e encobriu Galatto.
O adversário não soube reagir.
Na verdade, teve pouco talento para conseguir derrotar um Vasco determinado a vencer. Muita marcação e pouca criatividade eram a tônica do Grêmio, que já ocupa as últimas posições da tabela.
Ao contrário, o Vasco já briga pelas primeiras colocações no Brasileirão. E o pessimista torcedor começa a acreditar em dias felizes.
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