De sonho com o G6 à busca pelos 45 pontos em 1 mês; entenda a queda

Há 18 dias, o Vasco estava a cinco pontos sexto colocado Bahia. O clube enfrentaria o São Paulo em São Januário, num duelo direto entre oitavo e nono colocado. Era a chance do Vasco tirar um rival direto da disputa e colar no pelotão de cima. Depois de quatro derrotas seguidas, a preocupação de momento é chegar aos 45 pontos o mais rápido possível no Brasileirão para evitar qualquer susto na reta final. Como isso aconteceu? O ge explica.

Depois da vitória contra o Bragantino, o Vasco chegou a somar 18 pontos dos últimos 21 conquistados, um aproveitamento de time campeão no Brasileirão. Contra adversários difíceis, como Cruzeiro, Bahia, Fluminense, além de Fortaleza e Bragantino fora, a equipe teve ótimas atuações e mostrou que podia lutar por mais no campeonato.

Mas tudo virou depois da derrota para o São Paulo. Depois de um ótimo primeiro tempo, a equipe saiu atrás em pênalti de Paulo Henrique. Diniz ousou cedo ao colocar Matheus França na vaga de Barros, e o time se abriu ainda mais. O Vasco sofreu o segundo gol e ficou próximo de levar o terceiro e o quarto.

A derrota vascaína fez o São Paulo passar o Vasco na tabela do Brasileirão, que viu as chances de se aproximar de Botafogo e Fluminense, sexto e sétimo colocados, ficarem ainda mais distantes.

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A vitória do Botafogo sobre o Vasco por 3 a 0, da maneira que foi construída, abalou a confiança da equipe. Ao repetir a mesma estratégia da partida contra o São Paulo, apostando em Matheus França como segundo homem de meio campo, Diniz viu a torcida vascaína criar resistência ao camisa 9 da equipe e à estratégia de usá-lo como um volante, o que havia dado certo contra o Vitória em um contexto totalmente diferente — em que o Vasco estava com um a mais em um jogo empatado.

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Tudo piorou depois da péssima atuação contra o Juventude em casa. A partir da derrota por 3 a 1 em casa, com erros individuais e Diniz apostando na mesma estratégia das duas rodadas anteriores, a paciência da torcida acabou de vez. O técnico foi chamado de "burro" em São Januário, enquanto França e Tchê Tchê foram vaiados. A pausa para a Data Fifa vinha em uma hora certa, em que o Vasco precisava reagir.

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No entanto, com Paulo Henrique, Puma Rodríguez, Cuesta e Andrés Gómez convocados para as suas seleções, Diniz teve que quebrar a cabeça durante o período sem jogos para pensar em um time. A saída encontrada pelo treinador, sem um elenco com muitas opções, foi voltar com Hugo para a zaga e Vegetti como titular. Tchê Tchê, improvisado, atuaria na lateral, e Thiago Mendes teria uma chance.

Com Puma de volta antes do fim da Data Fifa, Diniz optou por manter Tchê Tchê no time titular no meio. Nada deu certo em Porto Alegre. O Vasco foi dominado pelo Grêmio do início ao fim da partida, em uma noite na qual apenas Léo Jardim e Rayan se salvaram.

E agora?

Antes da partida, o discurso interno no Vasco era o de chegar aos 45 pontos o mais rápido possível, contra um adversário direto no meio da tabela. A derrota fez o Vasco ficar a apenas seis pontos do Z-4, em um momento em que Vitória e Santos subiram de produção no Brasileirão. O clube carioca pode terminar a rodada na 14ª posição, isso se Ceará e Corinthians pontuarem em seus jogos contra São Paulo e Internacional.

A próxima rodada será de um jogo difícil para o Vasco. O clube volta ao Rio para viajar para Salvador, onde enfrentará o Bahia, no domingo, na Arena Fonte Nova. Sétimo colocado da competição, buscam a classificação direta para a fase de grupos da Libertadores de 2026. O Vasco não vence o Bahia em Salvador desde 2012.

Depois, o Vasco voltará a São Januário para enfrentar o Internacional, que é o atual 15º colocado, com 37 pontos e um jogo a menos. O jogo valerá muito para as duas equipes caso o Vasco não vença o Bahia em Salvador.

Antes das semifinais da Copa do Brasil, as últimas duas rodadas do Vasco no Brasileirão serão contra Mirassol, em casa, e Atlético-MG, em Belo Horizonte. A reação precisa ser urgente.