Rio - Virou cena comum ao fim dos treinos do Vasco: quem vai tentar provocar Carlos Alberto acaba no chão imobilizado, sempre em tom de brincadeira, é claro. Durante a pré-temporada por exemplo, o meia Jéferson foi vítima duas vezes do que é o maior passatempo e o esporte preferido do camisa 19 depois do futebol: jiu-jítsu e MMA, sigla para Mixed Martial Arts, o popular vale tudo. No ano passado, quando não estava sofrendo com as lesões, Carlos Alberto retomou o treinamento. A paixão é tanta que ele pretende fazer da diversão profissão.
Para muitos, pode ser um delírio, mas o capitão vascaíno garantiu que uma das possibilidades que projeta quando pendurar as chuteiras é intensificar ainda mais os treinamentos no tatame para dar aulas e, quem sabe, competir profissionalmente. Recentemente, ele conversou com Antônio Rodrigo Nogueira, o Minotauro, um dos maiores nomes do esporte no mundo, e pegou dicas.
\"A academia dele é no Recreio, perto da minha casa. Gosto muito de lutas, sempre que posso pratico. É também uma forma de manter o condicionamento físico. Penso muito em competir profissionalmente um dia\", afirmou o apoiador, mostrando que sua orelha esteve perto de estourar, algo comum em quem pratica o esporte.
Uma das situações que mais tiram os praticantes de MMA do sério é associar a imagem dos lutadores à de baderneiros. Carlos Alberto sai em defesa da classe, lembrando que uma das maiores bandeiras desse esporte é a paz interior. E, quanto ao poder e à força física, o lutador aprende a controlá-los e usá-los só para boas situações.
\"A gente sabe do poder que tem. Ainda mais eu que já sou atleta profissional de outro esporte, que preciso manter a boa forma. Mas ninguém usa isso para querer tirar vantagem ou partir para agredir alguém. Uma academia séria impõe regras, disciplina. Por isso, incentivo todo mundo que vem conversar comigo sobre isso. Eu fiquei muito melhor comigo mesmo depois de começar a praticar\", disse Carlos Alberto.