Covardia atribuir a derrota do Vasco para o Botafogo na final da Taça Guanabara exclusivamente à apatia de Dodô.
O artilheiro do primeiro turno do Estadual (7 gols), há três jogos sem marcar, não vem jogando bem, é fato, mas está longe de ter sido o único responsável pela perda do título.
A rigor, o time de Vagner Mancini não joga bem desde a vitória de 3 a 0 sobre o Friburguense, em Volta Redonda, com três gols do próprio Dodô.
De lá pra cá, o time sofreu para bater o Resende (1 a 0, gol do mesmo Dodô, em cobrança de pênalti), empatou com o Madureira (2 a 2), em São Januário, e Fluminense (0 a 0), no Maracanã, até a fatídica decisão contra o Botafogo.
Isso significa que, pelo menos nos últimos cinco jogos, com exceção de Dodô, nenhum outro atacante vascaíno balançou as redes adversárias Nílton e Martinelli marcaram contra o Tricolor suburbano.
Sem laterais que cheguem ao fundo ou jogadas pelas extremas que abram a zaga adversária, Dodô será tão nulo quanto têm sido Carlos Alberto e Philippe Coutinho.
Pior é taxá-lo como atacante que se omite em jogos decisivos, como se não tivesse marcados nas finais da Taça GB e do Estadual de 2006 (três gols), e nas finais da Taça Rio e do Estadual de 2007 (quatro).
Aos 35 anos, o artilheiro dos gols bonitos não é, de fato, mais tão decisivo quanto antes, podendo (e devendo!) ser substituído quando não estiver bem.
Mas, neste momento, crucificá-lo não levará o Vasco a lugar nenhum.
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