Fernando Prass, goleiro do Ceará, questionou o desejo de Flamengo e Vasco de retornar às atividades no futebol. Convidado do Jogo Aberto de hoje, o arqueiro destacou o momento da pandemia de coronavírus no Rio de Janeiro, que, ontem, superou três mil mortes.
Nesta semana, os presidentes de ambos os clubes cariocas se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro para discutir o retorno da modalidade. O Rubro-negro, inclusive, já voltou a treinar no Ninho do Urubu.
"Se perguntar para o jogador se ele quer voltar, vai dizer que quer. O diretor quer voltar, o presidente quer voltar, o torcedor quer que volte. Nós não somos os mais indicados para decidir isso aí. As pessoas que têm conhecimento da situação têm divergências. Aí vou eu, um jogador de futebol, um presidente de clube, querer decidir? Eu acho que esta situação é mais pelo desespero econômico. É meio sem lógica os times quererem voltar aos treinos. E pode acontecer uma situação pior, porque outros setores, vendo o futebol voltar, vão querer voltar também", opinou Prass.
Já sobre a situação do estado do Ceará, o arqueiro revelou angústia pela ausência de prazo para o retorno do futebol:
"A ansiedade é muito grande, e a angústia de não ter um prazo. Se falassem que em agosto ia voltar o futebol. Trabalhar para voltar em agosto. O problema é que a gente está tratando de duas em duas semanas. Já tiveram cinco ou seis decretos, então a gente fica nessa angústia", disse Prass.
"A gente acaba criando expectativas. A gente vê os caras no Sul voltando a treinar. A gente vê o futebol na Europa voltando a acontecer, óbvio que numa realidade totalmente diferente. As pessoas falam que vão usar a Alemanha de exemplo. Eu acho muito complicado, porque a realidade da Alemanha é totalmente diferente da do Brasil. Enfim, a ansiedade é o mais difícil de se controlar", completou.
Fonte: UOL
