O empate do Vasco em 1 a 1 com o Racing, em São Januário, manteve o Cruz-Maltino vivo na Libertadores. Porém, por mais que ainda tenha chances de avançar na competição sul-americana, o time comandado por Zé Ricardo não tem feito boa campanha. Na opinião de Carlos Eduardo Éboli, comentarista da Rádio Globo e convidado do "Redação SporTV" desta sexta, o torneio tem sido duro para o vascaíno.
- Essa Libertadores está jogando na cara do vascaíno uma realidade muito dura. Ontem, mais uma vez, a gente viu essa realidade. De um lado, um time com capacidade técnica, que sabe fazer jogadas, envolver o adversário e que tem um tremendo poder ofensivo. De outro, um time aguerrido. O Vasco se limita a ser aguerrido e bem organizado taticamente. Ninguém pode reclamar de falta de vontade. É um time que vai até o último minuto brigando pela bola, mas isso não é o suficiente para o futebol.
Os pouco mais de 10 mil torcedores que foram a São Januário demonstram que já não confiam no time como antes. Para Éboli, o segundo ponto conquistado pelo Vasco na última quinta-feira foi justo muito por causa da postura que teve o time argentino, apostando no contra-ataque.
- Quando o Vasco encara um adversário de mais qualidade, sente as dificuldades de perto. Foi o que o Vasco sentiu ontem. Racing fez 1 a 0 e só nao aumentou porque começou a tratar o jogo com certa displicência. Foi perdendo um gol atrás do outro e mereceu tomar o gol de empate. Foi um castigo justo. O Vasco brigou e chegou ao gol de empate porque o Racing brincou demais na frente, brincou de perder gol.
Alexandre Lozetti, repórter do GloboEsporte.com, concorda com a análise feita por Éboli. De acordo com ele, o Vasco pouco conseguia ficar com a bola no ataque, mas ainda assim os argetinos apostaram na tática do contra-ataque. Porém, como recuaram até demais foram pressionados e levaram o gol de empate.
- Acho que o Racing se acomodou na estratégia do contra-ataque. Fez o gol no contra-ataque, entendeu que ganharia o jogo dessa forma e abriu mão de ficar mais com a bola. Quando o Racing ficava tocando, o Vasco dificilmente ficava com a bola mais de 30 segundos. No campo de ataque então, impossível. Quando o Racing fez o gol no contra-ataque, se acomodou nessa estratégia foi deixando o Vasco ficar com a bola e essa característica de ser aguerrido explodiu.
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