— Eu acho que a gente tentou de muitas maneiras. Tivemos jogada pelo lado direito, esquerdo, bola parada, chute de fora da área, jogada por dentro... Se eu fosse fazer um reparo, acho que a gente poderia ter circulado a bola mais rápida de um corredor para o outro, porque dá mais tempo de preencher a área e dá mais tempo do time sair de trás e preencher o setor do rebote e não tomar transição. Talvez isso que eu faria um reparo.
— É uma possibilidade, mas não sei se o Rayan desequilibra mais jogo na ponta ou de centroavante. Os jogos que jogou de centroavante foi decisivo. Não muda demais para o Rayan de maneira especial o que faz comigo de ponta ou de centroavante. Porque tem liberdade de flutuar. Muda mais a questão de onde vai começar e terminar a marcação. Mas acho que ele tem poder de desequilíbrio tanto em uma função quanto outra. Em relação a volta com o Vegetti, é uma das possibilidades.
— Essa é a conquista mais importante desse elenco. É devolver estima à instituição e ao torcedor e criar uma conexão ao ponto de perder um jogo em casa e sair aplaudido. É mérito dos jogadores, do trabalho. A torcida reconhece que é um time que se entrega do começo ao fim. Acho que é o ponto mais positivo que temos no clube agora. Temos que nos recuperar rapidamente para enfrentar o Botafogo na quarta. Teremos um dia a menos de descanso, mas podemos fazer um bom jogo.
— Tudo é possibilidade. Igual a escalação do Vegetti, do Hugo Moura. Não dá pode falar que o Hugo Moura é reserva do Vasco. Os jogos foram acontecendo, os jogos sucedendo. O Hugo Moura é um dos titulares do time junto com o Vegetti. É só ver o número de participações dele desde que eu estou aqui. A gente tem até quarta-feira para decidir quem vai jogar. O Tchê Tchê vinha em um momento espetacular até a lesão. A gente acelerou um pouco a volta dele para jogar a Copa do Brasil no Engenhão e ele sentiu de novo. Agora está retomando, oscilando um pouco mais, mas fazendo boas partidas. Em Fortaleza jogou muito bem na lateral, depois veio para dentro e jogou bem. Contra o Vitória fez um bom jogo. Quando perde, a gente fica procurando um motivo, mas é um jogador que domina muito bem aquela aquela posição.
— Contra o Vitória o Piton saiu do banco e estava fresco. Hoje o Piton não estava conseguindo ir e voltar. No lado dele não estava tendo problema. O Andres ia ajudar o lado, ele conseguiria acompanhar o lateral, e ganhamos um jogador de ataque, o David. Foi para tentar fazer o gol. Não tive problema na saída. Piton estava desgastado.
— Na realidade tem muitas coisas que você pode ir somando para escolher um jogador ou outro. O Victor é um jogador que quando foi utilizado para aquilo que ele podia corresponder, ele foi bem. Entrou em um jogo difícil contra o Fortaleza, jogou uma minutagem baixa e deu conta do recado num papel um pouco mais defensivo. O Leandrinho esteve na seleção, ficou muito tempo fora e voltou praticamente agora. Se você for ver o tempo de trabalho do Leandrinho comigo aqui é muito baixo. Ele estava fora, emprestado, e depois foi convocado para o mundial de juniores. Enquanto isso o Victor está treinando e como eu disse, é um jogador que tem características um pouco mais defensivas. Eu já usei o Puma por ali. E o Puma é um jogador que entrega algumas coisas no campo de ataque, ganha em altura, acho que ele foi muito bem sucedido quando entrou. E ele é um jogador importante para o elenco (o Victor Luis), na liderança, sempre puxa para cima. Então somando todas essas coisas e detalhando naquilo que eu concebo o Victor Luis é um jogador que tem que estar no banco. O Leandrinho é um jogador de projeção. Nada impede que ele agora, daqui a pouco ou na semana que vem seja titular do Vasco. Tem muita força física, vai ter que ter as oportunidades dele no Vasco, mas é um jogador que acho que tem tudo para virar um grande jogador. No momento, acho que o melhor para o Vasco são os jogadores que tenho trazido para o banco.
— Não acho que o Rayan teve dificuldade de jogar contra esse sistema. Tirou um pouco da referência, teve muita flutuação e domínio do jogo. O que a gente planejou, as coisas deram certo. A gente queria pressionar em linha alta, empurrar eles para trás, criou chances em todos os sentidos. O plano de jogo funcionou. A gente não conseguiu fazer o gol e facilitou muito para tomar o primeiro gol. Acho que ele foi determinante para o resultado da partida. Depois no segundo tempo voltamos bem, tivemos chance antes dos 10 minutos de empatar e até virar. Depois fomos perdendo organização e ficamos mais perto de tomar o segundo do que de fazer o primeiro.
Mais lidas