Dinamite fala sobre relação com torcida e imprensa

Dinamite fala sobre relação com torcida e imprensa
VascoExpresso

O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, fala sobre a invasão de campo promovida por cerca de dez integrantes da torcida organizada Ira Jovem Vasco, na manhã desta quinta-feira (02/10), em São Januário, enquanto o técnico Renato Gaúcho comandava um treinamento. Foi a terceira invasão em três meses de gestão do dirigente.

\"Você coloca \"há três meses\". Estamos aqui há três meses. Vocês também têm essa coisa de ir e vir, de estar aqui dialogando, coisa que não tinham anteriormente. Dentro de uma relação de torcida e própria imprensa, tem pessoas que entendem - da imprensa - o trabalho dela e desenvolvem de uma forma. E tem outras que entendem e trabalham de uma outra forma. Você não pode estar aqui castrando esse direito das pessoas. Temos, queremos e vamos buscar por uma disciplina, um respeito entre as partes do clube, as pessoas que estão dentro do clube. Não vamos estar aqui com mão de ferro. Vamos buscar, dentro daquilo que é a nossa meta e o nosso desejo, tirar o Vasco desse momento e dar condições para que o clube realmente possa conseguir os resultados que nos interessam. Esse tipo de reação, não posso te proibir de me perguntar alguma coisa e o outro perguntar outra. Vou responder a uma situação que você entende de uma forma e o outro vai entender de outra. Em tudo isso, queremos buscar, mais do que nunca, que acho que é fundamental, mesmo com essa situação, esse comportamento, essas atitudes. São 11h20min da manhã. Todo mundo aqui está trabalhando. Acho que, mais do que nunca, o torcedor merece de todos nós o respeito. Mas queremos ser respeitados, para que a gente possa ter uma relação legal\", disse ao repórter Cláudio Perrout, da Rádio Globo.

Dinamite se coloca na posição dos jogadores, que se sentiram acuados.

\"Esse é um novo momento, uma experiência que também não vivi como atleta. Mas hoje essa posição, com relação a se manifestar, está não só no futebol, em outras áreas. Vamos com certeza, mais do que nunca, preservar os nossos jogadores. Vamos cuidar para dar a proteção necessária, para que essas coisas não voltem a acontecer. Agora, não podemos, em um primeiro momento - algumas pessoas podem ser sócias do clube -, você proibir ali na porta do sócio entrar. Aí você gera uma situação que não quero voltar a dar um passo atrás. Quero ir para a frente. Essas pessoas, mais do que nunca, vão ter que se conscientizar de que o momento é difícil não para eles, ou também para eles, mas para nós aqui. Acho que a forma de conseguir alguma coisa e incentivar é dar apoio, para que o clube possa realmente sair desse momento. O jogador vai, mais do que nunca, precisar dessa tranqüilidade, para que isso aconteça dentro do campo de futebol. Se o cara é vascaíno mesmo, gosta do Vasco, diz que ama o Vasco, e está aqui lutando pelos interesses do Vasco, que ele tenha o mínimo de respeito pela instituição e pelas pessoas que estão aqui, que já fizeram e fazem pelo Vasco da Gama. Juntos podemos sair desse momento. De outra forma fica difícil\".