A nova crise política no grupo SEMPREVASCO, que hoje comanda o clube e a SAF, reforça a necessidade de refletirmos sobre os caminhos que nos trouxeram até aqui. Edmundo, um dos maiores ídolos de nossa história, rompe publicamente com o grupo que fundou e com o Presidente que ajudou a eleger.
O segundo mandato como presidente de Roberto Dinamite foi marcado por rompimentos de quase todos os seus aliados. O mandato fracassou e isso impactou sua imagem como ídolo (posteriormente resgatada, em parte, pelo trabalho da Confraria na gestão Jorge Salgado).
Na sequência, a volta de Eurico Miranda ao poder foi marcada por rompimentos com aliados históricos como Fernando Horta, José Luiz Moreira e Paulo Reis.
O mandato de Alexandre Campello já nasce de um rompimento consolidado no golpe da Lagoa. Poucos meses depois, uma nova ruptura abala a gestão, agora com o grupo que o ajudou a chegar ao cargo.
Já na gestão Jorge Salgado, embora tenha começado e terminado com os mesmos aliados, o rompimento interno da Mais Vasco ocorreu no terceiro mês, quando quatro grupos romperam com o grupo liderado por Adriano Mendes, após uma tentativa fracassada de retirar a Confraria da gestão.
Na eleição de Pedrinho, o Vasco se vê novamente diante de uma ruptura, desta vez com Julio Brant e outros antigos aliados. Um ano depois, mais um rompimento significativo, com Edmundo.
O que conecta todos esses episódios é a política associativa: nociva, destrutiva e responsável por divisões que minam a saúde do clube. O único período de relativa paz foi durante o primeiro ano da SAF, apesar dos problemas na condução da venda pela gestão Jorge Salgado. Naquele momento, a política ficou em segundo plano.
A Confraria, movimento atuante e comprometido com o futuro do Vasco, acredita que o momento exige clareza e coragem. Reafirmamos nossa posição: o único caminho viável para resgatar a grandeza do Vasco é consolidar a SAF, com a venda do futebol a um investidor qualificado, capaz de aportar recursos, gerir profissionalmente e pensar no longo prazo.
Valorizamos a tradição e a paixão do torcedor, mas alternativas já testadas falharam. A SAF é a solução concreta para sanear dívidas, promover investimentos e recolocar o Vasco no protagonismo nacional. Defendemos um processo transparente, com diálogo com o torcedor, respeito ao Estatuto e preservação da identidade vascaína, liderado por uma equipe competente.
Estamos abertos ao diálogo com a comunidade vascaína, mas firmes no objetivo: o futuro do Vasco depende da SAF, para proteger o clube dessa política que só nos destruiu.