Comentaristas cobram punições a 'baderneiros' das arquibancadas

 Uma triste rotina está tomando as arquibancadas dos estádios brasileiros. Seja jogo de Série A ou B, brigas de torcedores e confrontos com policiais tomam os noticiários a cada rodada. Na última sexta-feira, uma confusão na torcida não permitiu o fim do jogo entre Paysandu e Avaí. No domingo, cenas semelhantes mancharam a vitória do Goiás sobre o Atlético-PR. Por um basta nessa situação, os comentaristas Wagner Vilaron e Caio Ribeiro pedem punição aos encrenqueiros das arquibancadas.

- É recorrente. Vemos isso em Belém, no clássico entre São Paulo e Corinthians no Morumbi, em Goiânia. Isso vai continuar enquanto a bandidagem não tiver convicção de que vai ser punida. Está virando chacota. A impunidade faz com que isso ocorra em todo país. Existem leis, mas a Justiça não faz com que essas leis sejam cumpridas. Não adianta nada - disse Vilaron, em durante o programa “Bem, Amigos”, recebendo o apoio de Caio Ribeiro.

 - A Inglaterra conseguiu sanar esse problema ao ponto de nem haver mais divisão na arquibancada. No Brasil, são bandidos que estão na arquibancada. Isso é coisa de cara que vai arrumar confusão e se esconde atrás da camisa de uma torcida. Enquanto não punirmos as pessoas, não teremos soluções. Tem de colocar na cadeia ou mandar fazer serviço comunitário na hora do jogo. Sem isso, só vai mudar a confusão de lugar - disse Caio.

São raros os casos de pessoas envolvidas em confusões que são identificadas. A punição mais comum para casos de briga é a perda de mando de campo, que obriga clubes a fazerem seus jogos longe de seus estádios. Convidado do “Bem, Amigos”, o técnico Gilson Kleina, do Palmeiras, ressalta que esse tipo de pena atrapalha a programação dos times.

- Os clubes que estão arcando com o prejuízo. Tem de detectar esses torcedores. O cara que vai para campo com uma bomba não está lá para torcer - disse o treinador.