Futebol

Divergências sobre receitas ameaçam criação da nova Liga

A reunião no próximo dia 12 na sede da CBF anunciada na manhã desta terça-feira por dirigentes que assinaram a criação da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) em um hotel em São Paulo não deverá ser mera formalidade. Do outro lado do bloco dos cinco clubes paulistas da Série A e do Flamengo, outras equipes não estão de acordo com os termos que alegam ter sido impostos em uma convocação sem qualquer articulação prévia feita na última sexta-feira.

A conversa entre esses clubes deixou clara a insatisfação com a assinatura por parte dos paulistas e do Flamengo sem que as divergências estivessem devidamente discutidas. O principal ponto de desacordo é o de sempre: o rateio de receitas.

Após a reunião da manhã desta terça-feira, dirigentes do grupo dos 14 almoçaram juntos em São Paulo. E há algumas divergências com os outros seis. Desde os percentuais de divisão de receitas, até critérios de avaliação e percentuais destinados aos rebaixados e integrantes da Série B.

O "grupo dos seis", como é chamado nos corredores o bloco dos paulistas e do Flamengo, propôs a divisão de 40% da receita dividida igualmente entre todos os participantes da competição, 30% de variável por performance e 30% por engajamento.

Este último item traz uma série de critérios: média de público nos estádios, base de assinantes nos pacotes de streaming (pay-per-view) do campeonato, audiência na TV aberta, tamanho da torcida e número de seguidores e engajamento nas cinco principais redes sociais.

O grupo dos 14 que também disputam a Série A - incluindo os 10 que fazem parte oficialmente do movimento Forte Futebol - questiona alguns desses itens alegando que são subjetivos, que não há critérios seguros de medição e que podem ser afetados por fatores externos, tornando inviável vincular 30% da receita a tais variações.

Há também, nesse grupo mais numeroso de clubes, quem questione a parceria com a Codajas e o BTG Pactual. Algumas das equipes defendem acordo com a XP Investimentos, que apresentou parceria com a La Liga para implementação de tecnologia e estrutura.

Fora isso, alguns se sentiram enganados alegando terem ouvido do outro bloco que haveria debate na reunião desta terça-feira, em São Paulo, mas que nem sequer a contraproposta para divisão de receitas foi analisada. Outro indicativo seria que o local que abrigaria a sede da Libra em São Paulo já foi reservado.

Os clubes do Forte Futebol e os demais participantes da Série A fora do grupo dos seis querem que a divisão seja no modelo 50% divididos igualmente, 25% por performance e 25% da receita nos critérios de engajamento, que poderia ser rediscutida adiante. Os percentuais são idênticos aos da Premier League. Mas, segundo os dirigentes que conversaram com o ge, os clubes de maior torcida não aceitam esses percentuais.

Outro fato-chave nessa discussão é a imposição de um teto para regular a diferença entre o que ganha o primeiro colocado nos critérios de avaliação e o último. Ou seja, nos itens regulados por performance esportiva e engajamento, o grupo dos 14 deseja que o primeiro da lista não receba mais do que 3,5 vezes o que ganhará o último. Na proposta dos paulistas e do Flamengo, o primeiro da lista arrecada seis vezes mais que o último.

A cartada do grupo dos seis agora é tentar convencer os clubes que estão sob maior pressão financeira do outro lado que a assinatura leva obrigatoriamente a um aporte maior de dinheiro, não importa o percentual. O mesmo tipo de "pressão" vale para as equipes que disputam a Série B e que, conforme foi dito pelos cartolas nesta terça, também deverão comparecer à CBF no dia 12. Cruzeiro e Ponte Preta já assinaram o documento nesta terça.

O argumento contrário é de que não adianta aumentar a receita se não diminuir a diferença de ganho entre os clubes de maior torcida e os demais. Um dos grandes receios é de que, após assinada a criação da liga, para mudar esses critérios, como diz a carta-convite, será necessário unanimidade.

Há também uma divergência em relação aos percentuais destinados aos participantes da Série B. Clubes paulistas e o Flamengo querem 15% da receita total para a competição, enquanto o grupo dos 14 defende um percentual de 20%. Existe ainda um debate sobre qual percentual por performance deve ser destinado aos clubes eventualmente rebaixados, que atualmente não recebem nada neste item.

Fonte: ge
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