A goleada histórica do Vasco sobre o Santos por 6 a 0 quebrou diversos recordes no Campeonato Brasileiro. Mais do que isso, serviu para dar uma resposta a Fernando Diniz: sem Pablo Vegetti, suspenso, o Cruzmaltino fez sua melhor partida da temporada — quiçá dos últimos anos.
Criticado por parte da torcida, o camisa 99 do Vasco vive má fase, apesar do bom ano, e deu lugar a David. Contudo, o treinador não colocou o substituto na posição natural de Vegetti, mas sim mudou a forma do Cruzmaltino atacar.
Agora, com a disponibilidade do atacante de 36 anos para a partida contra o Juventude, nesta quarta-feira (20), às 19h (horário de Brasília), no estádio Alfredo Jaconi, em jogo atrasado da 14ª rodada do Brasileirão, Diniz vive um dilema: reconhecer a melhora do Vasco sem o argentino e manter a estratégia ou insistir na mesma tática com Vegetti?
O quarteto ofensivo do Cruzmaltino diante do Peixe foi responsável por trazer mais velocidade, aproximação e movimentação entre a defesa adversária. Tais fatores ajudam a explicar o placar elástico no Morumbis no último domingo (17), pela 20ª rodada da competição.
Diferente do centroavante argentino, que não tem tanta mobilidade, o Vasco conseguiu criar espaços com aproximações e toques curtos verticais — que formam a identidade do técnico na carreira. Outro detalhe importante é que a frequente troca de posições ajudou a confundir a marcação do Santos.
A atuação de Vegetti fora da área prejudicou o Vasco em vários momentos do ano, com erros técnicos de domínio, passe e até pivô, afetando negativamente a construção de jogadas mais trabalhadas.
Com liberdade, Coutinho podia cair do centro para as pontas que alguém ocuparia o setor em seu lugar. E isso serviu para o português Nuno Moreira, além de Rayan e de David. Mais dinâmico, o Cruzmaltino também se aproveitou da fragilidade defensiva e psicológica do Peixe para golear.