Como em 2005, zaga ainda é o ponto fraco do Vasco

Na frente, continua tudo indo muito bem. Romário, Alex Dias e Morais continuam dando conta do recado e fazendo os gols necessários. Lá atrás, no entanto, a principal dor de cabeça de Renato Gaúcho continua. Em três jogos, o Vasco levou sete gols e, no único jogo contra um grande clube, o goleiro Roberto foi buscar a bola na rede cinco vezes. Um mau começo que já tirou do sério o técnico, traumatizado pelos 84 gols sofridos no Brasileiro de 2005.

- Em três rodadas, levamos sete gols. No meu time, os únicos titulares são Alex Dias e Romário. O resto pode mudar. Tudo pode acontecer nesta semana. Não quero mais me decepcionar da maneira que me decepcionei nesse jogo - desabafou o técnico.

Para a próxima partida, sábado, contra o América, em Édson Passos, Renato deve fazer pelo menos uma alteração na equipe. Ainda fora de forma, o meia Fábio Baiano foi vaiado e xingado pela torcida na derrota para o Botafogo, domingo, e tem sua vaga fortemente ameaçada por Abedi. Querido pelos torcedores por sua raça, o jogador mudou a cara do Vasco no clássico e tem boas chances de voltar à vaga que conquistou no fim do ano passado.

O lateral Wagner Diniz, que teve uma de suas piores atuações com a camisa do Vasco na última rodada, pode ter mais uma chance. Apesar da irritação de Renato pelo pênalti infantil que cometeu no domingo, Claudemir deve permanecer no banco pelo menos por mais uma rodada.

Consolo para o ataque - Além de Romário, autor de três gols, Alex Dias também saiu de campo menos triste que seus companheiros. Isso porque o atacante fez as pazes com os torcedores do Vasco após um curto período de crise:

- Foi bom ouvir novamente a torcida gritando meu nome. É muito importante para mim.

Castigo - A derrota para o Botafogo foi motivo de castigo para os jogadores do Vasco. Ontem seria dia de folga para os jogadores que atuaram na partida, mas o mau resultado mudou os planos da comissão técnica. Os titulares, inclusive Romário, correram em volta do campo por cerca de uma hora. Antes do treino, Renato Gaúcho reuniu o grupo no vestiário por 40 minutos para discutir os motivos da derrota e levantar o astral.