Futebol

Diniz venceu seus três ex-clubes e falou sobre o sentimento disso

Confrontos diretos nos próximos jogos

- A gente tem adversários muito duros. É sempre muito difícil jogar lá contra o Red Bull. Depois tem o São Paulo, que é um grande time, um clássico nacional. E por aí vai. Daqui a pouco tem Botafogo, tem Bahia, tem Mirassol aqui em casa. A tabela do Brasileiro é difícil para todo mundo. A gente tem que encarar jogo a jogo, como está fazendo. Temos essa semana para se preparar até domingo para fazer o nosso melhor lá em Bragança

Melhor momento pessoal desde a saída do Fluminense

- O futebol é muito engraçado. Na minha passagem no Fluminense, teve dois meses ou 40 dias que as coisas aconteceram de maneira ruim, fizeram um alvoroço, pressão, pressão, pressão e a gente perde a racionalidade. Não dá para comparar os 40 dias com tudo que a aconteceu no Fluminense. No Cruzeiro eu fiquei dois meses, foi o que eu trabalhei no Cruzeiro. Um mês, um mês e meio atrás, eu tive um questionamento aqui na entrevista: "Olha o teu desempenho no Brasileiro". Era um momento delicado, difícil. Eu sou a mesma pessoa, não tem nada de muito diferente. Aí vem perguntas rotineiras: "O que precisa? Por que que não entrou? O que aconteceu". São perguntas fáceis de fazer porque não tem resposta específica. Por que ganhamos o jogo hoje? Fluminense estava até melhor do que a gente no primeiro tempo. Aí teve um lance individual, uma roubada de bola na frente, o Rayan faz mais um belo gol de novo e destrava o jogo, aí a gente joga bem. Mas poderia ter acontecido diferente. A gente cria uma situação que precisa melhorar para melhorar o debate no futebol brasileiro para todo mundo, tem que ampliar as coisas. Não pode ser focado só no resultado. Quando acontecer de ter uma derrota em erro de saída, como poderia ter acontecido no lance do Barros no primeiro tempo, as pessoas iam dizer "tudo errado". Porque é isso que sempre acontece. No Fluminense, uma das críticas muito fortes é que eu só tinha um jeito de sair jogando. Hoje eu sigo com um jeito de sair jogando. Se o critério é esse, se a régua para medir o meu trabalho é essa, então faz 16 anos que eu tenho o mesmo jeito de sair jogando. Só que a gente vai melhorando, a gente trabalha, trabalha, trabalha, assiste vídeo, se dedica uma vida inteira para aumentar as nossas chances de vencer. Hoje a gente fez um monte de bola longa, um monte de bola curta e um monte de bola média. Aí volta o questionamento, é sempre o mesmo jeito. Eu acho muito ruim para quem faz isso. É aquela coisa, o cara fica à mercê da superficialidade do resultado imediato. A gente quer melhora, mas não melhora desse jeito. O que é bom é bom, o que é ruim é ruim, mas a gente não consegue enxergar o que é bom. Hoje eu estou celebrando, estou contente, mas estou contente como eu também estive com o desempenho contra o Grêmio, que a gente não ganhou. Contra o Ceará, que a gente não conseguiu colocar a bola para dentro. O Vasco é uma instituição que tem um líder como o Pedrinho que tem o conhecimento das coisas que têm profundidade, de trabalho, de dia a dia, de que temos que apostar naquilo para dar certo. O maior trunfo do Vasco é a coesão de pensamento, que parte desde o presidente e vai impregnando todo mundo. É acreditar nas coisas que acontecem lá no CT para levar uma energia boa para o torcedor, que o torcedor vai saber devolver. A gente está aprendendo a jogar da maneira que a torcida merece.

Qual sentimento de vencer os ex-clubes (Fluminense, Cruzeiro e São Paulo)?

- Absolutamente não tem nada a ver. Não tem nenhum sabor especial ou essas coisas. Pelo contrário, eu sou muito grato a todos os clubes em que trabalhei.

Festa da torcida do Vasco no Maracanã

- Eu vi a torcida cantar meu nome e eu fico muito feliz. É um carinho e respeito recíproco. A torcida é o motor de tudo o que acontece no Vasco.

- É um cobertor curto (levar mais jogos ao Maracanã). Aqui cabe mais torcedores, mas a casa do Vasco é São Januário. Eu acho que é muito diferente, é um território que ficamos sem ganhar mesmo jogando bem e sempre que puder jogar lá é importante. Mas gosto de jogar aqui também. Mas a casa do Vasco é São Januário.

A que atribui a boa fase: longevidade do trabalho ou melhora com reforços?

- Eu acho que são essas duas coisas e mais um monte que a gente não consegue citar. Quando dá certo o resultado ou dá errado, nunca é um fator só. Não é por causa da chegada dos jogadores, por conta do trabalho. Acho que é por causa do trabalho, mas não só o meu trabalho, o de todo mundo. O futebol não se resume a treinador e jogador, e não se resume melhora aos reforços que chegaram. A gente cai na mesma conversa. Era para ter ganhado contra o Grêmio, contra o Inter, pelo menos ter empatado com o Mirassol. Era para no mínimo ter empatado com o Red Bull (Bragantino). No jogo contra o Fluminense (do primeiro turno), a gente também saiu na frente, podia ter pontuado, até vencido. Como a gente ganhou do São Paulo fora, não tinha reforços, jogamos muito bem lá. Não dá para (analisar) como se antes não estivesse melhor. Se ser melhor é ganhar, aí não tem sentido. Eu não consigo ver dessa forma. Até contra o Santos, que foi 6 a 0, eles começaram melhor o primeiro e o segundo tempos. Tiveram chance de fazer um, dois gols, não fizeram. Fizemos o segundo até o quinto gols muito rápido. No futebol não dá para ficar analisando com esse tipo de... Se a gente estivesse jogando muito mal e tivesse melhorado com a chegada dos jogadores, é uma coisa. Mas não estávamos jogando muito mal. Tivemos duas partidas muito ruins que foram logo depois do Santos, contra Juventude e Corinthians. Foi o meu pior momento no Vasco, logo depois da vitória contra o Santos, que é uma coisa que a gente vai aprendendo a lidar. Quando você ganha uma partida como aquela, você lidar com o pós-jogo é uma coisa nova para o Vasco que estava do jeito que estava nesses anos todos. Ter uma vitória daquelas contra o Santos mexeu com todo mundo e a gente não soube digerir aquilo. Depois, soubemos voltar. Jogos contra o Botafogo, passamos na Copa do Brasil, o time foi se solidificando. Aí, obviamente todos os reforços que vieram estão ajudando. Todos, sem exceção.

G-8 é o que o Vasco merece hoje?

- Eu acho que o Vasco era para estar posicionado mais acima na tabela, com certeza. Têm muitos pontos que deixamos pelo caminho, em partidas que estávamos com o jogo ganho ou que estávamos melhor que o adversário. Ao contrário, não ocorreu muito, de fazermos uma partida muito ruim e não pontuar. Eu acho que o Vasco tem elenco para avançar. Se vamos conseguir avançar mais? O tempo vai dizer. Mas temos um elenco muito bom. Temos jogador na seleção brasileira, um que vale 30/40 milhões de euros, temos o Coutinho que é um gênio do futebol e jogando cada vez melhor, nível de seleção brasileira... Um lateral que deve ir para Copa pelo Uruguai que é o Puma, temos o Nuno Moreira que se afirma cada vez mais no futebol brasileiro. O elenco do Vasco é um bom elenco. O trabalho que temos feito no Vasco é de blindagem e de mostrar para os jogadores que eles são capazes. Porque quando a parte externa começa a ter muita influência, com as redes sociais, imprensa, e todos falando que um cara é ruim... Esses momentos são difíceis. Jogador sem confiança é jogador ruim, e jogador talentoso, quando tem confiança, passa a mostrar o seu talento para ser bom jogador. Acho que fomos resgatando, todos juntos, a confiança do time, e dos jogadores de maneira individual. E individualmente eles estão se reconhecendo cada vez mais capazes e merecedores de coisas melhores.

Atuação do Paulo Henrique

- Uma partida muito boa. Quando o Andrés Gómez está por ele, ele não fica com o corredor para ele passar também. Mas ele fez uma partida muito sólida e o lateral-direito começa com a camisa 2. E isso mostra da defesa, Robert Renan e do Cuesta, o PH foi decisivo para não tomarmos gol. Foi sólido e não deixou de atacar. Isso vai dando mais equilíbrio para ele, para, quem sabe, chegar mais equilibrado em uma possível convocação.

O que te deixou nervoso em determinado momento do jogo?

Acho que aquela hora, estava 2 a 0, e tivemos três ou quatro chances, no mínimo, de fazer um ataque, com a bola para frente, que estava muito mais fácil, e a gente colocou a bola para trás, para usar o Léo Jardim sem necessidade. Queria que o time aproveitasse os espaços para promover os ataques. Com 2 a 0, se sofrêssemos um gol, tomaríamos um sufoco. O jogo estava se apresentando para fazermos o terceiro gol e acho que tínhamos que jogar mais para a frente. Foi aquilo que eu tava pedindo.

Fonte: ge
  • Segunda-feira, 20/10/2025 às 19h30
    Vasco Vasco 2
    Fluminense Fluminense 0
    Campeonato Brasileiro - Série A Maracanã
  • Domingo, 26/10/2025 às 18h30
    Vasco Vasco
    Red Bull Bragantino Red Bull Bragantino
    Campeonato Brasileiro - Série A Cicero De Souza Marques
  • Domingo, 02/11/2025 às 20h30
    Vasco Vasco
    São Paulo São Paulo
    Campeonato Brasileiro - Série A São Januário
  • Quarta-feira, 05/11/2025 às 19h30
    Vasco Vasco
    Botafogo Botafogo
    Campeonato Brasileiro - Série A Nilton Santos
  • Sábado, 08/11/2025 às 18h00
    Vasco Vasco
    Juventude Juventude
    Campeonato Brasileiro - Série A São Januário
Artilheiro
Pablo Vegetti 24
Jogos
Vitórias 20 (34,48%)
Empates 19 (32,76%)
Derrotas 19 (32,76%)
Total 58
Gols
Marcados 82 (53,59%)
Sofrido 71 (46,41%)
Total 153
Saldo 11
Cartões
Amarelos 124 (94,66%)
Vermelhos 7 (5,34%)
Total 131