Torcida

Corrida das Torcidas proporcionou rivalidade e brincadeiras entre famílias

 Maracanã para todos! Foi este o clima do estádio na manhã do último domingo. O dia mal clareou e centenas de torcedores já rodavam entorno do estádio para segunda edição da Corrida das Torcidas. A rivalidade entre os clubes não se fez presente e três mil atletas se reuniram pelas duas maiores paixões do brasileiro: o futebol e a corrida de rua. A prova com 7,5km largou dentro do Maraca e percorreu ruas próximas ao estádio consagrou o vascaíno Clodoaldo Azevedo o grande campeão, que completou a prova em 23m05s. No feminino, Tereza Silva do Botafogo foi a primeira a cruzar a linha de chegada, em 28m29s.

O namorado vascaíno e a namorada flamenguista. A mãe tricolor e o filho flamenguistas. O avô botafoguense e o neto tricolor. Torcedores do América e do Bangu. Gaúchos do colorados e gremistas. No clima de muita festa e cantando tradicionais músicas de torcidas organizadas, os corredores largaram de dentro do Maraca, rumo à prova de 7,5km, vestindo a camisa dos seus times do coração.

Sem rivalidade diversas famílias, casais e amigos entraram no clima de festa e largaram cantando hinos das torcidas nos estádios. Na casa da comerciante Sheila Bezerra o duelo de times é entre pais e filhos. Sheila e o marido Leonardo são tricolores fanáticos, mas a paixão não seguiu a geração, os filhos Leonardo e Leandro Alves são flamenguistas doentes.

- Felizmente não caímos no conto tricolor lá de casa e nos tornamos flamenguistas. Não fomos influenciados – brincou Leonardo, que correu a segunda prova ao lado da mãe.

Getulio Vantine, no auge dos seus 70 anos e todos eles de muita paixão pelo Bangu, chama sua categoria de super máster. Funcionário público aposentado conheceu o clube através do pai, que sempre o levou ao estádio.

- Meu pai era banguense doente e me carregava para os jogo pelo braço. Na época conheci o jogador Zizinho. Era o mestre Zizinho e acabei me apaixonando pelo Bangu também – revelou Getulio

'Viciado' por futebol e por corrida desde criança já perdeu as contas de quantas maratonas e meia maratonas completou. Cheio de disposição, Getulio não pensa em parar de correr.

- Em quanto eu tiver articulação eu vou me exercitar. Além de correr faço trilha e jogo futebol e espero não parar – falou Getulio, que foi paraquedista militar.

Renata Machado Caldeira, advogada, e Ana Paula Caldeira, psicóloga, são primas e tem a corrida com uma paixão em comum. Juntas já participaram de diversas prova. Renata é vascaína e Ana Paula torce pelo Flamengo e correm juntas desde 2009. A rivalidade não faz parte da vida das primas.

- Acontece muita implicância nos dias de jogo. Mas é só de brincadeira – garantiu Renata

Completamente apaixonado pela sua origem gaúcha, o geólogo Cristian Santarosa, de 37 anos, mora no Rio de Janeiro desde 2006, mas não abriu mão da vida gaúcha e mantém o número do celular da sua cidade e o seu e-mail leva o nome da sua cidade natal Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Fanático pelo Grêmio, Cristian segue as tradições da família e se tornou sócio do clube quando tinha apenas sete anos de idade. Depois de viver 15 anos atrás dos jogos do Grêmio, se machucou nas 'peladas' do futebol e passou a correr. Hoje o geólogo viaja atrás de corridas.

- Depois que machuquei meus dois tornozelos precisei para de jogar futebol e comecei a correr. A corrida arrumou meus tornozelos e não tive mais dores, mas não parei de treinar. Treino todos os dias e estou seguindo para minha décima meia maratona – declarou o corredor que vai disputar provas na Suíça e na Itália.

Uma das maiores rivalidade do futebol no Rio de Janeiro é entre Flamengo e Vasco, mas para Rosane Benjamin, 40 anos e Rodrigo da Silva, de 39 anos, isso não parece ser problema. Namorados há seis anos, ela torce pelo Flamengo e ele é vascaíno fanático.

- Não tem briga, não tem discussão, mais tem muita brincadeira. Quando Vasco faz gol e não comemoro muito. Me contenho para respeitar - confessou Rodrigo que assiste os jogos ao lado da amada.

- Ele me faz colocar a camisa do Vasco, por amor nos fazemos qualquer – confessou a flamenguista que colocar a camisa do arquirrival pelo amor ao namorado.

Devido à correria do dia a dia não conseguem treinar juntos e aproveitam as provas dos fins de semana para correrem lado a lado. Rodrigo corre há três anos e fez a sua 73ª corrida, Rosane completou a 12ª em três meses de corrida.

Fonte: ge
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