Sem um lateral esquerdo de confiança no elenco, a solução encontrada por Cristóvão Borges foi fazer Felipe relembrar os velhos tempos de Vasco. Depois de um início frustrante, o treinador azeitou a alternativa e hoje tem mais uma forma de jogar.
Cristóvão promoveu essa reestreia no setor na partida contra o Atlético-PR e, já na véspera, ouviu uma enxurrada de críticas. Que aumentou após um primeiro tempo caótico, em que o Vasco levou dois gols em 23 minutos, ambos pelo lado de Felipe.
Procuro não me preocupar com isso (críticas). O importante é que o jogador renda. O Felipe tinha feito uma cirurgia (artroscopia no joelho), ficou bastante tempo sem jogar e quando voltou, claro, não foi no mesmo ritmo. Ele tem uma técnica refinada, é experiente, é altamente criativo e a gente tinha que fazer isso sobressair, disse o técnico cruzmaltino.
Ao sair em defesa do jogador, Cristóvão lembrou que, naquela partida, todo o time foi mal no primeiro tempo e só se acertou na etapa final.
Ninguém foi bem, só que o Felipe é o Felipe e todo o mundo estava com medo porque ele ia jogar na lateral esquerda. Ainda bem que as coisas voltaram ao normal. Deu tudo certo, podia não ter dado, acontece no futebol, mas deu e está sendo elogiado.
Foi justamente revezando o camisa 6 entre meio-campo e lateral que o Vasco teve sucesso na vitória de 2 a 0 contra o Bahia. O primeiro gol foi feito quando Felipe deixou a lateral para Jumar e foi para o meio. Após tabela com Diego Souza, ele acertou um belo chute da entrada da área. Logo quando Cristóvão confirmou o jogador na posição, Felipe não polemizou e disse que estava à disposição para atuar pelo grupo.
Foi um pedido do Cristóvão e estou aqui para ajudar. Comecei ali, sei muito bem o que fazer. Vou me esforçar para ajudar o Vasco, disse Felipe, na ocasião. Hoje, o Vasco tem Julinho e Márcio Careca para a lateral, mas nenhum conseguiu se firmar.
Vasco
0
Atlético-MG
5
Vasco
Fluminense
Vasco
Fluminense
