Dinamite fala de contratações e desmente que será vice de futebol

O novo presidente do Vasco, Roberto Dinamite, fala sobre a expectativa para a sua posse, nesta terça-feira, às 20h30min, na Sede Náutica da Lagoa.

"Está tudo bem, tranqüilo. Vamos estar dando esse pontapé inicial, confirmando tudo que foi feito. Estamos superando etapas. Esse período de preparação, eleição, com a participação de todos, e agora está vindo a posse. No outro dia já é responsabilidade nossa. Mais do que nunca, temos que, em um tempo, se possível recorde, saber as coisas do clube, buscando caminhos para que tudo possa acontecer como queremos e desejamos. Com certeza, isso vai acontecer. Vamos estar conversando com as pessoas que hoje estão dentro do clube. Algumas pessoas vão estar dentro do processo, outras não. Mas é como se diz. É o jogo, faz parte do jogo. Quero dar agilidade a isso, para que a gente possa já estar focado e pensando nos jogos que o Vasco tem pela frente. É claro que outras partes da administração vão ser levantadas também. A gente vai estar tendo tudo na mão o mais rápido possível, mas uma coisa que você não pode parar é o futebol, que está dentro de uma competição. No final de semana já joga fora de casa. É não parar. Tem que dar continuidade. A gente tem que ter essa definição já na quarta-feira, sentando, conversando e colocando aquilo que realmente queremos e desejo", disse ao jornalista Wellington Campos, no programa "Bandeirantes Rio no Futebol", da Rádio Bandeirantes.

O dirigente não confirma se viajará para assistir à partida contra o Figueirense, no próximo domingo (06/07), às 16h, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.

"Nesse primeiro momento estamos querendo ver essas coisas dentro do clube. Essa situação de viajar ou não vai ficar muito para a viagem ou no dia. Acho que são etapas que a gente tem que eliminar e coisas que tem para se fazer, para depois começar a fazer aquilo que queremos, que é um planejamento, ter uma programação para a temporada toda e as outras que vamos ter pela frente. Queremos, nesse início, a partir de amanhã, sentar, conversar com as pessoas, fazer aquilo que achamos que tem que ser feito e, ao mesmo tempo, dar aos profissionais a condição para que tenham tranqüilidade, o trabalho possa continuar e, se possível, em um tempo curto, melhorar".

Dinamite afirma desconhecer o boato sobre poder acumular a vice-presidência de futebol no início da sua gestão, mas não descarta a possibilidade.

"Não sei de onde surgiu isso. Tenho a preocupação de estar à frente da presidência, fazer e estar acompanhando tudo. É claro que não quero, em momento algum, estar tendo alguma participação direta dentro do futebol, no que diz respeito a estar ali. Mas existe uma situação hoje, porque a gente ainda não tem uma definição. Possivelmente amanhã vamos estar falando sobre isso. Espero estar dando essa posição amanhã, de uma forma mais tranqüila. Algumas pessoas vão ficar, outras não. Não é nem a situação de pessoas, mas sim do trabalho que a gente espera e vai desenvolver. As pessoas que estão ali, a parte que conheço, principalmente a administrativa, são pessoas que tenho o maior respeito e carinho, principalmente dentro do futebol. Tem algumas coisas que precisam ser modificadas e vamos estar partindo por esse caminho. Mas você não deixa de ter uma informação. De repente, quem sabe?".

"A gente sabe que o carro-chefe é o futebol".

O dirigente pretende ter um profissional para cuidar do futebol.

"É isso que quero. A minha relação, por ter vivido essa coisa do futebol e estado ali no dia-a-dia... Não quero, de uma certa forma, atrapalhar. Não digo nem atrapalhar, mas interferir. Você vai para ali e de repente as pessoas podem entender de uma forma que, na minha opinião, nesse momento principalmente, não cabe. Eu já havia falado isso. O diretor de futebol vai ter autonomia, e a comissão. É claro que a gente vai estar acompanhando, não pode deixar a coisa não estar no caminho que deseja. Com certeza, o que a gente busca é isso, dar autonomia aos profissionais que vão estar dentro dessa área, buscando, a cada momento, dar condições de um trabalho melhor, a nível daquilo que todos pensamos em relação ao Vasco. Essa possibilidade pode existir, mas o objetivo maior é de ter uma pessoa e eu possa ficar livre dessa função, porque acho que não cabe ao presidente".

Dinamite evita falar sobre contratações.

"Tenho acompanhado e visto os jogos do Vasco, mas não cabe nesse momento estar falando com relação a A, B ou C. A gente tem que resolver essa coisa do futebol no geral e, a partir daí, conversar com quem de direito, que vai ser o treinador, para que possa ouvir as carências, necessidades e, em um tempo curto, estar atendendo e resolvendo essa situação dentro do clube".

O dirigente fala sobre o trabalho em equipe.

"Quando você trabalha com um grupo, tem que ter uma relação muito clara e aberta com as pessoas. A gente tem que buscar metas, que não dependem de uma pessoa. Dependem do conjunto, que tem que trabalhar em harmonia. Você tem que ter o xis da coisa, que é o objetivo maior da conquista. Para que isso aconteça, tem que ter esse trabalho no dia-a-dia, mas que as pessoas possam estar se dando, doando mais ainda, e se respeitando. Essa relação tem que ser muito verdadeira. A gente sabe da dificuldade. Às vezes você tem uma relação melhor com um ou outro, mas não quer dizer que não dê para ouvir e ser ouvido, para que a coisa possa acontecer. Tudo tem um limite. Dentro desse limite, a gente estar ouvindo muito é ruim. Se você não ouvir nada, também é ruim. A gente tem que achar um caminho, meio-termo, para que as coisas possam ser faladas, colocadas, e o resultado possa estar acontecendo no tempo mais curto possível. Sei que vai e tem que haver uma cobrança com relação não só aos profissionais, mas também ao nosso trabalho, que vai estar se iniciando. Está todo mundo dentro, não digo do mesmo barco, mas dessa idéia, proposta. Aquelas pessoas que caminharem junto, com relação a isso, vão ter, sem sombra de dúvida, o nosso apoio e a nossa atenção, sempre, dentro do possível, sendo ouvido, para que a gente, a cada momento, encontre essa solução o mais rápido possível. É um jogo aberto. A gente tem que jogar de uma forma clara, para que esse resultado possa acontecer. Para isso, acima de tudo, tem que haver o respeito e a união entre todos nós".