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Confira análise tática de Vasco 1 x 0 Fluminense

Sem poder ficar no banco de reservas por conta de uma suspensão, o técnico Vanderlei Luxemburgo teve suas mãos atadas nesta quarta-feira. Quando apostou na velocidade de Rhayner e Biro Biro abertos pelas pontas para dar mobilidade ao ataque do Fluminense, não imaginava que uma blitz armada por Dorival Junior acabaria com a possibilidade de criação pelos lados. Houve erros dos atacantes e laterais tricolores, diferentemente de Cris e Diogo Silva. Questionados pela torcida cruz-maltina, zagueiro e goleiro foram bem. O primeiro pelos 15 desarmes e o gol da vitória por 1 a 0, e o segundo pelas defesas, sendo três difíceis.

O placar na Ressacada foi definido no primeiro tempo após uma falta cometida pelo Flu. E os tricolores pecaram ao pararem as jogadas assim. Algumas eram frontais, outras pelas laterais. Diversos motivos contribuíram para que os atletas recorressem a elas . Uma saída de bola errada, um domínio perdido, um chutão para a frente... Foi em um dos chutes sem direção da zaga adversária que o Vasco recuperou o domínio e trocou passes até Henrique ser derrubado por Wagner. E Marlone cobrou na medida para Cris marcar. Aí vem o primeiro grande erro: Edinho olhou para a bola e deixou o adversário passar pelas costas e subir livre, aos 11 minutos.

A postura defensiva do Vasco, então, passou a dificultar o poder de reação tricolor. Quando voltava para marcar, apenas André ficava a frente da linha da bola. Fillipe Soutto e Pedro Ken cobriam os laterais em eventuais espaços deixados, e Jomar e Cris não permitiam quase nada passar. Quando houve descuido, Diogo Silva salvou chute de Wagner.

Muitas mudanças

Vanderlei Luxemburgo sentiu que, daquele jeito, dificilmente reverteria o placar. Na volta do intervalo, gastou todas as três substituições. Biro Biro e Rhayner deram lugar a Diguinho e Samuel, mostrando claramente a insatisfação com a dupla. Mas a troca que mudou mais ainda a cara do time foi a saída de Igor Julião para a entrada de Felipe. O time passou para o 3-5-2, e, teoricamente, Felipe faria a ala esquerda. Porém, foi pelo meio que apareceu. Edinho, Rafael Sobis e Wagner se revezavam para buscar cruzamentos pelo setor. Em números, ao menos as finalizações tricolores terminaram superiores: 12 a seis.

De olho na situação criada por Luxa, Dorival resolveu mexer aos 10 minutos do segundo tempo. Tirou o meia Francismar, estreante do dia, e lançou o atacante Willie. Passou então a explorar o desespero do Fluminense para pegar contra-ataques. Aproveitou muito bem o espaço deixado, principalmente, por Bruno. O lateral Henrique apareceu por ali e fez um cruzamento que poderia terminar no fundo do gol não fosse o corte de Leandro Euzébio. Enquanto isso, preso à marcação, o Flu não conseguiu furar o bloqueio.

 Números

 Francismar

O meia foi bem em sua estreia com a camisa do Vasco. Nos dez passes que tentou, acertou todos. Com duas finalizações, foi o líder do time no quesito.

Diogo Silva

A torcida do Vasco não anda muito satisfeita com seus goleiros, mas não poderá reclamar de Diogo Silva. Ele fez três defesas difíceis no clássico.

Rafael Sobis

O atacante costuma aparecer muito fora da área para arriscar os chutes. No entanto, o que se viu na Ressacada foram dez bolas levantadas pelo jogador.

Análises rápidas

*Em sua segunda partida como titular, o goleiro Kléver mostrou qualidade na saída de bola. Bem no fundamento, chegou a deixar Biro Biro em boas condições no ataque.

*Edinho precisou fazer a função de lateral-esquerdo no segundo tempo. Foi visto com frequência no ataque para tentar ajudar na armação de jogadas pelo setor.

*Volantes, laterais e zagueiros do Vasco conseguiram se organizar bem. Quando a bola passava por um lateral, um volante aparecia na cobertura. E se o adversário continuasse com a bola, exisita um zagueiro pronto para fazer o corte.


 

 

Fonte: ge