O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, confirmou na última quarta-feira a aposentadoria do ídolo cruz-maltino Juninho Pernambucano. O anúncio foi feito pelo dirigente minutos após a vitória sobre o Audax por 4 a 0, em Volta Redonda, pela quarta rodada do Campeonato Carioca. Aos 39 anos, o atleta tentava se recuperar de uma grave lesão na coxa direita sofrida em novembro de 2013, no jogo contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro, e seguia programação especial do departamento médico para tentar disputar a competição estadual. Porém, com muitas dores, o jogador decidiu encerrar a sua carreira de jogador.
Triste pela aposentadoria do Reizinho, Wagner Vilaron elogiou o ídolo vascaíno e ressaltou a importância do jogador para os times pelos quais passou, tanto dentro como fora de campo.
- Lamentamos quando um jogador da qualidade do Juninho para de atuar. Poucas vezes vi um jogador ter tanta precisão nos passes e bater tão bem na bola, seja em finalizações de longa distância, em lançamentos, ou em curta distância, chutes a gol. Além do que, é um cara diferenciado com a bola no pé e na articulação. Super articulado, muito informado, inteligente, um cara acima da média jogando bola e nos bastidores também. Um líder dentro e fora de campo – afirmou.
O meia foi revelado pelo Sport, onde foi campeão pernambucano em 1994, e no ano seguinte foi para o Vasco. Pelo clube, ganhou dois Brasileiros (1997 e 2000), uma Libertadores (1998), uma Copa Mercosul (2000), um Torneio Rio-São Paulo (1999) e um Campeonato Carioca (1998). Deixou o Cruz-Maltino em 2001, rumo ao Lyon, da França, onde foi campeão nacional sete vezes. Jogou ainda no Al Gharafa, do Catar, time pelo qual também foi uma vez campeão nacional, antes de voltar à equipe carioca, em 2011. Em 2013, teve rápida passagem pelo New York RB, e novamente voltou ao Vasco, onde agora se aposenta.
Durante a pré-temporada em Pinheiral, no início de janeiro, Juninho já havia manifestado a possibilidade de parar de jogar profissionalmente caso chegasse à conclusão de que não teria mais condições de atuar em alto nível. Mesmo fora dos gramados, Caio Ribeiro acredita que o Reizinho deve continuar trabalhando com futebol e deseja sucesso na nova vida do jogador.
- Eu acho que ele parou na hora certa, é um dos maiores jogadores que vestiu a camisa do Vasco, com certeza está na galeria dos maiores meias que passaram pelo clube. É meu amigo particular, extremamente diferenciado, inteligente, sabe conversar, tomar posições e não tem medo de assumir essas posições. Fez história por onde passou, tem uma carreira irretocável. Tenho certeza que vamos ouvir falar muito do Juninho, seja como comentarista, como diretor, não sei o que ele pretende fazer no pós-carreira, mas é o tipo do cara que tem que estar no esporte. É um cara do bem. Pessoas assim tem que continuar no esporte, para que tenhamos melhoria daquilo que a gente ama. Que ele seja tão feliz quanto foi dentro de campo porque ele merece, é um cara especial – disse.
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