Futebol

Ex-Vasco, Guilherme Biteco revela razão pela qual parou de jogar

Guilherme Biteco vive novo momento da carreira. O ex-meia de times como Grêmio e Vasco parou de jogar com apenas 31 anos. Atualmente, estuda Educação Física e é estagiário das categorias de base do clube gaúcho, onde foi revelado e estreou como profissional em 2012.

Nesta terça-feira, o ge conversou com Biteco no Centro de Formação de Talentos (CFT) Hélio Dourado, em Eldorado do Sul. Desde outubro, faz estágio como avaliador técnico do setor de captação. Analisa quem pode ou não se tornar atleta profissional, sonho que um dia já foi o seu.

No Brasil, Guilherme Biteco passou também por Santa Cruz, Náutico, Ceará, Paraná, São Caetano, Oeste, Cascavel, Rio Branco-PR, Barra-SC e São José. Pouco antes de parar, passou por dois clubes de Hong Kong, Tai Po e Biu Chun Rangers, esse onde ficou até maio deste ano.

Guilherme é irmão de Matheus Biteco, ex-volante também criado na base do Grêmio e uma das vítimas do acidente aéreo da Chapecoense, em 2016. O mais jovem, Gabriel, jogou recentemente no Bagé.

No breve bate-papo com a reportagem, em uma das pausas do trabalho, Biteco também revelou o motivo que fez interromper a carreira. E mais: não descarta o retorno ao gramados como jogador, se o joelho deixar.

Veja trechos da entrevista

ge – Como tem sido trabalhar com os garotos que fazem testes no Grêmio?

Guilherme Biteco – Está sendo muito legal, todo dia estou aprendendo um pouquinho nessa transição. Antes eu estava ali, sonhando, hoje eu trabalho com o sonho deles. É legal, mas é meio difícil porque muitos deles acabam não passando na avaliação e é difícil dizer um não para um guri que está sonhando. Meio que dá uma pausa no sonho deles. Essa parte é um pouco difícil, mas, no mais, trabalhar no campo é tranquilo. Fui bem recebido pelos meus colegas.

Por que você decidiu parar de jogar e voltar a morar em Porto Alegre?

Eu resolvi parar porque tenho seis procedimentos cirúrgicos. Quatro cirurgias no joelho e duas no tendão de Aquiles. Então, já não estava sendo prazeroso para mim, minha saúde e meu mental. Aí resolvi parar. Conversei com algumas pessoas, amigos, olhei algumas entrevistas de ex-jogadores e sentei com a minha esposa, minha filha e minha família e resolvi parar porque já não estava sendo mais prazeroso pra mim.

Como funciona o estágio no Grêmio?

Venho todos os dias. Quando não tem avaliação para fazer, a gente olha os treinos das outras categorias para saber mais ou menos o que a categoria precisa. Meu papel é mais de avaliador, mais em campo. É olhar treino, passar treino, mais ou menos isso, de segunda a sábado.

O que você pensa para o futuro? Quer tentar ser treinador?

Eu pretendo seguir no futebol, mas não sei o que quero ainda. Estou aqui para conhecer de tudo um pouco, e aqui o Grêmio dá essa liberdade. A captação, principalmente. A gente consegue assistir treino, tem contato direto com todos os treinadores das categorias. Todos eles dão moral para mim e para o Anderson (Nunes, colega do setor de captação).

Principalmente o Kauê Belmonte (treinador do sub-15), que está sempre conversando com a gente, dá sempre um conselho. E ainda estou me conhecendo, o Biteco fora de campo. Estou aberto a conhecer de tudo. Não tenho nada na minha cabeça que possa me parar. Se eu botar na cabeça que quero ser treinador, vou buscar conhecimento e ir atrás do que eu pretendo.

O que mais te marcou e qual é a lição da tua carreira como jogador?

Eu não tive uma carreira brilhante, mas realizei meus sonhos. Eu joguei no Grêmio, joguei no Vasco, fui pras seleções de base. O que infelizmente me marcou foram as lesões. Querendo ou não, marca muito. A gente fica rotulado por se lesionar e, às vezes, não tem culpa. Vou fazer o que com o meu tendão? Então, isso foi o que mais me marcou.

Fui feliz enquanto durou. Daqui a pouco, se eu melhorar as dores que tenho no joelho – dois, três anos – eu queira voltar. Também não fecho essa porta, mas, por enquanto, estou em busca de conhecimento.

Foto: Marcelo Sadio/site do VascoGuilherme Biteco
Guilherme Biteco

Fonte: ge
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